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sábado, 18 de maio de 2013

O CRESCIMENTO DO MERCADO DA VAIDADE



·      Brasil é o terceiro maior mercado global de produtos HPC, tendo gasto US$ 42 bilhões no ano passado, segundo a Abihpec

·         O aumento dos empregos formais e a ascensão da mulher no mercado de trabalho foram importantes para o aumento de venda desses itens

·         Em pesquisa realizada pelos associados da Abradilan, a nova classe média brasileira representa o maior número de consumidores de produtos de beleza

Os brasileiros já estão entre os maiores consumidores  de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos do mundo. Com isso o Brasil alçou-se ao posto de terceiro maior mercado global de produtos HPC, estando atrás somente dos Estados Unidos e Japão, tendo gasto US$ 42 bilhões em 2012, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos – Abihpec.

O crescimento do mercado nacional da vaidade também é sentido nos negócios, é o que mostra a enquete realizada pela Associação Brasileira dos Distribuidores dos Laboratórios Nacionais – Abradilan (www.abradilan.com.br) junto aos seus associados sobre as projeções de vendas para este ano, chegando aos seguintes resultados:

Percentual de associados
Projeção de crescimento nas vendas de HPC em 2013
41,70%
Até 10,0%
25,00%
De 11 à 20,0%
26,70%
De 21 à 30,0%
0,00%
De 31 à 40,0%
26,70%
Acima de 40,0%

 

As vendas nesse setor têm apresentado forte expansão, podendo ser justificada pela crescente demanda por consumidores de todas classes econômicas, em especial a camada emergente da população, que passou a integrar novos produtos na cesta de itens de consumo.

Diante disso, os associados da Abradilan, passaram também a investir cada vez mais nessa área para atender todas as farmácias e drogarias que também tem ampliado os seus investimentos nas áreas de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos.

A nova classe média brasileira representa o maior percentual de consumidores de produtos de beleza. Segundo Geraldo Monteiro - diretor executivo da Abradilan “o aumento dos empregos formais e a ascensão da mulher no mercado de trabalho foram fatores que contribuíram para que homens e mulheres da classe C investissem mais na compra desses itens. 

Além disso, o consumo desses produtos deixou de ser exclusividade das mulheres, e com isso, já é possível notar que cada vez mais homens, jovens e até mesmo crianças consomem mais esses produtos".

Na área de cosméticos e dermocosméticos, produtos para o corpo e de tratamentos estéticos, várias marcas estão em busca de apresentar, cada vez mais, novidades ao mercado. Por conta do aumento dos gastos dos brasileiros em higiene e beleza, essas novidades têm atraído muitos investimentos por parte das empresas destes segmentos.

Os associados regionais da Abradilan visitam 85% das cidades do Brasil, e atendem atualmente 78% das 72,7 mil farmácias e drogarias situadas no Brasil, sendo elas, 80% na região Sudeste, 74% na região Sul, 81% no Nordeste, 84% no Centro-Oeste e 54% no Norte do país. (Fonte: http://www.brandpress.com.br/empresas/23102.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=Novos_Press_Releases#ixzz2TMKpP02F)

COMUNICAÇÃO PÚBLICA DA CIÊNCIA


A cidade de Salvador, na Bahia, sediará entre 5 e 8 de maio de 2014 a 13ª Conferência Internacional sobre Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (PCST, na sigla em inglês). É a primeira vez que o evento ocorrerá em um país da América Latina.


Organizada pela Rede Internacional PCST, pelo Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pelo Museu da Vida, ligado à Casa de Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a onferência PCST 2014 tem como tema central “Divulgação da Ciência para a inclusão social e o engajamento político”.

“Ter o Brasil como sede do congresso PCST será uma grande oportunidade para dar foco e dividir experiências, desafios e diversidade sobre o crescente tema comunicação e ciência na América Latina, motivando a participação de estudantes e pesquisadores que, de outra forma, não teriam a oportunidade de participar desse evento internacional”, destacam os organizadores do evento.

