Pesquisar este blog

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

CRÍTICAS À PESQUISA DE MERCADO

E mais: Eventos . Novos Negócios .
EVENTOS
. Comunicação em Istambul -  De 9 a 11 de maio de 2012, acontecerá em  Istambul, na Turquia, a Conferência Internacional sobre Comunicação, Mídia, Tecnologia e Design (ICCMTD). O evento reunirá acadêmicos com o intuito de compartilhar conhecimentos, discutir ideias, trabalhos e pesquisas sobre o tema.  Serão apresentados estudos sobre os seguintes tópicos: Novas Tecnologias da Comunicação; Barreiras de Comunicação; Artes Visuais e Design de Comunicação Visual; Comunicação de Marketing; e Comunicação e Estudos de Mídia em geral. Detalhes: www.cmdconf.net.
CONGRESSOS DE COMUNICAÇÃO AMBIENTAL – O 4º Congresso Brasileiro de Comunicação Ambiental e o 5º Congresso Mineiro de Comunicação Ambiental serão realizados nos dias 4 e 5 de outubro  em Belo Horizonte. Detalhes: www.comunicacaoambiental.com.br
ESTUDO E PESQUISA EM ARTE E EDUCAÇÃO - Dias 22 e 23  ocorrerá o Seminário Multidisciplinar de Estudo e Pesquisa em Arte e Educação, organizado pelo Grupo Multidisciplinar de Estudo e Pesquisa da Escola de Comunicação e Artes da USP. Detalhes: (11) 3091-4430 ou www.pos.eca.usp.br/index.php?q=pt-br/content/i-seminario-multidisciplinar-estudo-pesquisa-arte-educacao, extensao.cap@usp.br.
 OPORTUNIDADE
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está com inscrições abertas até 20 de setembro para os concursos públicos de seleção de dois professores doutores para a Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA). Detalhes: www.reitoria.unicamp.br/concursos/index.php?pagina=concursos e (19) 3521-4099. 
NOVOS SMARTPHONES E TABLETS, NOVOS NEGÓCIOS
Os smartphones e os tablets mudaram definitivamente o conceito de distribuição de conteúdo que era conhecido há pouco tempo.  A principal mudança está na concepção de acesso e interação ao conteúdo. Os novos aparelhos despertaram o comportamento de um usuário que é multiplataforma por essência e que quer se conectar 24 horas por dia, esteja ele onde estiver. De olho nos números surpreendentes desse mercado, a indústria de publicações digitais inicia uma verdadeira corrida.
Em maio o Brasil atingiu 42,1 milhões de acessos em banda larga. 18 milhões de tablets foram vendidos no mundo em 2010; a estimativa para o Brasil é de um milhão até o final de 2011. E  a brincadeira está só começando. No primeiro semestre  quatro novas marcas chegaram ao País, além do iPad 2. Até o final do ano teremos mais seis lançamentos. O  iPad 3 pode chegar no início de 2102 já com internet 4G.
A indústria de publicações impressas tem realizado uma maratona para disponibilizar seus aplicativos nos tablets para iPad e para novas marcas, tanto do sistema Android, quanto outras que já chegaram ou estão chegando. Isso é uma ótima oportunidade de mudar a rentabilidade dos jornais e revistas, com uma nova base de assinaturas e publicidade digital, mas a tarefa ainda é árdua. Para colher bons resultados nesse sentido, o desafio das empresas do setor está em estruturar um aplicativo com bom planejamento e definição clara da sua verdadeira vocação.
Novas Plataformas, novas linhagens e novos modelos de negócios será o tema da palestra de Youssef Mourad, CEO da Digital Pages,  que será realizada durante o V Fórum ANER de Revistas, em São Paulo, dia 12  no Hotel Grand Hyatt. O evento traz os principais nomes do mercado editorial brasileiro para discutir o futuro das revistas e as novidades de negócios.
CRITICAS A PESQUISA DE MERCADO
Principal ferramenta nas pesquisas para definição do bolo publicitário, o Critério de Classificação Econômica Brasil ou Critério Brasil, elaborado pela Abep (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa), enfrenta polêmicas. Entre as críticas, diz-se que não acompanha as mudanças e os hábitos de consumo da população. E questiona-se a metodologia, que analisa itens de conforto e nível escolar do chefe de família.

