Pesquisar este blog

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

VOCÊ CONHECE O HUNSRIK¿


 
Uma língua usada por quase dois milhões de pessoas no Brasil, com forte presença em comunidades de colonização germânica. Este é o idioma hunsrik, comum entre os descendentes de imigrantes chegados há quase dois séculos da Alemanha. Por ter forte presença oral, um grupo de estudiosos montou um código em 2004, um modo de escrever adaptado à realidade das colônias da América Latina, para que assim as novas gerações possam estudá-lo. O projeto foi apresentado na Feira do Livro.

“Para muitas crianças, o hunsrik é a primeira língua, a que é falada em casa com pais e avós. Mas quando elas chegam à escola, aprendem o português, o que é muito difícil. Para elas, o português é a língua estrangeira’’, diz a professora Mabel Dewes, uma das idealizadoras do projeto. De acordo com ela, o hunsrik era um dialeto alemão até seu registro no Ethnologue, órgão da Unesco que cataloga as línguas vivas e mortas do planeta, em 2008. 

Como as crianças já têm o hunsrik na cabeça, Mabel acredita que o ensino formal é a maneira mais adequada de mantê-lo vivo para as próximas gerações. Para isso, a professora e doutora em linguística e em fonética Úrsula Wiesemann, da Alemanha, coordenou, com a participação do linguista Martin Dillig, o desenvolvimento das normas para a língua escrita em 2004 em uma série de sessões com pessoas interessadas em Santa Maria do Herval. Com a participação de crianças e adultos, o novo código foi baseado na fonética da língua portuguesa, levando em conta a natural influência do meio devido à longa distância no espaço e no tempo dos primeiros falantes em solo brasileiro. 

O código já está ativo, sendo usado em revistas e jornais locais, além de gibis para as crianças, que tem se mostrado um grande sucesso segundo a professora Solange Maria Hamester Johann. Também foram traduzidos textos bíblicos e teatrais.

Comunidade pede reconhecimento oficial


Outra conquista foi um decreto municipal de março de 2009 que permitiu que em Santa Maria do Herval se fale 50% em hunsrik em salas de aula até a 4ª série. Segundo Mabel Dewes, a força do hunsrik pode ser sentida no recreio, antes e depois das aulas, pois é a escolha das crianças para se comunicar. 

Os próximos passos são a tentativa de inclusão do estudo do idioma nas classes até a 4ª série e a formação de professores nativos, especialmente em universidades sediadas em regiões de colonização germânica. Solange Johann acredita que a mobilização tem trazido bons resultados. “Em Antonio Carlos, Santa Catarina, o hunsrik já é considerado como segunda língua. É usado em sala de aula, e no serviço público é necessário que pelo menos uma pessoa fale”, explicou.

Para Solange, é preciso mudar a ideia de que no Brasil só se fala o português. “Dados de 2006 apontaram a existência de 200 línguas indígenas e de 30 de imigração. O hunsrik é a língua germânica mais falada no Rio Grande do Sul e, mesmo assim, estamos participando de um censo em que não se pergunta se falamos mais de um idioma”, avaliou.
(GUSTAVO DIEHL/JC no  www.brasilalemanha)

ESPN LANÇANOVA PLATAFORMA DE COMUNICAÇÃO   
 O fã de esporte já pode contar com mais uma alternativa para acompanhar as noticias, jogos e curiosidades das principais modalidades do mundo.  Além dos quatro canais disponíveis, a ESPN no Brasil anuncia a criação da RÁDIO ESPN, nos moldes online. Ela estará disponível 24h por dia, dentro do portal ESPN.COM.BR.

Na primeira etapa, seguindo a tendência mundial, serão produzidos podcasts com conteúdo voltado ao fã dos mais variados esportes. O espaço vai falar de futebol,  NFL, NBA, MMA , entre outras competições. Os áudios poderão ser baixados clicando com o botão direito no link download. Até o final da semana, os podcasts estarão disponíveis também na página do iTunes.