“Considerando o crescimento da importância do papel do Brasil no cenário mundial da ciência e os incentivos governamentais de apoio à divulgação da ciência, é o momento certo para a que a conferência PCST seja realizada pela primeira vez na América Latina”, dizem.

Além do tema central, os organizadores estão especialmente interessados em propostas nas áreas de divulgação científica para o empoderamento de cientistas e do público; comunicando a ciência para os tomadores de decisão; crenças, valores e cidadania científica; conhecimento da comunidade local e contexto global; novas tecnologias e novas práticas em divulgação da ciência; temas emergentes em ciência e sociedade. Prazo para o envio de propostas, 1º de setembro, até o meio-dia.

A Rede PCST inclui jornalistas de ciência, profissionais de museus e centros de ciência, diretores de teatro científico, pesquisadores que estudam comunicação pública de ciência e tecnologia, cientistas que lidam com o público, relações-públicas e assessores de imprensa de instituições científicas e outros profissionais interessados nessas questões.

Cada participante da conferência pode apresentar até três propostas, em seu nome ou em nome de um grupo. Haverá sessões de painéis, mesas-redondas, apresentações orais individuais, apresentação de pôsteres, workshops, sessão de vídeos, performances e demonstrações e descrições de práticas de divulgação científica. O idioma oficial do evento é o inglês. Por isso, todas as propostas devem ser submetidas nessa língua. Detalhes: www.pcst-2014.org/index.php/pt-BR 
 

CINCO PASSOS DE UM  LÍDER DIFERENCIADO


 


Todos os líderes aprendem, diariamente, a se comportar e a coordenar seus colaboradores. Barry Posner e James Kouzes, autores da 5ª edição do best-seller O Desafio da Liderança, da editora Elsevier, afirmam que a liderança é um relacionamento que precisa ser alimentado e que pode ser aprendido, desde que haja esforço por parte do líder.


 


O livro apresenta cinco ações importantes para o sucesso de um líder:

·         Demonstre seus valores

Quando o líder expõe seus valores com clareza e objetividade, conquista e sustenta sua credibilidade pessoal. Além disso, também é preciso ter certeza de que os liderados concordam com seus princípios, para que seja construído um conjunto de valores comuns.

·         Inspire uma visão comum

No livro, os autores contam a história de uma líder que, ao passar por uma crise, resolveu buscar os ideais comuns, para combater o pessimismo de sua equipe. A ideia era mostrar ao grupo que o trabalho era importante e que era possível fazer a diferença, através da motivação da equipe e de uma visão compartilhada.

·         Saia da zona de conforto

Questionar o atual processo de produção na tentativa de buscar novas oportunidades é uma atitude que beneficia a empresa como um todo. O livro conta que, certas vezes, os desafios revelam os líderes e, outras, são os líderes que descobrem os desafios. Um líder exemplar deve mostrar à equipe a importância do comprometimento com desafios e oportunidades que possam surgir.

·         Estimule a colaboração

Todo gestor deve compartilhar sua habilidades de liderança com seus liderados e explicar de que forma isso pode contribuir para o crescimento de uma organização. Workshops e Coffee Talks são considerados boas ferramentas para transmissão de conhecimento aos colaboradores. Desta forma, os liderados terão mais motivação para colaborar, pois será criado um ambiente de confiança e respeito recíproco.

      Reconheça as qualidades do liderado
Todo colaborador necessita receber um feedback do líder. Através de reuniões semanais, esse retorno pode ser feito. Nesse sentido, é importante que o líder reconheça as competências de sua equipe para a cultura da empresa. Os especialistas também recomendam aos líderes que demonstrem confiança no trabalho dos liderados. (Fonte: http://www.brandpress.com.br/empresas/23052.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=Novos_Press_Releases#ixzz2TMRhgMnS)
17 NOVOS CEPIDS...