“O critério conta com questões não resolvidas. Não aborda os impactos do consumo na sociedade”, exemplifica Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular. “Quando você pega o número de banheiros, por exemplo, pode não refletir a classe social na medida que você tem ricos morando em lofts ou em apartamentos de um quarto”. O critério, para distinguir classes sociais, usa perguntas sobre o número de televisores, rádios, banheiros e empregados domésticos mensalistas; posse de máquina de lavar, geladeira e/ou freezer, vídeo cassete e/ou DVD e nível de instrução.

Guilherme Caldas, diretor da ABA Rio e gerente  de marketing e operações da Michelin na América do Sul, acredita que o índice é válido e representativo. Prevê, no entanto, que a mobilidade social e de hábitos vão exigir uma análise profunda da ferramenta em curto intervalo. “A população está mudando radicalmente. Temos muitas famílias com apenas duas pessoas. Então, falar em números de televisores ou de carros pode gerar talvez uma classificação equivocada de uma família.”  Para Meirelles, do Data Popular, isso prejudicaria o mercado anunciante, que pode acabar falando com um público quando projetava impactar outro.

O CB recebe críticas também por não ter em sua lista itens como computadores e celulares. Segundo Fernando Leite Ribeiro, vice-presidente da Abep, isso ocorre porque o critério atua com itens que representam poder quando se fala de renda. “Trabalhamos com itens consolidados no consumo brasileiro. Tablet, por exemplo, não discrimina, não correlaciona com renda”, diz. Para ele, como o critério é para todo o País, é preciso cuidado com a nacionalização de impressões locais. “No dia em que todas as pessoas tiverem o mesmo número de rádios, ele desaparecerá.”, explica.

O executivo da Abep reitera que o critério atende ao que se propõe. “Se começarmos a aumentar o questionário, daqui a pouco fica impraticável.  Não há porque questioná-lo neste momento”, diz. Meirelles, do Data Popular, que defende outra análise, por renda domiciliar per capita, embora reconheça a validade do CB e o seu histórico de pesquisa. “Pelo nosso convívio com os anunciantes, pelas pesquisas que estamos realizando, pela dispersão que a posse de bens tem na classe C e pela mudança de configuração da família brasileira, nós achamos por bem sugerir um critério que possa possibilitar aos anunciantes entenderem realmente quem é de cada classe social no Brasil e também o uso de dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) e do Censo para extrapolar as pesquisas ad hoc realizadas pelos anunciantes”.

A Abep argumenta que o critério responde às demandas. “A marca fala com o nível social que ela quer falar. Mas não fala com o público específico que a interessa. O Critério Brasil pode e deve ser complementado pelo anunciante”, afirma Ribeiro.

Caldas, da ABA Rio e também professor da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e da FGV (Fundação Getulio Vargas), vê um problema na classificação por renda: “As pessoas não falam a verdade”. De acordo com o executivo, esta pergunta induz a inverdades. “Não sei se este erro não é maior do que o do Critério Brasil”. Fora que ainda há um terreno  nebuloso, com pessoas que trabalham informalmente e não sabem quanto ganham.
Para Caldas, o CB precisa avançar e fazer mais ajustes. “Talvez não faça sentido daqui a pouco tempo colocar TV em cores, mas sim TV de plasma ou LCD”. Entre as deficiências do Critério Brasil, o professor cita ausência de contato com as classes altas. “Muitas das empresas voltadas para a classe A não usam o critério. Têm outras formas de chegar lá. Quando você quer fazer a quebra do crème de la crème o critério Brasil não ajuda”, diz.

Presidente daAbap, Luiz Lara diz que as agências usam esses parâmetros mas também compram as suas pesquisas de mídia porque o fato é que nós não podemos mais planejar uma estratégia só com dados de classificação socioeconômica ou mesmo de posse. Nós temos que nos aprofundar mais em pesquisas que analisem hábitos e atitudes de consumo porque, na verdade, hoje cada vez mais nos utilizamos da plataforma de mídia para criar estratégia segmentada de comunicação”.
(Marcos Bonfim, no PropMark)

Nenhum comentário:

Postar um comentário