Há poucos dias, com fúria, bandidos tentaram matar uma médica para roubar-lhe o carro. Presos pela polícia, foram soltos pelo juiz que alegou que nem o promotor nem a polícia tinham pedido a prisão preventiva dos bandidos. Porto Alegre inteira se revoltou com a estranha decisão. Nos mesmos dias, a policia prendeu no interior um traficante de crack – a pior droga possível – com mais de 3.000 pedras do produto. 3.000 bombas para destruir humanos. Foi solto pelo juiz que alegou não ver nada grave, porque o sujeito era primário e só a droga não caracterizava periculosidade.
Santo Deus! No Brasil, qual o traficante primário – apenas porque ainda não foi preso – que carrega esta quantidade de drogas já no início de suas atividades? Que será que pensam as famílias que tem drogados em casa? Que convivem diariamente com um problema acima de suas forças, quando lê na crônica policial este tipo de notícia? Tem que ficar louco de raiva das instituições!
Na
Capital (Porto Alegre), menos mal que o promotor inconformado e o delegado
indignado vieram a público reclamar. E a sociedade entendeu como um insulto as
decisões. Que devem ter chamado a atenção da Corregedoria de Justiça do Estado.
Há normas que são para todos, incluindo os juízes. Mas vejam como é: o
traficante que não fazia nada de grave foi de novo preso, horas depois, com
mais 2.000 bombas. Se bandidos que não respeitam uma mulher indefesa, roubam
seu auto e atiram por prazer para matá-la são soltos. Se o estimulador do pior
vício possível em uma família é solto. Se as fardas não se prestam mais para
trazer segurança as nossas ruas, estamos vivendo em um mundo de loucos. Já
disse: os bandidos de um município não devem ser em maior número que os
policiais. E menos preparados. Com a Polícia Civil nas ruas, os bandidos estão
se sentindo inseguros face às prisões feitas. Todo servidor que recebe para
isso, no fim do mês, deveria lembrar-se dos cidadãos.
( Texto de Ivar Hartmann, promotor público aposentado e colunista do jornal NH, de Novo Hamburgo, RS, no www.brasilalemanha.com.br)
( Texto de Ivar Hartmann, promotor público aposentado e colunista do jornal NH, de Novo Hamburgo, RS, no www.brasilalemanha.com.br)
Durante cerimônia de assinatura de dois memorandos, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou que a parceria vai trabalhar a capacitação dos professores por meio do modelo dual, com aulas teóricas durante uma parte da semana e, na outra, contato direto com a indústria por meio de um estágio.
“Temos um grande desafio que é aumentar a competitividade da economia brasileira, ou seja, aprender a produzir com mais qualidade e com menor custo. E o melhor caminho é investir na formação dos trabalhadores, especialmente dos jovens que vão chegar ao mercado de trabalho”, explicou.
De acordo com o ministro, o governo pretende iniciar a experiência no modelo dual de formação do ensino técnico no Brasil. “É um modelo alemão que deu certo, que é um grande êxito. E o Brasil quer avançar nessa direção”, disse. “Isso acelera a formação e, especialmente para pequenas e médias empresas, o custo é muito mais barato para ter um profissional habilitado aos seus desafios tecnológicos”, completou.
A ministra de Educação e Pesquisa da Alemanha, Annette Schavan, avaliou que a experiência de seu país com o modelo demonstra que as empresas se engajam ao projeto e passam a investir mais na formação de jovens profissionais. “A formação teórica e prática combate a falta de pessoal qualificado”, disse.
Segundo a ministra alemã, a indústria do seu país demonstrou maior estímulo à contratação de trabalhadores após a implantação do modelo dual de ensino técnico-profissional.
O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) divulgou os resultados da primeira pesquisa TIC Kids Online Brasil, que visa levantar dados sobre as oportunidades on-line e o uso seguro da internet.
A pesquisa é resultado de um acordo entre o Centro de
Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br) e a
London School of Economics (LSE) para trazer para o Brasil a metodologia
utilizada na pesquisa EU Kids Online, conduzida em 25 países da Europa em 2010.
O Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação
e da Comunicação (Cetic.br) adaptou o modelo da pesquisa europeia à realidade
brasileira, mantendo a comparabilidade com os resultados dos demais países.
Foram realizadas 1.580 entrevistas com crianças/adolescentes de 9 a 16 anos e o
mesmo número de pais.
A pesquisa mostrou que a frequência de uso da internet
é elevada na faixa etária entre 9 e 16 anos: 47% usam a internet todos os dias
ou quase todos os dias.
O uso da internet por esse perfil ocorre em uma
variedade de locais. Destaque para o uso na escola (42%), no domicílio (40% dos
entrevistados utilizam a internet na sala de casa ou outro ambiente coletivo do
domicílio), na lan house (35%) e pelo celular, que é citado por 18% dos
usuários de 9 a 16 anos.
