·
Brasil é o terceiro maior mercado global de produtos HPC,
tendo gasto US$ 42 bilhões no ano passado, segundo a Abihpec
·
O aumento dos empregos formais e a ascensão da mulher no
mercado de trabalho foram importantes para o aumento de venda desses itens
·
Em pesquisa realizada pelos associados da Abradilan, a nova
classe média brasileira representa o maior número de consumidores de produtos
de beleza
Os
brasileiros já estão entre os maiores consumidores de produtos de higiene
pessoal, perfumaria e cosméticos do mundo. Com isso o Brasil alçou-se ao posto
de terceiro maior mercado global de produtos HPC, estando atrás somente dos
Estados Unidos e Japão, tendo gasto US$ 42 bilhões em 2012, segundo dados da
Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos
– Abihpec.
O
crescimento do mercado nacional da vaidade também é sentido nos negócios, é o
que mostra a enquete realizada pela Associação Brasileira dos Distribuidores
dos Laboratórios Nacionais – Abradilan (www.abradilan.com.br) junto aos seus associados sobre as
projeções de vendas para este ano, chegando aos seguintes resultados:
Percentual
de associados
|
Projeção
de crescimento nas vendas de HPC em 2013
|
41,70%
|
Até 10,0%
|
25,00%
|
De 11 à 20,0%
|
26,70%
|
De 21 à 30,0%
|
0,00%
|
De 31 à 40,0%
|
26,70%
|
Acima de 40,0%
|
As vendas
nesse setor têm apresentado forte expansão, podendo ser justificada pela
crescente demanda por consumidores de todas classes econômicas, em especial a
camada emergente da população, que passou a integrar novos produtos na cesta de
itens de consumo.
Diante
disso, os associados da Abradilan, passaram também a investir cada vez mais
nessa área para atender todas as farmácias e drogarias que também tem ampliado
os seus investimentos nas áreas de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos.
A nova
classe média brasileira representa o maior percentual de consumidores de
produtos de beleza. Segundo Geraldo Monteiro - diretor executivo da Abradilan
“o aumento dos empregos formais e a ascensão da mulher no mercado de trabalho
foram fatores que contribuíram para que homens e mulheres da classe C
investissem mais na compra desses itens.
Além disso,
o consumo desses produtos deixou de ser exclusividade das mulheres, e com isso,
já é possível notar que cada vez mais homens, jovens e até mesmo crianças
consomem mais esses produtos".
Na área de
cosméticos e dermocosméticos, produtos para o corpo e de tratamentos estéticos,
várias marcas estão em busca de apresentar, cada vez mais, novidades ao
mercado. Por conta do aumento dos gastos dos brasileiros em higiene e beleza,
essas novidades têm atraído muitos investimentos por parte das empresas destes
segmentos.
Os
associados regionais da Abradilan visitam 85% das
cidades do Brasil, e atendem atualmente 78% das 72,7 mil
farmácias e drogarias situadas no Brasil, sendo elas, 80% na
região Sudeste, 74% na região Sul, 81% no
Nordeste, 84% no Centro-Oeste e 54% no
Norte do país. (Fonte: http://www.brandpress.com.br/empresas/23102.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=Novos_Press_Releases#ixzz2TMKpP02F)
COMUNICAÇÃO
PÚBLICA DA CIÊNCIA
A cidade de Salvador, na Bahia,
sediará entre 5 e 8 de maio de 2014 a 13ª Conferência Internacional sobre
Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (PCST, na sigla em inglês). É a
primeira vez que o evento ocorrerá em um país da América Latina.
Organizada
pela Rede Internacional PCST, pelo Laboratório de Estudos Avançados em
Jornalismo (Labjor) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pelo Museu
da Vida, ligado à Casa de Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a
onferência PCST 2014 tem como tema central “Divulgação da Ciência para a inclusão
social e o engajamento político”.
“Ter o
Brasil como sede do congresso PCST será uma grande oportunidade para dar foco e
dividir experiências, desafios e diversidade sobre o crescente tema comunicação
e ciência na América Latina, motivando a participação de estudantes e
pesquisadores que, de outra forma, não teriam a oportunidade de participar
desse evento internacional”, destacam os organizadores do evento.
