AS PALAVRAS
“Existem
uma honestidade e uma legitimidade fundamentais em uma marca, que nunca mudarão
mas sua execução deve ser sempre
definida pelo mercado.” (Philip Shearer, presidente da Divisão cde
Produtos de Luxo da L’Oreal)
A
PUBLICIDADE, QUASE SEM OTAVINHO
Semana passada foi
anunciada a saída de a saída de Octávio
Florisbal, a partir de janeiro de 2013,da direção geral da Rede Globo de
Televisão. Ele passará a integrar o novo conselho de administração das
Organizações Globo e Participações a partir da data em questão.
A publicidade deve muito a
esse fantástico profissional.
ELE JÁ SABIA!
Remexendo
nos meus guardados, encontrei o documento abaixo. O texto, que publico aqui sem
pedir autorização a ninguém, é atualíssimo. Apesqar de ser de 2005. Vale a
pena ler.
De:
carlitomaia@
Assunto: DesoPTei
Caríssimo Ferrenta,
Daqui, a gente está acompanhando com uma
puta perplexidade as coisas espantosas que estão acontecendo por aí. Estão aqui
ao meu lado o Marcus Pereira, o mais antigo do grupo; o Magaldi, o Geraldo
Alonso, o Renato Castelo Branco, entre outros.
Você bem sabe que durante a minha passagem por essas bandas, meu meio de
comunicação era a velha Olivetti. Mas,
como dizem os gringos “things change”, e hoje, inspirado no sempre destemido e
criativo Elio Gaspari, pioneiro no uso da Internet para se comunicar com aqueles que já desencarnaram, decidi enviar-lhe estas mal traçadas. O estopim dessa decisão é
que, como você bem sabe, a cúpula do tal campo majoritário do PT aprontou
demais e acabou adotando o vale-tudo para se manter no poder. Coisa que a gente
criticava como sendo monopólio das elites, ou da direita, para usar o velho
jargão.
O Geraldão me interrompe e diz
que eu continuo sendo um ingênuo e acrescenta que Così fan tutte. Sobre as bandalheiras, não preciso me alongar
muito, pois toda a mídia tupiniquim, há
cinco meses, desde o dia em que a
televisão mostrou aquele funcionário dos Correios embolsando aquela grana, está
repleta com informações escabrosas sobre os malfeitos e o desmonte do PT.
É portanto por essa e outras que decidi desautorizar o uso do meu
copyright oPTei. Mesmo com os protestos do meu querido Senador Suplicy que,
ao que parece, ainda não acredita no falecimento da velhinha de Taubaté,
criação genial do Veríssimo.
Essa minha decisão de desoPTar foi inspirada no íntegro
publicitário Leo Burnett que expressou em vida o pensamento de que se um dia um
de seus companheiros de trabalho fizesse mau uso de seu nome em negócios
escusos, despidos de ética, ele retiraria imediatamente o seu nome da
placa da empresa. Acho mais digno, neste momento, desoPTar, cair fora. Quanto ao outro copyright, talvez mais
famoso, LULA-LÁ, creio que ele já
caducou e acabou virando chacota do povo mais esclarecido. Por essa razão, só
posso aprovar a nova versão LULA-LÁ,
NEVER.
Abracitos,
Carlito
...............................
mensagem psicografada pelo publicitário
Francisco Socorro, amigo e companheiro
de trabalho de Carlito Maia na Almap no início dos anos sessenta que a
retransmitiu ao destinatário, Armando Ferrentini.
25
de setembro de 2005. Publicada no Caderno de Propaganda & Marketing de 26
de setembro na página 2 (Editorial do Ferrentini). O falecido Carlito Maia, um petista de quatro costados,
é um dos caras mais brilhantes, um dos melhores caráteres que conheci.
CIRCULANDO NA
INTERNET
2.
SERÁ
QUE O FAMOSO APOCALIPSE DE 2012 ENSEJARÁ O FIM DO AIATOLULLA E DO PT ????? E
SERÁ QUE A BESTA DO APOCALIPSE É MARCOS VALÉRIO QUE VAI ABRIR O 4º SELO
????VEJA ABAIXO......