Entre as atividades realizadas pela
criança/adolescente na internet no mês anterior à pesquisa, as mais mencionadas
são: “fazer trabalho escolar” (82%), “visitar uma rede social” (68%), “assistir
vídeos no YouTube” (66%), “jogar on-line” (54%).
Atividades mais complexas ou interativas, como postar
conteúdos, são menos citadas: 40% postaram fotos, vídeos ou músicas, 24%
postaram uma mensagem em um site e 10% escreveram em blog.
Entre crianças e adolescentes de 9 a 16 anos, 70%
possuem perfil próprio em rede social – 42% entre 9 e 10 anos e 83% de 15 a 16
anos. Entre os que possuem o próprio perfil, 42% são privados, configurado de
forma que apenas os amigos consigam visualizá-lo.
Outros 31% permitem que contatos dos seus amigos
também possam visualizar seu perfil, ou seja, é parcialmente privado. Ainda,
25% possuem perfis públicos, que podem ser visualizados por qualquer pessoa.
Apenas 2% desconhecem a configuração do perfil na rede social.
Além disso, 54% dos usuários de internet disseram
saber mudar as configurações de privacidade no perfil de rede social. 59% sabem
bloquear as mensagens de uma pessoa e 44% declararam ser capazes de bloquear
spam.
Já em relação a questões mais complexas, 55%
declararam saber encontrar informações sobre como usar a internet com segurança
e 41% sabem comparar diferentes sites para verificar se as informações são
verdadeiras, o que aponta para os desafios de um uso seguro da rede.
Além disso, 23% dos usuários de 11 a 16 anos já
tiveram contato na internet com alguém que não conheciam pessoalmente. Entre os
que fizeram esse contato, cerca de um quarto declarou ter encontrado
pessoalmente alguém que conheceu primeiro na internet.
Em relação às experiências vividas pelas crianças e
adolescentes, 22% declararam ter passado por alguma situação de incômodo ou
chateação nos últimos 12 meses. Entre esses, praticamente metade (47%) declarou
que esse tipo de situação aconteceu na internet.
71% dos pais/responsáveis creem que os filhos usem a
internet com segurança e 35% acham que os filhos são suficientemente capazes de
lidar com situações que o incomodem na internet.
“Embora os pais sejam importantes mediadores das
crianças e adolescentes no uso da internet, os resultados da pesquisa mostram
que sua percepção dos riscos desse uso é baixa”, disse Alexandre Barbosa,
gerente do Cetic.br.
Em agosto de 2012, o CERT.br divulgou um fascículo com
dicas específicas de segurança em redes sociais. O material compõe a nova
versão da Cartilha de Segurança para Internet, disponível em http://cartilha.cert.br.
Informações sobre iniciativas de segurança na internet
são congregadas no InternetSegura: www.internetsegura.br. Os dados da pesquisa estão disponíveis em www.cetic.br/usuarios/kidsonline/index.htm.
CURSO DE PESQUISA CLÍNICA E NEUROCIÊNCIAS A Divisão de Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) oferece o Curso de Pesquisa Clínica e Neurociências.
Os objetivos do
curso são: fornecer conceitos básicos sobre neurociências e doenças
cerebrovasculares, com foco em neuroplasticidade e reabilitação; estimular
discussão/abordagem crítica de trabalhos científicos e ideias de projetos de
pesquisa na área de doenças cerebrovasculares; e estimular integração entre
neurociências e pesquisa clínica.
Aulas serão
quinzenais às segundas-feiras, das 12h15 às 14h, de 29 de outubro a 17 de
dezembro de 2012 e de 18 de fevereiro a 30 de setembro de 2013. A presença é
obrigatória em, no mínimo, 80% das aulas. O local será no Instituto Central do
HC, av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 255.
O curso está
voltado a profissionais de Neurologia/Reabilitação/ Engenharia Biomédica e
alunos de graduação (Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Terapia Ocupacional,
Fonoaudiologia, Psicologia, Engenharia). Conhecimentos básicos de inglês são
necessários.
O corpo docente
é do HC/FMUSP, do Instituto de Ciências Biomédicas e do Instituto de Química da
USP e do National Institutes of Neurological Disorders and Stroke, Cleveland
Clinic, Case Western Reserve University.Detalhes: juconti@yahoo.com.br.
3º WORKSHOP DE PROTEÔMICA O Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) realizará o 3º Workshop de Proteômica no dia 8 de novembro de 2012. Os palestrantes, em ordem de apresentação, serão: Ulrich auf dem Keller (ETH, Suíça), Paulo C. Carvalho (Fiocruz, Brasil), Bernd Wollscheid (Institute of Molecular Systems Biology, Suíça), Fabio Passetti (Inca, Brasil) e Michael MacCoss (University of Washington, Estados Unidos). Detalhes: www2.lnbio.org.br/proteomicaworkshop/
ENGENHARIA DE ALIMENTOS NA ESCOLA S. PAULO DE CIÊNIA
AVANÇADA
(Texto de Fábio
de Castro, distribuído pela Agência
FAPESP) – Nutrição e saúde têm sido temas
centrais para a ciência e a engenharia de alimentos, mas os pesquisadores
dessas áreas começam cada vez mais a se interessar por outro aspecto do
universo da alimentação: o prazer de comer.