“Considerando
o crescimento da importância do papel do Brasil no cenário mundial da ciência e
os incentivos governamentais de apoio à divulgação da ciência, é o momento
certo para a que a conferência PCST seja realizada pela primeira vez na América
Latina”, dizem.
Além do
tema central, os organizadores estão especialmente interessados em propostas nas
áreas de divulgação científica para o empoderamento de cientistas e do público;
comunicando a ciência para os tomadores de decisão; crenças, valores e
cidadania científica; conhecimento da comunidade local e contexto global; novas
tecnologias e novas práticas em divulgação da ciência; temas emergentes em
ciência e sociedade. Prazo para o envio de propostas, 1º de setembro, até o
meio-dia.
A Rede PCST
inclui jornalistas de ciência, profissionais de museus e centros de ciência,
diretores de teatro científico, pesquisadores que estudam comunicação pública
de ciência e tecnologia, cientistas que lidam com o público, relações-públicas
e assessores de imprensa de instituições científicas e outros profissionais
interessados nessas questões.
Cada
participante da conferência pode apresentar até três propostas, em seu nome ou
em nome de um grupo. Haverá sessões de painéis, mesas-redondas, apresentações
orais individuais, apresentação de pôsteres, workshops, sessão de vídeos,
performances e demonstrações e descrições de práticas de divulgação científica.
O idioma oficial do evento é o inglês. Por isso, todas as propostas devem ser
submetidas nessa língua. Detalhes: www.pcst-2014.org/index.php/pt-BR
CINCO PASSOS DE UM LÍDER DIFERENCIADO
Todos os líderes aprendem, diariamente, a se comportar e a
coordenar seus colaboradores. Barry Posner e James Kouzes, autores da 5ª edição
do best-seller O Desafio da Liderança, da editora Elsevier, afirmam que a liderança
é um relacionamento que precisa ser alimentado e que pode ser aprendido, desde
que haja esforço por parte do líder.
O livro apresenta cinco ações importantes para o sucesso de um
líder:
·
Demonstre seus valores
Quando o líder expõe seus valores com clareza e objetividade,
conquista e sustenta sua credibilidade pessoal. Além disso, também é preciso
ter certeza de que os liderados concordam com seus princípios, para que seja
construído um conjunto de valores comuns.
·
Inspire uma visão comum
No livro, os autores contam a história de uma líder que, ao passar
por uma crise, resolveu buscar os ideais comuns, para combater o pessimismo de
sua equipe. A ideia era mostrar ao grupo que o trabalho era importante e que
era possível fazer a diferença, através da motivação da equipe e de uma visão
compartilhada.
·
Saia da zona de conforto
Questionar o atual processo de produção na tentativa de buscar
novas oportunidades é uma atitude que beneficia a empresa como um todo. O livro
conta que, certas vezes, os desafios revelam os líderes e, outras, são os
líderes que descobrem os desafios. Um líder exemplar deve mostrar à equipe a
importância do comprometimento com desafios e oportunidades que possam surgir.
·
Estimule a colaboração
Todo gestor deve compartilhar sua habilidades de liderança com
seus liderados e explicar de que forma isso pode contribuir para o crescimento
de uma organização. Workshops e Coffee Talks são considerados boas ferramentas
para transmissão de conhecimento aos colaboradores. Desta forma, os liderados
terão mais motivação para colaborar, pois será criado um ambiente de confiança
e respeito recíproco.
Reconheça as qualidades do
liderado
Todo
colaborador necessita receber um feedback do líder. Através de reuniões
semanais, esse retorno pode ser feito. Nesse sentido, é importante que o líder
reconheça as competências de sua equipe para a cultura da empresa. Os
especialistas também recomendam aos líderes que demonstrem confiança no
trabalho dos liderados. (Fonte: http://www.brandpress.com.br/empresas/23052.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=Novos_Press_Releases#ixzz2TMRhgMnS) 17 NOVOS CEPIDS...
(Texto de Claudia Izique, disrribuído pela Agência FAPESP) – A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) divulgou os 17 novos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs).
Os Centros, que reúnem 535 cientistas do Estado de São Paulo e 69 de outros países – na condição de pesquisadores principais ou associados –, serão custeados pela FAPESP e pelas instituições-sede por meio de financiamento de pesquisadores, pessoal técnico e de apoio e de investimentos em infraestrutura, por um período de 11 anos.
