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sexta-feira, 8 de junho de 2012

ECO BUSINESS 2012 DISCUTE SUSTENTABILIDADE

Uma pesquisa da Nielsen Holdings, mostrou que 66% dos consumidores preferem comprar produtos e serviços de empresas com programas de sustentabilidade e 46% deles não se importam em pagar mais por eles.


Para auxiliar as empresas a se prepararem para atender a essa nova demanda, a ECO Business 2012 preparou um congresso que alia discussões sobre o perfil do novo consumidor, as inovações tecnológicas para tornar as empresas sustentáveis e as tendências que viabilizam que as cidades sejam mais inteligentes.

O evento, que será realizado de 14 a 16 de agosto, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, é uma realização da MES Eventos, promovida pela Mastran Business Fairs e conta com a direção de conteúdo da Green Business Brasil.

O Congresso da ECO Business contará com mais de 30 palestras de grandes empresas, como P&G, Basf, Camargo Correa e PepsiCo.

“Estruturamos um congresso completo, que chega aos participantes em uma linha lógica de pensamento: o que os consumidores esperam, como as empresas podem atender a essa demanda e, finalizando, novas iniciativas que tornam nossas cidades lugares melhores para viver”, disse Gui Brammer diretor de conteúdo do Congresso.

Hoje em dia, muitas empresas já têm uma nova postura com relação aos modelos tradicionais de comércio e consumo, e ações de sustentabilidade, corwdsourcing e open inovation fazem parte de seu cotidiano.

Durante o evento, essas companhias auxiliarão outras a entenderem essa mudança rumo a uma economia global sustentável e se posicionarem diante dela.

As palestras foram organizadas em três temas, sendo que cada um será desenvolvido em um dia do evento. No dia 14/08 o foco será o ‘Perfil do Novo Consumidor Brasileiro’, assunto debatido por especialistas como Johnny Wei, diretor da Locomotiva Negócios Emergentes e representante do C.K. Prahalad no Brasil e Carla Mayumi, diretora da agência BOX 1824, responsável pela pesquisa O Sonho Brasileiro.

Além desses keynotes, o dia também contará com a participação de Gabriela Onofre (P&G), Claudia pires (PepsiCo), Denise Alves (Natura), Fabio Lavezo (Camargo Correa) e Leandro Farina (Celulos Irani), que irão expor cases sobre como suas empresas estão abordando este novo consumidor.

No segundo dia da ECO Business, o tema será as “Ferramentas para a Implementação de Sustentabilidade nas Empresas”. Neste dia participarão Sonia Chapman (Basf), Luis Serafim (3M), Sérgio Cintra (Metalsinter), Alexander Van Paris Piergilli (Ecossistemas), Chicko Sousa (WiseWaste) e Fabíola Grzybowski (MARS), que mostrarão cases sobre como trazer inovações para sustentabilidade às companhias de maneira efetiva.

Além dos executivos, a keynote Vivian Blaso, da Conversa Sustentável, palestrará sobre as tendências para o Brasil das construções verdes e os benefícios que estas podem gerar para as plantas industriais.

O último dia do Congresso terá como centro das discussões o futuro das cidades brasileiras e como torná-las mais inteligentes, por meio de ações de consumo colaborativo e economia criativa.

Personalidades como Gilberto Dimenstein (Folha e Catraca Livre), Rachel Biderman, Lincoln Paiva (Mobilidade Urbana) e Fabio Mestriner (ESPM) falarão sobre como as empresas podem se adaptar a essas tendências.

Os executivos que atuam com o conceito de consumo colaborativo, Gui Brammer (DescolaAi.com), Marcio Nigro (Caronetas), Fernando Fernandes (Sautil) e Felipe Barroso (ZazCar) abordarão temas sobre “Consumo Colaborativo” e como a população brasileira está aderindo a esse movimento.

Além do Congresso, a ECO Business 2012 também sediará uma feira onde as empresas que desenvolveram soluções sustentáveis irão expor suas tecnologias, maquinários e cases ao público.

REVISTA DE ARQUITETURA E URBANISMO

Acaba de ser lançada a 14ª edição da Risco: Revista de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo, editada pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Arquitetura e Urbanismo de São Carlos, pertencente à Universidade de São Paulo (USP).

O periódico, disponível na internet para leitura, reúne a produção acadêmica dos pesquisadores da área de arquitetura e urbanismo e campos afins.

Odete Dourado, professora do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia, escreve sobre “Antigas falas, novas aparências: o tombamento do Ilê Axé Iyá Nassô Oká e a preservação dos bens patrimoniais no Brasil”.

“O Plano de Cidades Históricas (PCH) no planejamento governamental brasileiro e o desenvolvimento urbano e regional (1973-1979)” é o artigo de Sandra Rafaela Correa e Rodrigo Santos de Faria, da Universidade de Brasília, e Fabiano Lemes de Oliveira, da University of Portsmouth, no Reino Unido, escreve sobre “Of Metabolism: future cities for our contemporary world”. Detalhes: www.iau.usp.br/revista_risco

8º DIA DE CAMPO DO EUCALIPTO

Abertas as inscrições para o 8º Dia de Campo do Eucalipto, que será realizado no dia 13 de junho, no ginásio de esportes da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu.