Em abril de
2013, alguns dos principais especialistas internacionais da área se reunirão em
Pirassununga (SP) para discutir os avanços científicos que permitem conhecer e
manipular os fatores estruturais capazes de garantir o prazer e a satisfação do
consumidor de alimentos naturais ou processados.
O evento Advances
in Molecular Structuring of Food Materials será realizado no âmbito da
Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA) –modalidade de apoio da FAPESP –
pela Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da Universidade de
São Paulo (USP), entre os dias 1º e 5 de abril.
De acordo com o
coordenador da escola avançada, Paulo Sobral, professor do Departamento de
Engenharia de Alimentos da FZEA-USP, o evento terá o objetivo principal de
contribuir com o avanço da discussão sobre um enfoque da ciência e tecnologia
de alimentos que ainda é pouco desenvolvido no Brasil.
“Comemos pela
nutrição e pela saúde, mas principalmente porque gostamos. No Brasil, as
pesquisas ainda estão muito focadas em questões relacionadas às análises que
garantem a segurança dos alimentos, mas a questão do prazer de comer fica em
segundo plano. Em outros centros, no entanto, esse debate ganha cada vez mais
força”, disse Sobral à Agência FAPESP.
Questões sobre
os efeitos do processamento e condicionamento da matéria- prima e dos alimentos
e sobre as características estruturais de seus componentes serão abordadas na
escola.
“Além do olfato
e da afinidade ou aversão ao gosto, um dos principais atributos que interferem
no paladar é a textura. No entanto, não é possível determinar um padrão geral
de textura, porque esse fator está ligado à expectativa do consumidor. A
expectativa para alguns produtos é de crocância e consistência, enquanto para
outros é de maciez. Tudo isso será assunto de discussões avançadas na escola”,
disse Sobral.
Segundo o
pesquisador, os fatores ligados à satisfação e ao prazer de comer são tão
cruciais que não se limitam apenas à relevância comercial para a indústria do
alimento. As características prazerosas do alimento têm um impacto cultural
muito grande.
“Já foram
registradas situações em que remessas de auxílio humanitário enviadas para a
África foram desperdiçadas porque a população local, mesmo sofrendo com a fome,
não conseguia se adaptar às características do alimento recebido”, disse.
A ESPCA Advances
in Molecular Structuring of Food Materials financiará a participação de 100
alunos, sendo 60 estrangeiros e 40 brasileiros.
Serão
selecionados outros 100 estudantes que poderão participar por conta própria.
“Além dos 100 alunos financiados, abrimos outras 100 vagas que serão
distribuídas em três categorias: jovens doutores, professores e estudantes
brasileiros”, explicou Sobral.
Mesas,
seminários e visitas
A programação
prevê a realização de três mesas-redondas. O tema “Aperfeiçoando a
biodisponibilidade de nutrientes” será debatido por Yrjo Roos, da Universidade
de Cork (Irlanda), António Vicente, da Universidade do Minho (Portugal), e
Miriam Hubinger, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
“Processos
inovadores de estruturação de alimentos” será o tema de José Miguel Aguilera,
da Universidade Católica do Chile, John Mitchell, da Universidade de Nottingham
(Reino Unido), e Carmen Tadini, da USP.
“Alimentos para
viagens espaciais” será o tema de debate para R. Paul Singh, da Universidade da
Califórnia em Davis (Estados Unidos), Gustavo Barbosa-Cánovas, da Universidade
Estadual de Washington (Estados Unidos), e Gustavo Gutierrez-López, do Instituto
Politécnico Nacional do México.
“Além das
mesas-redondas, teremos uma série de seminários com duração de duas a três
horas cada, nos quais quatro professores brasileiros abordarão produtos
alimentares específicos, enquanto os docentes estrangeiros apresentarão temas
mais teóricos e gerais”, contou Sobral.
Um dos dias da
Escola será reservado para visitas a laboratórios em Campinas (SP). “Temos a
expectativa de que a interação internacional proporcione oportunidades para que
alguns dos alunos estrangeiros se interessem em voltar ao Brasil e,
principalmente, que nossos alunos sejam estimulados a desenvolver estudos no
exterior, depois de ter acesso, na Escola, a cientistas que eles só conheciam a
partir de livros e artigos”, disse.
As inscrições
para a seleção de alunos interessados em participar da Escola poderão ser
feitas até o dia 1º de novembro. A língua oficial do evento será o inglês, sem
tradução simultânea.
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