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quarta-feira, 13 de junho de 2012

CRÍTICA AO MERCADO DE EVENTOS

Roberto Medina, idealizador do Rock in Rio,. criticou de forma veemente a falta de criatividade das agências de comunicação na hora de pensar ativações de marca, considerando que o mercado de eventos está longe de atingir a excelência, tanto no Brasil, quanto no mundo.


No gramado do Rock in Rio Lisboa, após o show do Sepultura que teve a importante função de garantir os testes finais de luz e som, diante do palco mundo Medina contou um pouco dos seus planos para o futuro e dos novos negócios globais, deixando a lição de que a única maneira de fazer realmente diferente, é sonhando alto e buscando a melhoria contínua. Eis a ebntreviista que concedeu ao Promoview::

Promoview – O Rock in Rio foi um plano de futuro que graças a muito trabalho se tornou uma realidade. E hoje, o que você imagina para o futuro?

Roberto Medina – Acredito que o futuro a gente constrói a cada dia. Quando acaba um projeto desses, a minha sensação de felicidade e alegria por conseguir transmitir isso pra tanta gente, só permite que eu questione: o que pode melhorar? Eu gosto de concentrar no que estou fazendo no agora. E, agora, o que posso dizer é que a marca Rock in Rio está muito preparada. Portugal foi um projeto importante para olhar mais o mundo, eu estava muito centrado no Brasil. A Espanha também foi, agora teremos a nova experiência na Argentina. Hoje somos uma marca de eventos de entretenimento muito acima dos padrões internacionais e o futuro é sermos ainda mais, ainda melhores.

Promoview – Como um dos pioneiros no setor de marketing promocional no Brasil, como você enxerga, hoje, o setor de eventos?

Roberto Medina - O mundo demorou muito para acordar e começar a fazer a comunicação 360º. As pessoas falam muito mas fazem pouco ou sequer fazem, ficando apenas no discurso. Quando iniciei a minha agência em 1972 eu já trabalhava isso. Fazia lançamentos imobilários, parava a rua, fazia estandes estranhíssimos para impactar as pessoas. Há 17 anos foi a árvore de natal [na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro], e eu lembro que o briefing do cliente era “eu quero emocionar a cidade, quero dar um presente de natal para as pessoas”. Só que ele pensou isso imaginando uma campanha publicitária e a minha campanha publicitária era aquilo. Uma árvore no meio da lagoa, uma experiência era o mais forte que poderia proporcionar esta sensação. No nosso caso, construímos uma marca um ano antes, para que o patrocinador ative essa marca como deve ser, em diversas campanhas no evento em questão. Na verdade o que eu estou fazendo é antecipar a campanha dele, é dar o tema da campanha para ele trabalhar e ativar a marca e depois tudo acabar numa grande festa.

Promoview – E como você acha que as agências de comunicação devem encarar o futuro?

Roberto Medina - Eu acho que nas empresas de comunicação temos que estar um passo à frente do tempo. No negócio da música, por exemplo: o cara tem um palco muito ruim (e isso é no mundo inteiro, não estou falando desta ou daquela região) e tem os artistas. A cabeça de um promotor de shows é binária (e eu conheço inúmeros): contrata uma banda, vende ingresso e acabou. É estranho que o mundo da comunicação ainda não tenha aportado para a “coisa” do evento. A gente vê muitas coisas pouco criativas, como se as marcas e as empresas não tivessem acordado ainda para este caráter tão importante da experiência. E não acordaram nem no Brasil, nem em lugar nenhum. Os números mostram isso e são de uma discrepância violenta. Você tem um evento emblemático como Glastonbury e o Coachella, e os caras tem 250 mil fãs nas redes sociais. Compara com o Rock in Rio, nós temos cerca de 5 milhões. Nao faz sentido! Eles tinham que ter muito mais, ou seja, a relação do consumidor com a minha marca é muito mais forte do que com festivais muito mais antigos. Eu espero que no futuro as agências acordem para isso.

Promoview – O Rock in Rio chegou longe e agora vai ainda mais. O que você já pode antecipar destes futuros Rock in Rio pelo mundo?

Roberto Medina - Nós buscamos sempre, em primeiro lugar, ter sintonia com o público que vamos atender. Por exemplo, no Oriente Médio as pessoas não têm muita ligação com a música; o que se compra lá é grandeza, luxo. Eu já desenhei o projeto da Cidade do Rock do futuro e ele é absolutamente incrível. É espantosa a Cidade do Rock do futuro. Parece que a gente está na lua.

Promoview – Mas não aquela uma lua à lá 2001: Uma Odisséia no Espaço, não é? (risos)

Roberto Medina - (risos) Não, a minha é uma lua mais realista. Realista e inovadora. A cada ano eu tento inovar, tirar a concentração do palco principal e fazer a experiência ser ainda mais rica. O palco principal não é uma novidade, ele é um detalhe, e super importante, afinal é um conjunto de detalhes que fazem o Rock in Rio ser o que é. Uma vez o presidente da Souza Cruz, saindo do Hollywood Rock, passou por mim e eu perguntei: “e então, está satisfeito?” E ele respondeu: “não, aqui foi o show da Madonna, não foi o Hollywood Rock”. Aqui na Cidade do Rock não é o show da banda A ou B. Aqui é o Rock in Rio do Millennium, da Vodafone, da Heineken… Tudo isso é o Rock in Rio. Este é o raciocícinio que fiz há 28 anos porque nao tinha como fechar a conta. Era um projeto que custava 50 milhões de dólares e o bilhete não pagava. Como nao paga até hoje.

Promoview - Algum outro sonho sobre o qual não tenhamos falado?

