A JWT analisou no último Mobile World Congress 2012, em Barcelona, as tendências no mercado de telefonia móvel e como o seu crescimento e diversificação vem transformando a rotina das pessoas.São elas:
1) Tudo é inteligente: todos os tipos de coisas, de automóveis a geladeiras e casas, que também estão superconectados. No futuro, a medida que mais fabricantes incorporarem Wi-Fi, cartões SIM e outras tecnologias para um maior número de produtos, tudo deve se conectar à internet.
2) Internet é sinônimo de acesso: fornecedores de tecnologias móveis têm ampliado sua infraestrutura nas zonas rurais e reforçado os sistemas existentes para garantir que mais pessoas possam se comunicar, enquanto os fabricantes produzem dispositivos de baixo custo que oferecem acesso à internet para milhões de pessoas em todo o mundo.
3) A tecnologia humanizada: comando de voz e gestos se tornam cada vez mais comuns. A tecnologia vai adaptar-se ao nosso dia-a-dia, ao invés de nós termos que nos adaptar a ela. Experiências digitais se tornarão sinônimos de simplicidade e facilidade de uso.
4) Os dispositivos móveis serão gurus do bem-estar: telefones inteligentes ajudam as pessoas a levarem vidas mais saudáveis graças às informações, recomendações e lembretes com base em dados coletados por sensores incorporados na roupa de seus usuários (sapatos, pulseiras, etc.) ou por meio de recursos de telefone associados a outros detectores de movimento.
5) Os dispositivos móveis como tábua de salvação: os telefones celulares estão se tornando ferramentas importantes para aumentar o acesso à assistência médica e diagnóstico de doenças, assim como para salvar vidas em situações de crise.
6) Celulares inteligentes deixam de ser devices para serem a interface: o smartphone será o elo vital entre os dispositivos e produtos ligados à energia elétrica (a Internet das Coisas), e seus usuários. As pessoas usarão os dispositivos para controlar remotamente aparelhos, interagir com as suas telas e ajustar automaticamente as configurações de seus carros.
7) Os dispositivos móveis oferecem uma experiência única: como os dispositivos para se conectar a serviços em nuvem, a tecnologia móvel vai nos ajudar a navegar o mundo de maneiras que serão cada vez mais próximas da perfeição. E na medida em que players como Microsoft, Google e Apple aumentam as linhas de produtos, aumentará a consistência entre plataformas.
8 ) Os dispositivos móveis serão a nossa identidade: o dispositivo móvel se tornará um resumo dos dados, centralizados em um único local. Eles se alimentarão de informações pessoais e imagens que recolhermos ao longo do tempo, e servirão de carteira e de chave-móvel sincronizando com outras tecnologias de foram segura e perfeita, como Bluetooth e NFC.
9) Os dispositivos permitem-nos fazer compras sem problemas: o smartphone será a senha para compras. Códigos QR permitem que usuários de smartphones façam compras a qualquer hora e em qualquer lugar. A integração da tecnologia NFC em telefones celulares permitirá pagamentos com ainda mais rapidez e facilidade. E na medida que o e-commerce e as lojas físicas adotarem essas tecnologias, a compra pode envolver uma foto ou tocar um sensor e, em seguida, obter uma ordem ou receber o produto/serviço.
10) Os dispositivos móveis permitem abordar vários meios de comunicação social de uma só vez: os dispositivos móveis estão se tornando a pressão ou distração de outras plataformas de mídia e conteúdo. Os consumidores estão indo de uma tela para outra e brincando com seu tablet ou smartphone enquanto assistem a TV, jogam, trabalham no computador, etc.
11) A batalha para ganhar acesso à propriedade do material: com a proliferação de serviços em nuvem baseados em internet e dispositivos habilitados, os consumidores serão os proprietários de seus meios para acessá-los por meio de assinaturas. O que quiser, quando e onde quiser.
12) A personalização irá atingir a sua máxima extensão: os dispositivos móveis cada vez mais utilizam os dados que têm acesso a partir de compras feitas por meio de interações de mídia social e localização de pessoas, para fornecer uma informação adequada para o usuário. Eles passam a analisar o desempenho passado e atual, bem como a atividade que as pessoas têm para dar sugestões sobre lugares que se pode visitar, atividades que se pode realizar e os itens podem ser comprados.
13) Sobre a partilha de informações: os proprietários de dispositivos móveis estão se tornando mais conscientes do valor de seus dados pessoais. Para refinar os motores de personalização, as pessoas vão parar para pensar mais cuidadosamente sobre as informações que estão dispostos a partilhar.
14) Aumentar a conscientização sobre segurança: o uso de aplicativos, navegação móvel e pagamentos móveis comprometem dados pessoais e são ameaças de segurança crescentes.
