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segunda-feira, 28 de maio de 2012

A JUSTIÇA E O MARKETING

Entre os muitos óbices para o desenvolvimento do Brasil, de longe, o maior de todos, é o MARCO REGULATÓRIO. Desde a Constituição, passando pelos diferentes Códigos, mais legislação específica de cada setor, assunto, atividade, mais normas, mais regulamentos, mais e principalmente os códigos de processos e todas as procrastinações possíveis e inimagináveis, existem infinitas razões para recomendar às pessoas de bom senso e melhor juízo que não empreendam no Brasil, que não invistam no Brasil. Mas, como somos habitados e admirados por malucos e masoquistas, muitos insistem em enfrentar todos esses desafios e empreender.

No passado, existia alguma esperança na JUSTIÇA. Mesmo com o pior dos labirintos que é nosso MARCO REGULATÓRIO, acreditava-se que a JUSTIÇA DO BRASIL poderia atenuar em muito toda a esquizofrenia de nossas leis. E essa ilusão perdurou até os anos 1950. E, desde então, tão ou pior que o MARCO REGULATÓRIO, a JUSTIÇA que o faria cumprir e não o faz porque preguiçosa, corporativista, privilegiada, mais recentemente desonesta, e nas últimas semanas, barraqueira. Isso mesmo, e confirmando uma das leis de Morfo, o alternativo do Murphy, “de onde mais se espera mais vai se continuar esperando”. Confirmando o reeditado “quem espera nunca alcança”.

O MARKETING, ideologia das empresas modernas a partir de 1954, para cumprir seu papel de garantir o crescimento permanente e sustentável de produtos e empresas, a construção e fortalecimento de marcas, carece de um MARCO REGULATÓRIO que ofereça as condições mínimas de segurança, para um ambiente de negócios amigável e consistente. E como isso não existe, a decorrência perversa e natural é agregar desvantagens competitivas a todas as empresas que empreendem em nosso país, conscientes dos riscos presentes em todas as suas iniciativas e movimentos.

As poucas esperanças que existiam de avançarmos um mínimo nessa direção se desvaneceram no mês de abril de 2012, por ocasião da troca da presidência do STF – Supremo Tribunal Federal. Um tiroteio de palavras entre seus juízes caracterizou ser aquele lugar uma praça das piores práticas, com o prevalecimento de barganhas, imposições, tirania, violação às normas, racismo, bullying, e de tudo o mais que se possa imaginar. De certa forma evidenciando-se as mazelas, influências, e terríveis compromissos assumidos nos momentos de escolha dos novos Ministros.



Assim, e se o MARKETING de qualidade pressupõe um mínimo de confiança nas leis, normas e regulamentos que emprestam consistência legal ao planejamento e ações decorrentes, no Brasil, e para os teimosos e masoquistas que insistirem em empreender, a certeza de sempre se caminhar a meia luz em algumas situações, e sem luz nenhuma na maioria delas. Enfrentando riscos e obstáculos de toda a natureza, e mais que preparado para descobrir, depois de todos os resultados alcançados, que por alguma razão absurda, perderam o valor. Se não é zero, a garantia de se fazer negócios no Brasil é próxima de. (MadiamundoMarketing)

ZERO HORA LANÇA REVISTA E LIVRO

O Donna, tradicional caderno de Zero Hora, encartando nas edições de domingo do jornal completa 30 anos e será transformado em revista. A publicação traz capa couche e novos conteúdos exclusivos sobre moda, beleza, comportamento, música, além de entrevistas e crônicas.

Com o objetivo de comunicar a repaginação do produto e o lançamento da sua edição para tablet, Zero Hora, em parceria com a Escala, lançou e está distribuindo um livro contendo peculiaridades e curiosidades sobre os hábitos, manias e o cotidiano das mulheres do Rio Grande do Sul. Intitulado Coisas que você precisa saber sobre a Mulher Gaúcha, o encarte traz um conteúdo proprietário, que só poderia ser criado por um veiculo como o Donna, que há mais de 30 anos conversa e tem intimidade com este público específico.

MAIS PRESSÃO SOBRE A PUBLICIDADE INFANTIL

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e o Instituto Alana enviaram, carta a autoridades do governo e a parlamentares a fim de ressaltar a importância de que sejam levadas em consideração as recomendações da Opas Organização Pan-Americana de Saúde sobre a promoção e a publicidade de alimentos e bebidas não-alcoólicas para crianças, conforme documento lançado em abril.

"Como meta de diminuir o risco à saúde, o documento lista ações concretas a serem adotadas pelo Estado, para consolidar uma política regulatória e não mais voluntária, que reduza a exposição de crianças à publicidade de alimentos com elevado teor de gordura, açúcar ou sal, de forma a garantir a segurança e a saúde desse público vulnerável, assim como determina o Código de Defesa do Consumidor", salienta a advogada do Idec, Mariana Ferraz.

A primeira das 13 principais recomendações da Opas estabelece que o Ministério da Saúde, por meio de seus órgãos institucionais, assuma a responsabilidade pelo processo de regulação da promoção e da publicidade de alimentos. “Esse ponto fortalece iniciativas como a Resolução nº 24 da Anvisa, de 2010, que determina que a publicidade de alimentos com alto teor de sódio, gorduras e açúcar seja acompanhada de alertas para possíveis riscos à saúde no caso de consumo excessivo”, diz Isabella Henriques, diretora de defesa do Instituto Alana. Hoje, a norma encontra-se suspensa por decisão da Justiça para empresas associadas a algumas entidades, como a Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos).

Desde 2005, a OMS (Organização Mundial da Saúde) reconhece a comercialização de alimentos não saudáveis para a população infantil como um fator que contribui para o aumento dos níveis de obesidade e sobrepeso. Idec e Alana aguardam manifestação das autoridades sobre as providências que serão tomadas.