Boletins especiais de cada clube começarão a ser produzidos com o início dos campeonatos estaduais, com análises exclusivas dos comentaristas da ESPN. Para quem gosta de história, a nova página da Rádio ESPN terá os momentos mais marcantes dos esportes, como um compacto da decisão da última Uefa Champions League  e da conquista do Corinthians no Mundial de Clubes. É possível também, por exemplo, ouvir e baixar uma edição do GP do Brasil de Fórmula 1 em 2012. O SportsCenter Notícias, com edições durante todo o dia,  vai atualizar as principais informações esportivas do dia.
CURSOS
A Escola S. Paulo está oferecendo alguns cursos. Enre eles:

. UTILIZAÇÃO DE APLICATIVOS


OBJETIVO: Aprender sobre as possibilidades do mundo dos aplicativos, quais os passos necessários para desenvolver um produto, e como se preparar para entrar neste mercado

SOBRE O CURSO: O curso é dividido em 3 partes de igual importância: Evolução: como era, como é, e como serão os aparelhos, serviços, e interatividade no celular; Mercado: cadeia de valores, tipos de empresa, funções exercidas, ferramentas utilizadas, plataformas existentes, tecnologias e “players” deste mercado mundial; Criatividade: o que existe, o que pode ser feito, integrações com serviços existentes, e como criar um aplicativo partindo da idéia até o planejamento do projeto.

 . SHOW BUSINESS - um Panorama sobre o entretenimento ao vivo

 

OBJETIVO: Entenda o cenário atual do show business e saiba como atuar neste mercado em franca ascensão.

SOBRE O CURSO: As aulas traçam um panorama das maiores questões e dificuldades deste mercado hoje, abordando assuntos como produção técnica, financiamento, booking, escolha do artista, divulgação, público alvo e comunicação direcionada para o mercado musical, história da mídia musical e os novos críticos.


A RELIGIÃO E O PAPA
O público brasileiro, a cada dia que passa mais se surpreende com a clareza de ideias e a abertura do primeiro homem da Igreja católica, terá em suas mãos o documento que fundamenta as posturas do Papa sobre o tema religião. A Área de Estudos Interculturais do Instituto Raimundo Lúlio decidiu editar este livro pela sua profundidade na abordagem do diálogo inter-religioso entre judaísmo, cristianismo e islamismo.
A origem e a diversidade das religiões, as três religiões monoteístas e suas relações intrínsecas, a existência de uma religião verdadeira e a pretensão à universalidade da religião cristã. Estes e outros temas são examinados com a profundidade que caracteriza o teólogo alemão. Responde às perguntas que obrigatoriamente se colocam as pessoas que gostam de transcender os condicionamentos próprios das sociedades consumistas e tecnicistas. O livro destina longas páginas à análise da Teoria da Libertação, que influiu e ainda influi em muitos países da América Latina; e contempla alguns tópicos teológicos, como o das religiões asiáticas, a New Age e as causas da helenizaçã o do cristianismo. Os t emas da relação entre a razão e a fé, os fundamentos da democracia, a liberdade e o marxismo são exaustivamente estudados. Para entender todas essas questões, Joseph Ratzinger nos explicará antes o que é a cultura e como as religiões são um elemento constituinte das mesmas. Terminará o seu texto vinculando a Verdade e o Amor: “A verdade e o amor são idênticos”. Esta proposição - compreendida em toda a sua profundidade - é a suprema garantia da tolerância que todas as sociedades livres devem praticar. É com grande satisfação que lhe apresentamos uma das obras centrais do pensamento de Joseph Ratzinger, o livro: Fé, Verdade, Tolerância.

Y-MIND SÃO PAULO OF ADVANCED SCIENCE FOR PREVENTION OF MENTAL DISORDERS

 A Y-Mind São Paulo School of Advanced Science for Prevention of Mental Disorders será realizada de 25 a 29 de março na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na capital paulista.

O evento tem apoio da FAPESP por meio do programa Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), que oferece recursos para a organização de cursos de curta duração em pesquisa avançada nas diferentes áreas do conhecimento no Estado de São Paulo.
As aulas da Y-Mind São Paulo School serão ministradas por pesquisadores renomados de diversos países, entre os quais Bruce Cuthbert (National Institute of Mental Health), Hakon Hakonarson (The Children’s Hospital of Philadelphia), James Frauenthal (New York University) e Maria Oquendo, (Columbia University), dos Estados Unidos.
Graham Thornicroft (King’s College London, Reino Unido), Gustavo Turecki (McGill University, Canadá), Helen Herrman (University of Melbourne, Austrália), Jim Van Os (Maastricht University, Holanda) e John Andreas Rønning (University of Tromsø, Noruega) serão outros dos docentes participantes.
Os organizadores selecionaram, para participar da escola, 100 estudantes, do Brasil e do exterior, com desempenho acadêmico de destaque e que integrem programas em neurociência e em outras áreas relacionadas à saúde mental.
Serão concedidas aos estudantes selecionados que venham de outras cidades, estados e países passagens aéreas, despesas de transporte terrestre local e diárias, com apoio da FAPESP.
Mais informações: www.ymind.com.br
 

PESQUISA INTEGRADA PARA APLICAÇÃO NA SAÚDE PUBLICA

(Texto de Washington Castilhos, distribuído pela Agência FAPESP)   A medicina translacional visa agilizar a transferência do conhecimento produzido na bancada para a aplicação na investigação clínica e saúde pública.