O investimento total
estimado é de US$ 680 milhões, sendo US$ 370 milhões da FAPESP e US$ 310
milhões em salários pagos pelas instituições-sede aos pesquisadores e técnicos.
Os Centros contarão
ainda com fundos adicionais aportados por indústrias parceiras e por outras
agências de fomento à pesquisa. Trata-se de um dos maiores investimentos em
programa de pesquisa apoiado por agência de fomento já anunciados no Brasil.
“O financiamento de
grande porte e de longo prazo permite ousar nos objetivos de pesquisa, garante
a consolidação da equipe e, ao mesmo tempo, confere maior escala à pesquisa
científica e tecnológica no Estado”, afirma Carlos Henrique de Brito Cruz,
diretor científico da FAPESP.
Cada um dos CEPIDs
será apoiado por um comitê consultivo internacional e os resultados e planos de
pesquisa serão avaliados pela FAPESP no 2º, 4º e 7º anos.
O processo de seleção
mobilizou 150 revisores brasileiros e estrangeiros e um comitê internacional
formado por 11 cientistas convidados, além dos comitês internos da FAPESP. As
90 propostas, apresentadas no âmbito do Programa CEPID, foram avaliadas pelo
mérito científico, ousadia, originalidade, competitividade internacional e pela
qualificação das equipes e suas lideranças.
As 17 propostas
aprovadas envolvem os seguintes temas de pesquisa: alimentação e nutrição;
vidros e cerâmica; materiais funcionais; neurociência e neurotecnologia;
doenças inflamatórias; biodiversidade e descoberta de novas drogas; toxinas,
resposta imune e sinalização celular; neuromatemática; ciências matemáticas
aplicadas à indústria; obesidade e doenças associadas; terapia celular; estudos
metropolitanos; genoma humano e células-tronco; engenharia computacional; processos
oxidantes e antioxidantes em biomedicina; violência; óptica, biofotônica e
física atômica e molecular.
As equipes dos CEPIDs
têm composição multidisciplinar e são formadas por pesquisadores principais,
associados e visitantes, pós-doutores, estudantes de pós-graduação e técnicos,
com apoio de pessoal qualificado para a administração e gestão.
A característica mais
importante dos CEPIDs é a multiplicidade de sua missão. Além de desenvolver
investigação fundamental ou aplicada, focada em temas específicos e objetivos,
os Centros devem procurar ativamente oportunidades para contribuir com a
inovação por meio do desenvolvimento de meios eficazes de transferência de
tecnologia.
São também
responsáveis por oferecer atividades de extensão voltadas para o ensino
fundamental e médio e ao público em geral. Os projetos preveem o envolvimento
de estudantes e professores em atividades de investigação e formação e incluem
ações de divulgação da ciência.
Novo paradigma para a
ciência
O Programa CEPID foi
iniciado pela FAPESP em 2000, com suporte a 11 centros de pesquisa no período
de 2001 a 2013. Todos atingiram os objetivos propostos em seus planos de
pesquisa, inovação e difusão, constituindo, ao longo do período de
financiamento, plataformas translacionais de pesquisa, desde a ciência básica
até a aplicação do conhecimento.
Em 2011, foi
anunciada uma segunda chamada de pesquisa, por meio da qual foram selecionados
os 17 CEPIDs agora anunciados. Sete dos 11 CEPIDs de 2000 ampliaram o seu
escopo de investigação e tiveram novos planos de pesquisa, inovação e difusão
aprovados no edital de 2011.
O Centro de Estudos
da Metrópole (CEM), por exemplo, tendo se consolidado como um centro de
referência na observação georreferenciada de cidades, ampliará o foco de
investigação para analisar o papel das políticas do Estado na redução da
pobreza e da desigualdade.
Os novos Centros,
selecionados no edital de 2011, iniciam as atividades em 2013. Veja abaixo a
lista dos novos CEPIDs apoiados pela FAPESP e escopo de atuação.
Centro de Pesquisa e
Inovação em Biodiversidade e Descoberta de Novas Drogas
O Centro de Pesquisa
e Inovação em Biodiversidade e Descoberta de Novas Drogas realizará desde a
prospecção biológica da flora brasileira para a identificação e seleção de
compostos com atividades antiparasitária, antibacteriana e anticancerígena até
análise pré-clínica in vitro e in vivode compostos
candidatos, além de estudos de toxicologia e de farmacocinética, com o objetivo
de desenvolver medicamentos patenteáveis.