CONTRA A INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

(Texto de Karina Toledo, distribuído pela Agência FAPESP) – Uma molécula desenvolvida por pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, e da Universidade de São Paulo (USP) se mostrou capaz de estabilizar e até mesmo reverter o processo degenerativo observado na insuficiência cardíaca. O mal é caracterizado pela incapacidade do coração em bombear sangue adequadamente e leva à morte 70% dos afetados nos primeiros cinco anos.

Os resultados dos testes pré-clínicos com a molécula batizada de βIIV5-3 foram divulgados na revista PLoS One. A pesquisa faz parte do pós-doutorado de Julio Cesar Batista Ferreira, com Bolsa da FAPESP.

“A insuficiência cardíaca é o resultado final comum de diferentes doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e hipertensão arterial. Depois que o problema se instala, a sobrevida do paciente costuma ser relativamente curta, mesmo com a ajuda de todos os fármacos do mercado”, disse Ferreira, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.

Ainda durante o doutorado, realizado na Escola de Educação Física e Esporte da USP sob orientação da professora Patricia Chakur Brum, Ferreira encontrou evidências de que uma proteína chamada PKCβII ("protein kinase C isoform βII") poderia ser a vilã por trás do processo que leva à insuficiência cardíaca.

Para testar sua hipótese, decidiu criar uma molécula capaz de inibir a ação dessa proteína nas células do coração. O trabalho foi feito em colaboração com a pesquisadora Daria Mochly-Rosen, da Escola de Medicina de Stanford.

“O βIIV5-3 é uma combinação de seis aminoácidos ligados a uma molécula carreadora, capaz de atravessar a membrana celular. Esse princípio ativo inibe a interação da proteína com seu receptor”, disse Ferreira.

Para chegar a essa combinação, os cientistas usaram programas de computador capazes de alinhar duas proteínas e apontar semelhanças e diferenças estruturais, completou. “Isso permite escolher regiões específicas de interação entre essas proteínas.”

A equipe então testou a molécula em dois modelos animais. No primeiro, um grupo de ratos passou por uma cirurgia para obstruir uma artéria coronária e induzir o infarto. Cerca de um mês depois, os animais apresentaram sinais de insuficiência cardíaca. Metade foi tratada com o βIIV5-3 por seis semanas e a outra metade recebeu placebo.

“Após as seis semanas, a função cardíaca havia melhorado cerca de duas vezes nos animais tratados com o βIIV5-3, quando comparada ao grupo controle. Além disso, a mortalidade caiu de 35% para 3%”, contou Ferreira.

O segundo experimento foi feito com ratos que apresentavam grande sensibilidade ao sódio. Com seis semanas de vida, os animais foram submetidos a uma dieta rica em sal e, logo em seguida, desenvolveram hipertensão. Quando completaram 11 semanas, já estavam com sinais de insuficiência cardíaca e passaram a receber o tratamento ou o placebo.

A função cardíaca dos animais que receberam o βIIV5-3 melhorou duas vezes em relação ao grupo controle e, nesse caso, ficou igual à de ratos sem insuficiência cardíaca. Já a mortalidade caiu de 50% para 0%.

“Mesmo após o término do tratamento os animais que receberam o βIIV5-3 apresentaram reduzida mortalidade quando comparados ao grupo placebo”, comemorou o pesquisador.

Para provar que também em humanos a PKCβII desempenha papel decisivo no agravamento da insuficiência cardíaca, os pesquisadores avaliaram amostras de biópsia cardíacas de portadores desse problema.

“A relação foi clara: quanto mais altos eram os níveis de PKCβII, pior era a função cardíaca dos pacientes”, contou Ferreira. Essa etapa da pesquisa teve a participação de Berta Napchan Boer e Max Grinberg, ambos do Instituto do Coração (Incor) da USP.

O próximo passo foi entender por que a proteína PKCβII é deletéria ao músculo cardíaco. Para isso, os pesquisadores realizaram uma série de experimentos in vitro com a proteína isolada e com culturas de células cardíacas de ratos.

“Descobrimos que a PKCβII desregula o controle de qualidade das proteínas dentro das células cardíacas. Ela se liga ao proteassomo, um complexo intracelular que elimina as proteínas oxidadas, e impede que ele funcione adequadamente”, explicou Ferreira.

Para piorar, o coração com insuficiência torna-se um ambiente pró-oxidante, ou seja, no qual está favorecida a produção de radicais livres e outras substâncias tóxicas que danificam as proteínas e outras macromoléculas da célula.

“Como há aumento na produção de proteínas oxidadas e o controle de qualidade está desregulado, elas começam a se acumular e a impedir que as células cardíacas contraiam de forma apropriada. Com o tempo, o coração vai deixando de bater adequadamente e as células começam a morrer”.

Nos experimentos feitos com ratos, a molécula desenvolvida se mostrou capaz de reativar o sistema de controle de qualidade nas células cardíacas. As proteínas oxidadas voltaram a ser eliminadas pelo proteassomo e o processo degenerativo foi interrompido.

Antes de testar o candidato a fármaco em seres humanos, os pesquisadores pretendem realizar outra rodada de ensaios pré-clínicos com animais de maior porte, possivelmente porcos.

A molécula já foi bem-sucedida nos testes de toxicidade realizados em animais. Se tudo correr bem, dentro de aproximadamente sete anos saberemos com certeza se ela poderá se tornar um medicamento.

O artigo Protein Quality Control Disruption by PKCβII in Heart Failure; Rescue by the Selective PKCβII Inhibitor, βIIV5-3 (doi:10.1371/journal.pone.0033175), pode ser lido no www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0033175.

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