(Texto de Claudia Izique, disrribuído pela Agência FAPESP) – A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) divulgou os 17 novos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs).
 Os Centros, que reúnem 535 cientistas do Estado de São Paulo e 69 de outros países – na condição de pesquisadores principais ou associados –, serão custeados pela FAPESP e pelas instituições-sede por meio de financiamento de pesquisadores, pessoal técnico e de apoio e de investimentos em infraestrutura, por um período de 11 anos.

O investimento total estimado é de US$ 680 milhões, sendo US$ 370 milhões da FAPESP e US$ 310 milhões em salários pagos pelas instituições-sede aos pesquisadores e técnicos.

Os Centros contarão ainda com fundos adicionais aportados por indústrias parceiras e por outras agências de fomento à pesquisa. Trata-se de um dos maiores investimentos em programa de pesquisa apoiado por agência de fomento já anunciados no Brasil.

“O financiamento de grande porte e de longo prazo permite ousar nos objetivos de pesquisa, garante a consolidação da equipe e, ao mesmo tempo, confere maior escala à pesquisa científica e tecnológica no Estado”, afirma Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

Cada um dos CEPIDs será apoiado por um comitê consultivo internacional e os resultados e planos de pesquisa serão avaliados pela FAPESP no 2º, 4º e 7º anos.

O processo de seleção mobilizou 150 revisores brasileiros e estrangeiros e um comitê internacional formado por 11 cientistas convidados, além dos comitês internos da FAPESP. As 90 propostas, apresentadas no âmbito do Programa CEPID, foram avaliadas pelo mérito científico, ousadia, originalidade, competitividade internacional e pela qualificação das equipes e suas lideranças.

As 17 propostas aprovadas envolvem os seguintes temas de pesquisa: alimentação e nutrição; vidros e cerâmica; materiais funcionais; neurociência e neurotecnologia; doenças inflamatórias; biodiversidade e descoberta de novas drogas; toxinas, resposta imune e sinalização celular; neuromatemática; ciências matemáticas aplicadas à indústria; obesidade e doenças associadas; terapia celular; estudos metropolitanos; genoma humano e células-tronco; engenharia computacional; processos oxidantes e antioxidantes em biomedicina; violência; óptica, biofotônica e física atômica e molecular.

As equipes dos CEPIDs têm composição multidisciplinar e são formadas por pesquisadores principais, associados e visitantes, pós-doutores, estudantes de pós-graduação e técnicos, com apoio de pessoal qualificado para a administração e gestão.

A característica mais importante dos CEPIDs é a multiplicidade de sua missão. Além de desenvolver investigação fundamental ou aplicada, focada em temas específicos e objetivos, os Centros devem procurar ativamente oportunidades para contribuir com a inovação por meio do desenvolvimento de meios eficazes de transferência de tecnologia.

São também responsáveis por oferecer atividades de extensão voltadas para o ensino fundamental e médio e ao público em geral. Os projetos preveem o envolvimento de estudantes e professores em atividades de investigação e formação e incluem ações de divulgação da ciência.

Novo paradigma para a ciência

O Programa CEPID foi iniciado pela FAPESP em 2000, com suporte a 11 centros de pesquisa no período de 2001 a 2013. Todos atingiram os objetivos propostos em seus planos de pesquisa, inovação e difusão, constituindo, ao longo do período de financiamento, plataformas translacionais de pesquisa, desde a ciência básica até a aplicação do conhecimento.

Em 2011, foi anunciada uma segunda chamada de pesquisa, por meio da qual foram selecionados os 17 CEPIDs agora anunciados. Sete dos 11 CEPIDs de 2000 ampliaram o seu escopo de investigação e tiveram novos planos de pesquisa, inovação e difusão aprovados no edital de 2011.

O Centro de Estudos da Metrópole (CEM), por exemplo, tendo se consolidado como um centro de referência na observação georreferenciada de cidades, ampliará o foco de investigação para analisar o papel das políticas do Estado na redução da pobreza e da desigualdade.

Os novos Centros, selecionados no edital de 2011, iniciam as atividades em 2013. Veja abaixo a lista dos novos CEPIDs apoiados pela FAPESP e escopo de atuação.

Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Descoberta de Novas Drogas 
O Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Descoberta de Novas Drogas realizará desde a prospecção biológica da flora brasileira para a identificação e seleção de compostos com atividades antiparasitária, antibacteriana e anticancerígena até análise pré-clínica in vitro e in vivode compostos candidatos, além de estudos de toxicologia e de farmacocinética, com o objetivo de desenvolver medicamentos patenteáveis.

Atuará em colaboração com a indústria farmacêutica e com institutos de pesquisa do setor da saúde, desenvolverá programa para estudantes de graduação e pós-graduação e promoverá atividades para alunos do ensino fundamental e médio, além da educação de professores.

Centro de Pesquisa em Toxinas, Resposta Imune e Sinalização Celular
O Centro de Pesquisa em Toxinas, Resposta Imune e Sinalização Celular desenvolverá estudos sobre os mecanismos bioquímicos, moleculares e celulares de toxinas com potenciais terapêuticos, com o objetivo de estabelecer provas de conceito com base em análises de redes de sinalização molecular.

A expectativa é transferir para a indústria os resultados da pesquisa, por meio de processo mediado pelo Escritório de Transferência de Tecnologia do Instituto Butantan. Está prevista a implementação de atividades relacionadas à educação e difusão do conhecimento como, por exemplo, a exploração da vocação educativa dos museus do Instituto Butantan. 

Centro de Terapia Celular 
O Centro de Terapia Celular terá foco em pesquisa básica e aplicada em células-tronco, num ambicioso programa multidisciplinar visando ao estudo das características moleculares, celulares e biológicas de células normais e patológicas e a avaliação crítica do seu potencial uso terapêutico.

O objetivo é gerar linhagens brasileiras a serem utilizadas em estudos pré-clínicos, investigar os mecanismos envolvidos no estado de pluripotência, assim como em doenças como disceratose congênita, anemia de Fanconi, hemofilia A e doença de Parkinson. Todos os estudos visam à produção em grande escala de células-tronco, de forma a permitir a sua utilização clínica potencial.

O Centro tem projeto sólido de transferência de tecnologia centrado na melhoria da saúde pública e conta com um programa de educação especialmente focado em educação de ciências, iniciado em 2000, na chamada do Programa CEPID.

Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica 
O Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica realiza pesquisa básica em física de matéria fria, plasmônica e biofotônica, mirando também o desenvolvimento de aplicações inovadoras e práticas como, por exemplo, biossensores ultrassensíveis e diagnóstico e tratamento de doenças, entre outros.

O objetivo é associar o conhecimento científico à inovação tecnológica, promover a instalação de start-ups e colaborar com iniciativas de empresas já existentes. O Centro – constituído na primeira chamada do Programa CEPID, em 2000 – conta com um canal de TV em operação 24 horas por dia e com uma gama diversificada de programas de educação que abrangem todos os níveis de ensino. 

Centro de Estudos da Metrópole
O Centro de Estudos da Metrópole tem como objetivo central compreender o papel das políticas públicas e das instituições nos processos de crescimento econômico e de redução da pobreza e da desigualdade social. Formado por demógrafos, cientistas políticos, sociólogos, geógrafos e antropólogos, o Centro tem uma agenda de pesquisa organizada em quatro linhas de ação: a análise da relação entre mudança, democracia e desigualdade no Brasil nos últimos 50 anos; o impacto da políticas públicas na redução da pobreza; o papel das instituições políticas; e as diferentes formas de governança em áreas urbanas.

Constituído como CEPID na primeira chamada do programa, em 2000, o Centro oferece dados e assistência técnica em políticas públicas às instituições, além de disponibilizar ferramentas de geoprocessamento e banco de dados à comunidade acadêmica, escolas, entre outros.

