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sábado, 11 de fevereiro de 2012

DOMINGO É DIA DE AUDITORIA

Auditoria da Comunicação


AS MARCAS ELEFANTE

1. Sossegados como só os caipiras conseguem ficar, os dois estavam sentados ali, na beira no caminho. Um pitando o cigarrinho de palha, o outro picando o couro. Não se falavam, apenas apreciavam o por do sol. E curtiam o momento.

Aí, ouviram o barulho: “vrom, vrom, vrom!”

Era um elefante, asas enormes, que apareceu no horizonte, passou por eles, voando bem baixinho, e desapareceu no horizonte.

E ambos ali, tranqüilos, um pitando, outro se preparando para pitar.

Ouvuram, então, novo barulho, agora mais forte.

VROM, VROM VROM!

Já não era um, mas dois elefantes que passavam por ele, batendo aquelas asas enormes, duplamente barulhentas .

E eles quietos, um pitando, outro tranquilamente preparando o pito.

Aí, o barulho provocado pelas asas ficou ensurdecedor. Não eram mais dois elefantes, eram dezenas. Que sumiram no horizonte oposto ao por do sol, depois de passar por eles.

Então, um deles, o que picava o fumo, arriscou:

“Cê viu, cumpadre¿.”

O outro, depois de dar uma tragada è moda caipira, e de pensar um pouco, explicou:

“Vi. Decerto eles foram drumir pra lá.”

E continuaram o que estavam fazendo: um pitando. Outro, picando o fumo, admirando o sol se por. (contado pelo Rolando Boldrin no Senhor Brasil da TV Cultura e recontado do meu jeito).

2. No mundo real, acontece um fenômeno para o qual todo profissional de marketing, todo publicitário, todos os que lidam com comunicação precisam estar atentos.

Algumas marcas são extremamente conhecidas. A gente consulta qualquer top de marketing, e elas estão lá. Geralmente na liderança – ou muito próximos dela.

No entanto, os resultados nunca respondem na mesma proporção.

O consumidor lembra-se dela, faz dela líder de audiência, mas na hora de comprar, ao ver que o concorrente é um pouco mais barato, corre para ele.

São as marcas elefante.

3. Fazem um barulho danado nas mídias online e sociais, investem, às vezes o que não podem ou não devem, em marketing e na comunicação, entram e ficam na cabeça do consumidor, mas na hora do vamos ver... nada.

Afinal, o que acontece com elas¿

Simplesmente elas não tocaram o coração do consumidor, que a vê, mas não sente nada por ela.

Suas ações são frias, distantes do consumidor. E como estão distantes, não o conquistam.

4. No livro A Hora da Verdade, lançado pela Editora Sextante, Jan Carlzon conta como fez com que a companhia aérea Scandinavian Airlines, a SAS, vencesse a maior crise da sua história para se tornar uma das mais modernas, lucrativas e admiradas do mundo. É uma aula, mas se você não quiser ler o livro, fique com isso que ele escreveu logo na primeira página:

“Toda pessoa precisa saber e sentir que é necessária.

Todos gostam de ser tratados como indivíduos.

Dar a alguém a liberdade para assumir responsabilidades libera recursos que de outra maneira permaneceriam ocultos.

Um indivíduo sem informações não pode assumir responsabilidades; um indivíduo que recebeu informações não pode deixar de assumir responsabilidades.”

Vale para quem trata com o público interno.

Vale para quem acha que consumidor não se preocupa com o tratamento que a empresa lhe presta, porque não tem coração, só razão.

Vale para quem não quer ter marca elefante.

O preço

O Diário Catarinense publica, hoje, matéria mostrando cada deputado ganha. Mas o principal, está no corpo da matéria: é o custo benefício. Um escândalo.

Muito ruim

A programação da atual TV Globinho e a Malhação estõ prestando um baita desserviço à juventude brasileira.

Grande sacada

Em compensação, a editoração da editoria de trânsito da RBS TV. Merece ser aplaudida. De pé.





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