A quarta cópia, por Ricardo Noblat
“Dá-se a prudência como característica marcante dos mineiros.
Teria a ver, segundo os estudiosos, com a paisagem das
cidadezinhas de horizonte limitado, os depósitos de ouro e de pedras
preciosas explorados no passado até se esgotarem, e a cultura do segredo e da
desconfiança daí decorrente.
Não foi a imprudência que afundou a vida de Marcos Valério. Foi
Roberto Jefferson mesmo ao detonar o mensalão.
Uma vez convencido de que o futuro escapara definivamente ao seu
controle, Valério cuidou de evitar que ele se tornasse trágico.
Pensou no risco de ser morto. Não foi morto outro arrecadador de
recursos para o PT, o ex-prefeito Celso Daniel, de Santo André?
Pensou na situação de desamparo em que ficariam a mulher e dois
filhos caso fosse obrigado a passar uma larga temporada na cadeia. E aí teve
uma ideia.
Ainda no segundo semestre de 2005, quando Lula até então
insistia com a lorota de que mensalão era Caixa 2, Valério contratou um
experiente profissional de televisão para gravar um vídeo.
Poderia, ele mesmo, ter produzido um vídeo caseiro. De
princípio, o que importava era o conteúdo. Mas não quis nada amador.
Os publicitários de primeira linha detestam improvisar. Valério
pagou caro pelo vídeo do qual fez quatro cópias, e apenas quatro.
Guardou três em cofres de bancos. A quarta mandou para uma das
estrelas do esquema do mensalão, réu do processo agora julgado pelo Supremo
Tribunal Federal.
Renilda, a mulher dele, sabe o que fazer com as três cópias. Se
Valério for encontrado morto em circunstâncias suspeitas ou se ele
desaparecer sem dar notícias durante 24 horas, Renilda sacará dos bancos as
três cópias do vídeo e as remeterá aos jornais O Estado de São Paulo, Folha
de S. Paulo e O Globo. (Sorry, VEJA!)
O que Valério conta no vídeo seria capaz de derrubar o governo
Lula se ele ainda existisse, atesta um amigo íntimo do dono da quarta cópia.
Na ausência de governo a ser deposto, o vídeo destruiria
reputações aclamadas e jogaria uma tonelada de lama na imagem da Era Lula.
Lama que petrifica rapidinho.
A fina astúcia de Valério está no fato de ele ter encaminhado
uma cópia do vídeo para quem mais se interessaria por seu conteúdo. Assim ficou
provado que não blefava.
Daí para frente, sempre que precisou de ajuda ou consolo, foi
socorrido por um emissário do PT. Na edição mais recente da VEJA, Valério
identifica o emissário: Paulo Okamotto.
Uma espécie de tesoureiro informal da família Lula da Silva,
Okamotto é ligado ao ex-presidente há mais de 30 anos.
No fim de 2005, um senador do PT foi recebido por Lula em seu
gabinete no Palácio do Planalto. Estivera com Valério antes. E Valério,
endividado, queria dinheiro. Ameaçava espalhar o que sabia.
Lula observou em silêncio a paisagem recortada por uma das
paredes envidraçadas do seu gabinete. Depois perguntou: "Você falou
sobre isso com Okamotto?"
O senador respondeu que não. E Lula mais não disse e nem lhe foi
perguntado. Acionado, Okamotto cumpriu com o seu dever. Pulou-se outra
fogueira. Foram muitas as fogueiras.
Uma delas foi particularmente dramática.
Preso duas vezes, Valério sofreu certo tipo de violência física
que o fez confidenciar a amigos que nunca, nunca mais voltará à prisão.
Prefere a morte.
Valério acreditou que o prestígio de Lula seria suficiente para
postergar ao máximo o julgamento do processo do mensalão, garantindo com isso
a prescrição de alguns crimes denunciados pela Procuradoria Geral da
República.
Uma eventual condenação dele seria mais do que plausível. Mas
cadeia? E por muito tempo?
Impensável!
Pois bem: o impensável está se materializando. E Valério está no
limiar do desespero.”
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