Centro de Pesquisa em Alimentos 
O Centro de Pesquisa em Alimentos será o primeiro centro de pesquisa focado em alimentação e nutrição no Brasil. Organizado em quatro linhas de investigação – sistemas biológicos em alimentos; alimentação, nutrição e saúde; segurança e qualidade dos alimentos; e novas tecnologias e inovação –, o Centro terá a cooperação de setores da indústria de alimentos, governo e outras instituições de pesquisa. Por meio de cursos, web, TV, entre outros, o Centro comunicará os resultados de pesquisa para públicos distintos: comunidade científica, profissionais de nutrição, indústria, governo e sociedade em geral.

Desenvolverá, ainda, um site interativo que dará acesso a um banco de dados com diferentes níveis de complexidade e que incluirá material didático para estudantes.

Centro de Pesquisa, Educação e Inovação em Vidros 
O Centro de Pesquisa, Educação e Inovação em Vidros terá como meta desenvolver materiais vidrocerâmicos com novas funcionalidades como, por exemplo, alta resistência mecânica e condutividade elétrica, atividade biológica, óptica ou catalítica, entre outras.

Os seus laboratórios concentrarão esforços na investigação de materiais ópticos (óculos de laser), materiais para reforço estrutural de uso odontológico, dispositivos para armazenamento de energia (eletrólitos e selantes para alta temperatura) e sistemas cataliticamente ativos. A agenda de pesquisa será complementada por atividades de educação e pelo desenvolvimento e transferência de tecnologia.

Centro de Pesquisa em Matemática Aplicada à Indústria
O Centro de Pesquisa em Matemática Aplicada à Indústria tem como objetivo transferir conhecimento matemático para outras áreas da ciência e da indústria. A principal estratégia do Centro será a construção de uma infraestrutura robusta no que diz respeito aos recursos humanos, equipamentos computacionais avançados, oportunidades de colaboração e outras facilidades, a fim de promover a cooperação interdisciplinar com a indústria e, mais especificamente, com os setores de manufatura, governo e serviços.

Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-Tronc
O Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-Tronco realizará pesquisa sobre genética e instabilidade genômica associadas ao envelhecimento e a doenças degenerativas, sobre mecanismos epigenéticos envolvidos na manifestação dessas doenças e sobre a variabilidade fenotípica de indivíduos com mutações de doenças mendelianas.

O Centro desenvolverá também projeto por meio do qual irá comparar a variação do genoma e funcionamento do cérebro de indivíduos brasileiros saudáveis com mais de 80 anos e com um grupo de pessoas com mais de 60 anos.

 Está previsto o desenvolvimento de kits para o diagnóstico de doenças raras e o estabelecimento de parcerias com empresas start-ups de biotecnologia, além de programas de educação e difusão de ciência. O Centro ampliará o escopo de investigação do Centro de Pesquisa do Genoma Humano, apoiado no Programa CEPID em 2000, que teve como foco o estudo de expressão e diferenciação gênica em distúrbios genéticos complexos.

Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia 
O Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia investigará os mecanismos básicos da epilepsia e do acidente vascular cerebral, assim como as lesões associadas. A pesquisa tem aplicações relacionadas à prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação e contribuirá para a melhor compreensão da função cerebral.

As investigações envolvem as áreas de genética, neurobiologia, farmacologia, neuroimagem, ciências da computação, robótica, física e engenharia.

Centro para o Estudo da Violência 
O Centro para o Estudo da Violência vai estudar a construção da legitimidade das instituições nas relações entre os cidadãos e funcionários públicos, tendo como foco a administração municipal, escola, centro de saúde, serviços de polícia e o aparato de justiça locais.

A pesquisa envolverá comparações internacionais sobre temas como polícias e tribunais, habitação, uso do espaço público etc. Constituído como CEPID na primeira chamada do programa, em 2000, o Centro será parceiro de instituições como o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mídia, organizações não governamentais, entre outros, para troca de informações estratégicas, metodologia de trabalho etc.

Está prevista a organização de um Centro de Debate Permanente sobre Violência, Direitos Humanos e Democracia em ambientes urbanos, além de workshops, seminários internacionais e cursos.

Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades
O Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades terá como desafio buscar soluções para a obesidade, doença que resulta de um desequilíbrio entre a ingestão calórica e o gasto energético, geralmente associado a diabetes, hipertensão, aterosclerose e alguns tipos de câncer.

Apesar do grande avanço na caracterização dos mecanismos de controle da fome e da termogênese, a complexidade dos circuitos neurais e as dificuldades anatômicas para os estudos do hipotálamo humano dificultam o tratamento da obesidade.

Além de compreender os seus mecanismos, o Centro buscará novas abordagens farmacológicas, nutricionais e físicas para o problema. Investirá, ainda, em programas de orientação preventiva para alunos do ensino médio e idosos e em métodos de triagem para a detecção de doenças associadas, em estreita relação com a indústria.

Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias 
O Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias investigará os mecanismos subjacentes às doenças inflamatórias com o objetivo de realizar pesquisa integrativa e translacional para identificar novos alvos terapêuticos.

A pesquisa envolverá a triagem molecular de alto desempenho (HTS), modelagem de doenças in vivo e in vitro e síntese química, assim como a descoberta de novas moléculas naturais em plantas e na saliva de artrópodes. Selecionados os fármacos e biofármacos potenciais, o Centro protegerá a propriedade intelectual e coordenará estudos toxicológicos pré-clínicos e clínicos.

As etapas do desenvolvimento de potenciais drogas serão realizadas em parceria com empresas públicas e privadas. O Centro promoverá, ainda, ações de divulgação de informações para a comunidade científica e para o público em geral e também para os pacientes com doenças inflamatórias.

Centro de Pesquisa em Processos Redox em Biomedicina 
O Centro de Pesquisa em Processos Redox em Biomedicina é uma rede multidisciplinar de pesquisadores focados na investigação de estratégias antioxidantes eficazes e biomarcadores de estresse oxidativo com grande potencial de aplicação tecnológica.

O Brasil já tem liderança internacional em algumas áreas como perfumes, cosméticos e bioenergia, mas ainda não é competitivo nos mercados farmacêuticos, de dispositivos e diagnósticos médicos, de serviços ecológicos, entre outros.

O Centro contará também com um laboratório central (Redoxome Analysis Platform), no Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), para fornecer ferramentas analíticas no estado da arte para a avaliação de processos redox abertos para uso de pesquisadores.

O Centro oferecerá cursos para estudantes de graduação e pós-graduação e de formação de professores, disponibilizará em site materiais complementares para aulas de ciências e atividades experimentais e promoverá atividades de iniciação científica para alunos de ensino médio.

Centro de Pesquisa em Ciência e Engenharia Computacional 
O Centro de Pesquisa em Ciência e Engenharia Computacional desenvolverá e aplicará técnicas de modelagem computacionais avançadas para solucionar problemas de fronteira em engenharia da computação e ciências.

 As investigações têm aplicação nas áreas de nanomateriais, sistemas biomoleculares complexos, de interesse para a saúde humana e bioenergia, bioinformática, materiais particulados, porosos e geofísica computacional, entre outros.

O Centro abrigará uma divisão de Transferência de Tecnologia e contará também com uma unidade de Educação, Ciência e Divulgação, responsável pela organização e execução de atividades baseadas especialmente no desenvolvimento de materiais de e-learning voltados para professores e alunos da rede pública de ensino.

Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Neuromatemática
O Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Neuromatemática terá como objetivo integrar a modelagem matemática com a pesquisa básica e aplicada à neurociência que, cada vez mais, requer ferramentas matemáticas para analisar a enorme massa de dados gerados por recursos experimentais.

 Matemática é a ponte que pode integrar observações e explicações. Na área de transferência de tecnologia e inovação, o Centro vai se concentrar em produtos demandados por programas de saúde pública em neurorreabilitação, incluindo a concepção e análise de banco de dados padronizado e o desenvolvimento de ferramentas para apoiar o diagnóstico clínico, decisão e acompanhamento.

Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento de Materiais Funcionai
O Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento de Materiais Funcionais é uma evolução do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos, que recebeu apoio financeiro da FAPESP na primeira fase do Programa CEPID e teve como foco de pesquisa a síntese de materiais com composição química, microestrutura e morfologia controladas.

 O novo centro utilizará essa competência para a pesquisa e desenvolvimento de materiais funcionais nanoestruturados, customizados para solucionar problemas relacionados à energia renovável, saúde e meio ambiente. O Centro contará com plantas-piloto de nanopartículas funcionais e estimulará a geração de novas empresas de base tecnológica. Oferecerá, ainda, programa de educação voltado para professores do ensino médio. 
 

...E NOVAS AVES DA AMAZÔNIA

(Marcos Pivetta, na Revista Pesquisa FAPESP) Desde a segunda metade do século XIX a ornitologia brasileira não dava uma contribuição tão significativa para ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade: 15 novas espécies de aves da Amazônia nacional serão formalmente descritas pela primeira vez numa série de artigos científicos previstos para serem publicados em julho num volume especial do Handbook of the birds of the world, da espanhola Lynx Edicions. Esse tomo fecha uma coleção de 17 livros que, por seu caráter enciclopédico e didático, é adotada como fonte de consulta por ornitólogos profissionais e amadores.


Os autores das descrições pertencem a três instituições nacionais de pesquisa – Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ-USP), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), de Manaus, e Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), de Belém – e ao Museu de Ciência Natural da Universidade Estadual da Louisiania (LSUMNS), Estados Unidos.

Os ornitólogos não apresentavam ao mundo, de uma só vez, numa única obra, um conjunto tão numeroso de novas aves brasileiras desde 1871, quando saiu o livro Zur Ornithologie Brasiliens. Nessa obra, escrita pelo austríaco August von Pelzeln (1825-1891), foram divulgadas 40 espécies de aves coletadas pelo naturalista Johann Natterer (1787-1843), também austríaco, em suas viagens pela Amazônia brasileira.

Onze das novas espécies são endêmicas do Brasil e quatro podem ser encontradas também no Peru e na Bolívia. Oito ocorrem somente a oeste do rio Madeira, na parte ocidental da Amazônia; cinco habitam exclusivamente terras situadas entre esse curso d’água e o rio Tapajós, no centro da região Norte; e duas vivem apenas a leste do Tapajós, no Pará, na porção mais oriental da floresta tropical.

No volume especial do Handbook, os autores descrevem a morfologia (formas e estruturas), a genética e a vocalização (canto e sons) das novas espécies. Por meio de mapas específicos para cada espécie, mostram ainda seus locais de ocorrência. No entanto, até que o livro seja oficialmente publicado, o nome científico e alguns detalhes sobre a anatomia e o modo de vida das novas espécies não podem ser divulgados.

Dessas aves até agora desconhecidas e sem registro na literatura científica, a maior e mais espetacular é uma espécie de gralha, do gênero Cyanocorax, com cerca de 35 centímetros de comprimento, que vive apenas na beira de campinas naturais situadas em meio à floresta existente entre os rios Madeira e Purus, no Amazonas.

“Essa gralha está ameaçada de extinção”, diz Mario Cohn-Haft, curador da seção de ornitologia do Inpa, principal descobridor do cancão-da-campina, nome popular cunhado para a ave. “Seu hábitat está em perigo e podemos perder a espécie antes de ter tido tempo de estudá-la a fundo.”

Sua principal região de ocorrência é um complexo de campinas, distante 150 quilômetros ao sul de Manaus, numa área próxima à rodovia BR-319, que liga a capital amazonense a Porto Velho. A estrada está sendo reformada e os pesquisadores temem que o acesso facilitado ao local coloque em risco o hábitat da espécie.

“A nova gralha também ocorre numa zona de campos naturais no sul do Amazonas, próximo a Porto Velho, onde há muitos colonos do Sul do país, que a confundem com a gralha-azul [um dos símbolos do Paraná]”, diz Cohn-Haft.
A reportagem completa está no http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/04/12/desafios-partilhados 

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