Atuará em colaboração
com a indústria farmacêutica e com institutos de pesquisa do setor da saúde,
desenvolverá programa para estudantes de graduação e pós-graduação e promoverá
atividades para alunos do ensino fundamental e médio, além da educação de
professores.
Centro de Pesquisa em
Toxinas, Resposta Imune e Sinalização Celular
O Centro de Pesquisa
em Toxinas, Resposta Imune e Sinalização Celular desenvolverá estudos sobre os
mecanismos bioquímicos, moleculares e celulares de toxinas com potenciais
terapêuticos, com o objetivo de estabelecer provas de conceito com base em
análises de redes de sinalização molecular.
A expectativa é
transferir para a indústria os resultados da pesquisa, por meio de processo
mediado pelo Escritório de Transferência de Tecnologia do Instituto Butantan.
Está prevista a implementação de atividades relacionadas à educação e difusão
do conhecimento como, por exemplo, a exploração da vocação educativa dos museus
do Instituto Butantan.
Centro de Terapia
Celular
O Centro de Terapia
Celular terá foco em pesquisa básica e aplicada em células-tronco, num
ambicioso programa multidisciplinar visando ao estudo das características
moleculares, celulares e biológicas de células normais e patológicas e a
avaliação crítica do seu potencial uso terapêutico.
O objetivo é gerar
linhagens brasileiras a serem utilizadas em estudos pré-clínicos, investigar os
mecanismos envolvidos no estado de pluripotência, assim como em doenças como
disceratose congênita, anemia de Fanconi, hemofilia A e doença de Parkinson.
Todos os estudos visam à produção em grande escala de células-tronco, de forma
a permitir a sua utilização clínica potencial.
O Centro tem projeto
sólido de transferência de tecnologia centrado na melhoria da saúde pública e
conta com um programa de educação especialmente focado em educação de ciências,
iniciado em 2000, na chamada do Programa CEPID.
Centro de Pesquisa em
Óptica e Fotônica
O Centro de Pesquisa
em Óptica e Fotônica realiza pesquisa básica em física de matéria fria,
plasmônica e biofotônica, mirando também o desenvolvimento de aplicações
inovadoras e práticas como, por exemplo, biossensores ultrassensíveis e
diagnóstico e tratamento de doenças, entre outros.
O objetivo é associar
o conhecimento científico à inovação tecnológica, promover a instalação
de start-ups e colaborar com iniciativas de empresas já
existentes. O Centro – constituído na primeira chamada do Programa CEPID, em
2000 – conta com um canal de TV em operação 24 horas por dia e com uma gama
diversificada de programas de educação que abrangem todos os níveis de
ensino.
Centro de Estudos da
Metrópole
O Centro de Estudos
da Metrópole tem como objetivo central compreender o papel das políticas
públicas e das instituições nos processos de crescimento econômico e de redução
da pobreza e da desigualdade social. Formado por demógrafos, cientistas
políticos, sociólogos, geógrafos e antropólogos, o Centro tem uma agenda de
pesquisa organizada em quatro linhas de ação: a análise da relação entre
mudança, democracia e desigualdade no Brasil nos últimos 50 anos; o impacto da
políticas públicas na redução da pobreza; o papel das instituições políticas; e
as diferentes formas de governança em áreas urbanas.
Constituído como
CEPID na primeira chamada do programa, em 2000, o Centro oferece dados e
assistência técnica em políticas públicas às instituições, além de
disponibilizar ferramentas de geoprocessamento e banco de dados à comunidade
acadêmica, escolas, entre outros.
Centro de Pesquisa em
Alimentos
O Centro de Pesquisa
em Alimentos será o primeiro centro de pesquisa focado em alimentação e
nutrição no Brasil. Organizado em quatro linhas de investigação – sistemas
biológicos em alimentos; alimentação, nutrição e saúde; segurança e qualidade
dos alimentos; e novas tecnologias e inovação –, o Centro terá a cooperação de
setores da indústria de alimentos, governo e outras instituições de pesquisa.