15) Medo de perder o telefone: é o medo que as pessoas sentem quando separadas de seu dispositivo móvel. Cada vez nos tornamos mais ligados aos dispositivos móveis, que se tornam uma espécie de centro de dados. Queremos estar intimamente ligados à nossa identidade. A ansiedade de uma iminente perda dos dispositivos tende a aumentar. (Promoview)
CRESCE DEMANDA POR PESQUISA DE MERCADO NO BRASIL
A TGI (Target Group Index), uma das unidades de negócio da consultoria britânica Kantar Media, chegou ao Brasil no final de 1999 em parceria com o Ibope. Especializada em estudos sobre consumo de mídia e hábitos de compra, vem observando aumento no interesse de multinacionais no Brasil. Hoje vê oportunidades na internacionalização de empresas brasileiras.
“Queremos vender para clientes do país informações e insights sobre outros mercados ao redor do mundo”, afirmou Richard Asquith, ceo da Kantar TGI & Custom. Em encontro com o Propmark, o executivo sobre as transformações do mercado de pesquisa nos últimos anos e sobre como a coleta minuciosa de dados é fundamental para decisões acertadas. Principais trechos da entrevista.
“Há uma enorme oportunidade nos países em desenvolvimento. As grandes multinacionais estão interessadas em entender mais profundamente mercados como China e Brasil, porque estão crescendo muito mais rapidamente que os tradicionais. Por isso, elas estão transferindo seus investimentos para economias como o Brasil. Mas para fazer isso e obter sucesso, precisam saber a estrutura desses mercados, como a mídia funciona, as relações entre pessoas e marcas, como os indivíduos em cada lugar tomam suas decisões de consumo, de modo consistente”.
“Ao passo que empresas nacionais tornam-se mais ambiciosas e marcas locais passam a ser mais conhecidas em outros países, aumenta o interesse delas sobre o que está ocorrendo nos demais mercados.”
“A TGI Brasil cresceu 19% no ano passado sobre 2010 em tamanho. Na China, o crescimento do grupo foi de 25%. É por isso que há tanto interesse nos países do Brics. Europa e Estados Unidos continuam sendo muito importantes, mas não o serão para sempre.”
“Os Estados Unidos são o maior centro para pesquisa. Mas se dividíssemos todo o valor investido em estudos pela população de um país, o Reino Unido teria o maior gasto per capita. O cenário é esse porque pesquisa vem se desenvolvendo há muitos anos no mercado britânico,.”
“Os consumidores brasileiros estão mudando o tempo todo e há aspectos sobre eles que ainda não foram medidos até o momento. Temos que evoluir sempre para tentar entender os consumidores localmente. E é isso que faz do Brasil um mercado tão vibrante. Você precisa continuar olhando para ele e mudando constantemente para desenvolver sua interpretação.”
“Há 40 anos, pesquisa era muito acerca de desenhar uma amostragem de indivíduos e questioná-los sobre determinado assunto. No mundo moderno, é uma combinação de questionários e de novas tecnologias e de conectar as informações com dados a respeito do comportamento dos indivíduos”.
“Ainda é importante para nós ir à casa das pessoas, fazer perguntas e preencher formulários. Mas, de modo crescente, estamos conduzindo levantamentos por meio da internet. Em determinados estudos, utilizamos o celular. Em conjunto com as perguntas que fazemos às pessoas, buscamos informações comportamentais, como as que possivelmente são coletadas a partir do uso que fazem da internet. Todo o tempo os indivíduos deixam rastros sobre o que leram ou viram. Quando vêem TV a cabo, há informação sendo capturada sobre o que estão assistindo. Podemos combinar esses dados com nossos estudos e criar uma grande fotografia a respeito do que as pessoas têm feito”.
“Como você atinge pessoas que consomem sua marca e as do concorrente? Porque temos informações atitudinais acerca dos consumidores, podemos descrevê-los, assim como o mercado. Assim ajudamos as marcas a saber onde estão os gaps do mercado e quais oportunidades existem”.
“Somos muito conscientes de que as redes sociais têm um papel importante na vida das pessoas. Basicamente, temos medido a extensão do uso dessas plataformas, como os consumidores as utilizam e para quê. É preciso entender o que elas de fato significam para as marcas. Estamos desenvolvendo serviços que extraem a informação disponível nas redes sociais para interpretá-la em favor das marcas. Mas estamos aprendendo. Certamente, as marcas têm expectativa de que haja informações relevantes, mas a tecnologia está apenas no início de seu desenvolvimento e trabalhamos para extrair um sentido dos dados que produz”.
“Em 1999, iniciamos parceria com o Ibope para lançarmos a TGI em oito países na América Latina. Dividimos experiência, conhecimento e desenvolvemos pesquisas baseadas em nosso entendimento ao redor do mundo.”
“Procuramos integrar nossos dados com outras fontes de informação. No momento, estamos trabalhando no Brasil na integração entre dados de segmentação de consumo da TGI e dados do Ibope sobre audiência de TVs. Estamos fundindo as informações disponíveis, o que irá permitir aos nossos clientes obterem um cenário completo a respeito de como são os telespectadores, o que esperam e consomem”. ( Keila Guimarães no Propmark)
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