O evento tem como objetivo apresentar aos produtores rurais, engenheiros florestais, agrônomos, técnicos florestais, técnicos agrícolas e estudantes as novas tecnologias no plantio, condução, colheita e informações sobre a comercialização do eucalipto.

Será apresentada uma série de palestras e oficinas ministradas por profissionais e pesquisadores da área. A programação também inclui demonstrações de técnicas de plantio, aplicação de herbicida e formicida, adubação e preparo do solo. Detalhes: www.dceucalipto.blogspot.com.br.

BIORREFINARIAS FAZEM DIVERSOS PRODUTOS

(Texto de Elton Alisson, distribuído pela Agência FAPESP) – As biorrefinarias – como são chamados os complexos industriais que produzem combustível, eletricidade e produtos químicos a partir de biomassa – estão se tornando empreendimentos capazes de converter uma grande variedade de matérias-primas, incluindo resíduos agrícolas, em diversos produtos. Isso com maior eficiência energética, economia e benefícios ambientais em comparação com processos tecnológicos convencionais que só dão origem a um ou dois produtos.

A avaliação foi feita por Jonas Contiero, professor do Instituto de Biociências da Unesp, campus de Rio Claro, em palestra no workshop conjunto do Centro Paulista de Pesquisa em Bioenergia, da Universidade de Nottingham e da Universidade de Birmingham, realizado no dia 14 de maio no Auditório da FAPESP.

Realizado pelo Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), o evento teve o objetivo de apresentar resultados das pesquisas em bioenergia em andamento na Universidade de São Paulo (USP), na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na Unesp, na Universidade de Nottingham e na Universidade de Birmingham – ambas do Reino Unido –, com o objetivo de discutir a pesquisa em colaboração e planejar futuros projetos conjuntos.

De acordo com Contiero, as primeiras biorrefinarias eram caracterizadas por usinas de produção de álcool etílico por trituração seca, que utilizam cereais como matéria-prima e possuem uma linha de produção fixa, que consiste no álcool etílico, em coprodutos e em dióxido de carbono.

Tempos depois, começaram a despontar as biorrefinarias de segunda geração, que utilizam uma tecnologia de trituração “molhada”, a qual possibilita a produção de diversos produtos finais, dependendo da demanda, utilizando principalmente grãos como matérias-primas.

Atualmente estão em fase de pesquisa e desenvolvimento as biorrefinarias de terceira geração, como as que utilizam a biomassa lignocelulósica encontrada em resíduos agrícolas – por exemplo, o bagaço da cana-de-açúcar – para obter produtos químicos e biocombustíveis.

“Em uma biorrefinaria, uma única matéria-prima, como o bagaço da cana-de-açúcar, é convertida em produtos químicos como glucose, bioetanol, ácido cítrico, antibióticos, vitaminas, enzimas, biocorantes, bioetanol e bioplásticos”, exemplificou Contiero.

Dessa relação de produtos, um dos que mais vêm se destacando são os bioplásticos, ou plásticos biobased. Produzidos a partir de outras matérias-primas, os principais tipos desse plástico são à base de amidos, de polihidro-alcanoatos, de ácido polilático, como de cana-de-açúcar, e os derivados de celulose.

De acordo com dados de mercado, apesar de ainda representar apenas 0,5% dos 230 milhões de toneladas de plásticos consumidos atualmente no mundo, o segmento de bioplásticos tem registrado crescimento de 20 a 25% ao ano, com expectativa de produzir 230 mil toneladas ao ano durante a próxima década.

“Os países com maior capacidade de produção estimada de plásticos biobased são os da Europa, com 140 mil toneladas ao ano, seguidos dos países da América do Norte, com 80 mil toneladas, da Ásia, com 40 mil toneladas, e da América do Sul, com 500 toneladas”, disse Contiero.

O produto é utilizado em diversos setores, como os de embalagem, vestuário e biomédico. No Brasil, entre as empresas que produzem esse tipo de plástico a partir da cana-de-açúcar estão a Braskem, PHB Industrial e Usina da Pedra.

Em agosto de 2011, Contiero iniciou um projeto, realizado com apoio do Programa Parceria para Inovação Tecnológica (PITE), no âmbito de um acordo de cooperação entre a FAPESP, a Braskem e a Ideom, para produzir e extrair ácido lático por fermentação a partir de subprodutos da indústria sucroalcooleira e da produção de queijo para obtenção de ácido polilático.

De acordo com dados do pesquisador, o processo é mais barato do que os que estão sendo desenvolvidos nos Estados Unidos e na Bélgica, que obtêm o ácido polilático a partir do uso, respectivamente, do amido de milho e do açúcar de beterraba.

“A quantidade de fibras lignocelulósicas dos resíduos ou subprodutos da agroindústria da cana-de-açúcar, representada pelo bagaço e pela palha, dá a ela uma enorme vantagem competitiva em relação às outras fontes de carbono, uma vez que esse resíduo pode ser utilizado para geração de energia para a operação da planta de produção”, disse Contiero.

Segundo Contiero, por trabalharem com matérias-primas agrícolas, as biorrefinarias devem ser consideradas como uma extensão da cadeia de produção agrícola, e precisam estar integradas fisicamente aos processos de plantio, colheita, processamento e transformação das plantações.

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