Por meio de cursos, web, TV, entre outros, o Centro comunicará os resultados de
pesquisa para públicos distintos: comunidade científica, profissionais de
nutrição, indústria, governo e sociedade em geral.
Desenvolverá, ainda,
um site interativo que dará acesso a um banco de dados com diferentes níveis de
complexidade e que incluirá material didático para estudantes.
Centro de Pesquisa,
Educação e Inovação em Vidros
O Centro de Pesquisa,
Educação e Inovação em Vidros terá como meta desenvolver materiais
vidrocerâmicos com novas funcionalidades como, por exemplo, alta resistência
mecânica e condutividade elétrica, atividade biológica, óptica ou catalítica,
entre outras.
Os seus laboratórios
concentrarão esforços na investigação de materiais ópticos (óculos de laser),
materiais para reforço estrutural de uso odontológico, dispositivos para
armazenamento de energia (eletrólitos e selantes para alta temperatura) e
sistemas cataliticamente ativos. A agenda de pesquisa será complementada por
atividades de educação e pelo desenvolvimento e transferência de tecnologia.
Centro de Pesquisa em
Matemática Aplicada à Indústria
O Centro de Pesquisa
em Matemática Aplicada à Indústria tem como objetivo transferir conhecimento
matemático para outras áreas da ciência e da indústria. A principal estratégia
do Centro será a construção de uma infraestrutura robusta no que diz respeito
aos recursos humanos, equipamentos computacionais avançados, oportunidades de
colaboração e outras facilidades, a fim de promover a cooperação
interdisciplinar com a indústria e, mais especificamente, com os setores de
manufatura, governo e serviços.
Centro de Pesquisa
sobre o Genoma Humano e Células-Tronc
O Centro de Pesquisa
sobre o Genoma Humano e Células-Tronco realizará pesquisa sobre genética e
instabilidade genômica associadas ao envelhecimento e a doenças degenerativas,
sobre mecanismos epigenéticos envolvidos na manifestação dessas doenças e sobre
a variabilidade fenotípica de indivíduos com mutações de doenças mendelianas.
O Centro desenvolverá
também projeto por meio do qual irá comparar a variação do genoma e
funcionamento do cérebro de indivíduos brasileiros saudáveis com mais de 80
anos e com um grupo de pessoas com mais de 60 anos.
Está previsto o desenvolvimento de kits para o
diagnóstico de doenças raras e o estabelecimento de parcerias com empresas start-ups de
biotecnologia, além de programas de educação e difusão de ciência. O Centro
ampliará o escopo de investigação do Centro de Pesquisa do Genoma Humano,
apoiado no Programa CEPID em 2000, que teve como foco o estudo de expressão e
diferenciação gênica em distúrbios genéticos complexos.
Instituto de Pesquisa
sobre Neurociências e Neurotecnologia
O Instituto de
Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia investigará os mecanismos
básicos da epilepsia e do acidente vascular cerebral, assim como as lesões
associadas. A pesquisa tem aplicações relacionadas à prevenção, diagnóstico,
tratamento e reabilitação e contribuirá para a melhor compreensão da função
cerebral.
As investigações
envolvem as áreas de genética, neurobiologia, farmacologia, neuroimagem,
ciências da computação, robótica, física e engenharia.
Centro para o Estudo
da Violência
O Centro para o
Estudo da Violência vai estudar a construção da legitimidade das instituições
nas relações entre os cidadãos e funcionários públicos, tendo como foco a
administração municipal, escola, centro de saúde, serviços de polícia e o
aparato de justiça locais.
A pesquisa envolverá
comparações internacionais sobre temas como polícias e tribunais, habitação,
uso do espaço público etc. Constituído como CEPID na primeira chamada do
programa, em 2000, o Centro será parceiro de instituições como o Fórum
Brasileiro de Segurança Pública, mídia, organizações não governamentais, entre
outros, para troca de informações estratégicas, metodologia de trabalho etc.
Está prevista a
organização de um Centro de Debate Permanente sobre Violência, Direitos Humanos
e Democracia em ambientes urbanos, além de workshops, seminários internacionais
e cursos.
Centro de Pesquisa em
Obesidade e Comorbidades
O Centro de Pesquisa
em Obesidade e Comorbidades terá como desafio buscar soluções para a obesidade,
doença que resulta de um desequilíbrio entre a ingestão calórica e o gasto
energético, geralmente associado a diabetes, hipertensão, aterosclerose e
alguns tipos de câncer.