Roberto Medina - Expandir, ser uma plataforma global, ver o projeto social ser mais do que estamos fazendo. Não estou satisfeito, acho que faço pouco, quero fazer mais. E falo em fazer mais não apenas como investimento do ponto de vista do capital, e sim comovendo, mobilizando as pessoas. Eu sou muito pequeno para mover alguma pecinha sozinho neste planeta. A única forma de fazer a diferença é movendo a comunidade, sensibilizando, é como posso ajudar. Enquanto o capital não entender que tem que trabalhar as duas pontas, tanto quanto trabalha o negócio trabalhar também a sociedade, a gente vai ter um mundo desigual. Aproveitar a coisa da música e o relacionamento de pessoas é bom, gera emprego, gera impostos. Mas isso é menos do que eu sonhei. Meu sonho não atingiu a plenitude. Concluir um Rock in Rio é cumprir uma etapa. Fico feliz, mas não estou satisfeito.

CONSUMIDOR APROVA MALHA DE BRUSQUE

Pesquisa realizada pelos acadêmicos do curso de Produção Têxtil da UNIFEBE e do SENAI para investigar as causas dos defeitos em malhas comprova a qualidade do tecido brusquense. Da malha pesquisada em 15 empresas, apenas 2,8% mostrou algum defeito, enquanto 97,2% apresentaram ótimas condições.

Dentro dos 2,8% da malha com defeito, a maioria das falhas estava relacionada ao processo de tingimento (56%). Segundo o coordenador do curso de Processos Gerenciais, Sidnei Gripa, e do coordenador técnico, Wallace Nobrega Lopo, constatou-se que os setores da indústria têxtil da região, que dependem do fator humano para garantir a qualidade do produto ou serviço, tendem a ter uma participação percentual maior na quantidade de defeitos gerados. “O resultado da pesquisa foi enviado para as empresas participantes do estudo. A partir desses dados elas podem aprimorar seus controles de qualidade para garantir que tais defeitos não sigam à diante e para reduzir ainda mais o índice de defeitos”, enfatiza Lopo.

A pesquisa envolveu 70 acadêmicos da 2ª, 4ª e 6ª fase do curso e promoveu a interdisciplinaridade das disciplinas Sistemas Formadores de Fios II, Tecnologia da Malharia I e III, Administração Industrial e Gerenciamento de Processos Têxteis e Sistemas de Produção I, bem como os professores das disciplinas.

O PAPA NÃO GOSTOU

(ZENIT.org) O Vaticano está tentando proteger o direito do Papa à privacidade depois que documentos e correspondências privadas da Santa Sé entre o Papa e seus colaboradores foram publicados.

O jornalista italiano Gianluigi Nuzzi lançou um livro intitulado "Sua Santidade", que divulga a correspondência confidencial de e para o Santo Padre e seu secretário pessoal. O Vaticano considera uma afronta.

PÁREO DE DOIS CAVALOS

Nos próximos ciclos, talvez outros cavalos entrem na raia. Neste, de 2012, apenas 2 chegaram lá e disputam cabeça a cabeça, embora em ritmo diferente, a liderança.

Estamos nos referindo ao gadget que prevaleceu e, a cada novo dia aumenta sua distância em relação a todos os demais gadgets, os smartphones.

Na raia da direita, esbanjando beleza, soberba, design, qualidade, a APPLE, gloriosamente representada por um único e exuberante animal, o iPHONE. Na raia da esquerda, não brilhando tanto pela beleza e pelo design – mas não passando vergonha – mas exibindo uma velocidade absurda e extraordinária, organizando-se para atender da melhor forma possível todos os seus parceiros, e alinhando numa mesma raia várias alternativas, a SAMSUNG.

A APPLE oferece o smartphone que seus seguidores quiserem desde que seja o iPHONE. Não quer se misturar com alternativas mais acessíveis e comoditizadas, acima de tudo privilegia o lucro, e coloca todas as suas fichas num marketing completo e da melhor qualidade. Assim, e com total merecimento, neste momento ostenta um consistente primeiro lugar, quem sabe, por mais um ou dois trimestres, com 23,5% do mercado de smartphones.

A SAMSUNG cria, produz e oferece diferentes versões de seus smartphones, procurando participar de todas as faixas de mercado, e se tornar acessível às diferentes tribos de consumidores. Esmera-se na qualidade mesmo acreditando que o melhor equilíbrio e sustentabilidade decorrem de ganhar pouco de muitos, para não dizer, de todos. Correndo por fora, e comendo pelas beiradas, e depois pelos meios, e agora atacando a cabeça oferecendo produtos que se emparelham com o iPHONE, ostenta, com orgulho mas ainda não satisfeita, uma segunda colocação com 22,8% de mercado.

Em termos de prognóstico, e em participação de mercado, mais dois ou três trimestres e a SAMSUNG assume a liderança do território. Sua velocidade ascensional é mais consistente e maior que a da APPLE: saltou de 9,4% de participação do final de 2010 para os atuais 22,8%; enquanto no mesmo período a APPLE passou de 16% para 23,5%. Mas, em termos de lucratividade, durante dois ou três anos e no território específico dos smartphones a APPLE continuará prevalecendo.

Talvez, a constatação mais importante desse páreo de apenas dois cavalos, com todos os demais a perder de vista, é a lição que daqui para frente os ciclos de cada negócio, muito especialmente os das diferentes plataformas de tecnologia, são cada vez mais curtos. E assim, todos, o tempo todo, têm que se preocupar em como defender as posições conquistadas no atual ciclo, mas já preparados para tentarem sair na frente no ciclo que se avizinha. Dormir sobre os louros da vitória é o pior que qualquer empresa pode fazer. Que o digam a MOTOROLA que reinou nos anos 80, a ERICKSON dos 90, a NOKIA dos 2000, e que agora só fazem comer poeira. (MadiaMundoMarketing)



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