Apesar do grande
avanço na caracterização dos mecanismos de controle da fome e da termogênese, a
complexidade dos circuitos neurais e as dificuldades anatômicas para os estudos
do hipotálamo humano dificultam o tratamento da obesidade.
Além de compreender
os seus mecanismos, o Centro buscará novas abordagens farmacológicas,
nutricionais e físicas para o problema. Investirá, ainda, em programas de
orientação preventiva para alunos do ensino médio e idosos e em métodos de
triagem para a detecção de doenças associadas, em estreita relação com a
indústria.
Centro de Pesquisa em
Doenças Inflamatórias
O Centro de Pesquisa
em Doenças Inflamatórias investigará os mecanismos subjacentes às doenças
inflamatórias com o objetivo de realizar pesquisa integrativa e translacional
para identificar novos alvos terapêuticos.
A pesquisa envolverá
a triagem molecular de alto desempenho (HTS), modelagem de doenças in
vivo e in vitro e síntese química, assim como a
descoberta de novas moléculas naturais em plantas e na saliva de artrópodes.
Selecionados os fármacos e biofármacos potenciais, o Centro protegerá a
propriedade intelectual e coordenará estudos toxicológicos pré-clínicos e
clínicos.
As etapas do
desenvolvimento de potenciais drogas serão realizadas em parceria com empresas
públicas e privadas. O Centro promoverá, ainda, ações de divulgação de
informações para a comunidade científica e para o público em geral e também
para os pacientes com doenças inflamatórias.
Centro de Pesquisa em
Processos Redox em Biomedicina
O Centro de Pesquisa
em Processos Redox em Biomedicina é uma rede multidisciplinar de pesquisadores
focados na investigação de estratégias antioxidantes eficazes e biomarcadores
de estresse oxidativo com grande potencial de aplicação tecnológica.
O Brasil já tem
liderança internacional em algumas áreas como perfumes, cosméticos e
bioenergia, mas ainda não é competitivo nos mercados farmacêuticos, de
dispositivos e diagnósticos médicos, de serviços ecológicos, entre outros.
O Centro contará
também com um laboratório central (Redoxome Analysis Platform), no Instituto de
Química da Universidade de São Paulo (USP), para fornecer ferramentas
analíticas no estado da arte para a avaliação de processos redox abertos para
uso de pesquisadores.
O Centro oferecerá
cursos para estudantes de graduação e pós-graduação e de formação de
professores, disponibilizará em site materiais complementares para aulas de
ciências e atividades experimentais e promoverá atividades de iniciação
científica para alunos de ensino médio.
Centro de Pesquisa em
Ciência e Engenharia Computacional
O Centro de Pesquisa
em Ciência e Engenharia Computacional desenvolverá e aplicará técnicas de
modelagem computacionais avançadas para solucionar problemas de fronteira em
engenharia da computação e ciências.
As investigações têm aplicação nas áreas de
nanomateriais, sistemas biomoleculares complexos, de interesse para a saúde
humana e bioenergia, bioinformática, materiais particulados, porosos e
geofísica computacional, entre outros.
O Centro abrigará uma
divisão de Transferência de Tecnologia e contará também com uma unidade de
Educação, Ciência e Divulgação, responsável pela organização e execução de
atividades baseadas especialmente no desenvolvimento de materiais de e-learning voltados
para professores e alunos da rede pública de ensino.
Centro de Pesquisa,
Inovação e Difusão em Neuromatemática
O Centro de Pesquisa,
Inovação e Difusão em Neuromatemática terá como objetivo integrar a modelagem
matemática com a pesquisa básica e aplicada à neurociência que, cada vez mais,
requer ferramentas matemáticas para analisar a enorme massa de dados gerados
por recursos experimentais.
Matemática é a ponte que pode integrar
observações e explicações. Na área de transferência de tecnologia e inovação, o
Centro vai se concentrar em produtos demandados por programas de saúde pública
em neurorreabilitação, incluindo a concepção e análise de banco de dados
padronizado e o desenvolvimento de ferramentas para apoiar o diagnóstico
clínico, decisão e acompanhamento.
Centro de Pesquisa
para o Desenvolvimento de Materiais Funcionai
O Centro de Pesquisa
para o Desenvolvimento de Materiais Funcionais é uma evolução do Centro
Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos, que recebeu
apoio financeiro da FAPESP na primeira fase do Programa CEPID e teve como foco
de pesquisa a síntese de materiais com composição química, microestrutura e
morfologia controladas.
O novo centro utilizará essa competência para
a pesquisa e desenvolvimento de materiais funcionais nanoestruturados,
customizados para solucionar problemas relacionados à energia renovável, saúde
e meio ambiente. O Centro contará com plantas-piloto de nanopartículas
funcionais e estimulará a geração de novas empresas de base tecnológica.
Oferecerá, ainda, programa de educação voltado para professores do ensino
médio.
...E NOVAS AVES DA AMAZÔNIA
(Marcos Pivetta, na Revista Pesquisa FAPESP) – Desde a segunda metade do século XIX a ornitologia brasileira não
dava uma contribuição tão significativa para ampliar o conhecimento sobre a
biodiversidade: 15 novas espécies de aves da Amazônia nacional serão
formalmente descritas pela primeira vez numa série de artigos científicos
previstos para serem publicados em julho num volume especial do Handbook of the birds of the world, da espanhola Lynx Edicions. Esse tomo
fecha uma coleção de 17 livros que, por seu caráter enciclopédico e didático, é
adotada como fonte de consulta por ornitólogos profissionais e amadores.
Os autores
das descrições pertencem a três instituições nacionais de pesquisa – Museu de
Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ-USP), Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia (Inpa), de Manaus, e Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), de Belém
– e ao Museu de Ciência Natural da Universidade Estadual da Louisiania
(LSUMNS), Estados Unidos.
Os
ornitólogos não apresentavam ao mundo, de uma só vez, numa única obra, um
conjunto tão numeroso de novas aves brasileiras desde 1871, quando saiu o livro Zur Ornithologie Brasiliens. Nessa obra, escrita pelo austríaco
August von Pelzeln (1825-1891), foram divulgadas 40 espécies de aves coletadas
pelo naturalista Johann Natterer (1787-1843), também austríaco, em suas viagens
pela Amazônia brasileira.
Onze das
novas espécies são endêmicas do Brasil e quatro podem ser encontradas também no
Peru e na Bolívia. Oito ocorrem somente a oeste do rio Madeira, na parte
ocidental da Amazônia; cinco habitam exclusivamente terras situadas entre esse
curso d’água e o rio Tapajós, no centro da região Norte; e duas vivem apenas a
leste do Tapajós, no Pará, na porção mais oriental da floresta tropical.
No volume
especial do Handbook, os autores descrevem a morfologia (formas e estruturas),
a genética e a vocalização (canto e sons) das novas espécies. Por meio de mapas
específicos para cada espécie, mostram ainda seus locais de ocorrência. No
entanto, até que o livro seja oficialmente publicado, o nome científico e
alguns detalhes sobre a anatomia e o modo de vida das novas espécies não podem
ser divulgados.
Dessas aves
até agora desconhecidas e sem registro na literatura científica, a maior e mais
espetacular é uma espécie de gralha, do gênero Cyanocorax, com cerca de 35
centímetros de comprimento, que vive apenas na beira de campinas naturais
situadas em meio à floresta existente entre os rios Madeira e Purus, no
Amazonas.
“Essa
gralha está ameaçada de extinção”, diz Mario Cohn-Haft, curador da seção de
ornitologia do Inpa, principal descobridor do cancão-da-campina, nome popular
cunhado para a ave. “Seu hábitat está em perigo e podemos perder a espécie
antes de ter tido tempo de estudá-la a fundo.”
Sua
principal região de ocorrência é um complexo de campinas, distante 150
quilômetros ao sul de Manaus, numa área próxima à rodovia BR-319, que liga a
capital amazonense a Porto Velho. A estrada está sendo reformada e os
pesquisadores temem que o acesso facilitado ao local coloque em risco o hábitat
da espécie.
“A nova
gralha também ocorre numa zona de campos naturais no sul do Amazonas, próximo a
Porto Velho, onde há muitos colonos do Sul do país, que a confundem com a
gralha-azul [um dos símbolos do Paraná]”, diz Cohn-Haft.
A reportagem completa está no http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/04/12/desafios-partilhados
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