Em outras palavras, a ideia é estabelecer a conexão entre a criação e a aplicação do conhecimento, integrando pesquisadores das áreas básica e clínica para uma melhor assistência à população.
O marco histórico da medicina translacional ocorreu quando o Instituto de Medicina da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos passou a realizar simpósios a fim de discutir a importância da investigação clínica para que ela tivesse capacidade de transformar o conhecimento advindo da área básica, visto que o desenvolvimento alcançado pela investigação clínica não era adequado para fazer isto na velocidade e com a eficiência necessárias.
Assim, começou-se a discutir por que a investigação clínica no país não avançava tanto quanto a pesquisa básica biomédica. Posteriormente, os Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos Estados Unidos colocaram como uma das metas, em 2003, promover a “reengenharia” da investigação clínica no país e criaram um programa para financiar a organização de centros de medicina translacional nas universidades. Hoje, existem cerca de 60 centros.
“O objetivo era estimular a formação de equipes multidisciplinares e criar uma cultura de aproximação da área básica com a área clínica e, principalmente, fazer com que aquilo que resultou da pesquisa básica – e que foi visto como útil na pesquisa clínica – chegasse até o paciente. O desafio era também levar o conhecimento produzido na universidade para a saúde pública”, disse fisiologista Eduardo Moacyr Krieger, professor emérito da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).
Krieger, que também é vice-presidente da FAPESP, coordenou o Simpósio de Medicina Translacional, realizado no dia 29 de novembro na Academia Brasileira de Ciências (ABC), entidade que presidiu por 14 anos.
Embora o termo seja novo, na prática a ideia de pesquisa translacional é antiga. Eduardo Krieger citou a criação do Vale do Silício em parceria com a Universidade Stanford, durante a Segunda Guerra Mundial, como um exemplo da rapidez com que o conhecimento foi transferido da universidade para o setor privado para suprir a demanda por tecnologia militar.
“A medicina demorou para fazer isso”, observou, citando como exemplo a descoberta dos inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), fármacos usados no tratamento da hipertensão arterial.
“Foram dez anos de pesquisa básica até se chegar ao medicamento”, disse Krieger, um dos maiores especialistas no campo da fisiologia cardiovascular, com foco na pesquisa dos mecanismos de regulação da pressão arterial.
“Hoje, mudou fundamentalmente a velocidade com que a pesquisa feita na bancada e o conhecimento chegam à aplicação. A própria universidade leva o conhecimento para a indústria, ou a indústria vai buscá-lo”, observou.
Eduardo Krieger, que criou o Programa de Cardiologia Translacional do Instituto do Coração (InCor), o mais importante grupo de medicina translacional do Brasil, citou como marco no campo o apoio da FAPESP por meio de Projetos Temáticos, que incentivaram a pesquisa multidisciplinar envolvendo profissionais de diferentes origens.
“Também a USP criou um programa de Apoio à Pesquisa para incentivar projetos multidisciplinares e promover a integração em assuntos temáticos”, disse à Agência FAPESP.
“No plano público, o Ministério da Saúde criou a Rede Nacional de Pesquisa Clínica, que congrega cerca de 35 hospitais universitários e que, inicialmente, forneceu financiamento para que os hospitais criassem uma infraestrutura capaz de fazer a pesquisa clínica. E as grandes universidades também estão criando os seus centros – em Porto Alegre, a Finep financiou a construção de um prédio para investigação clínica”, disse.
Atualmente, Eduardo Krieger coordena um Projeto Temático por meio do qual pesquisa a obtenção de biomarcadores da evolução terapêutica dos pacientes – para saber se um paciente responde melhor ou pior a um determinado tratamento.
O pesquisador também coordena um projeto do Ministério da Saúde e do CNPq que investiga a porcentagem de brasileiros resistentes à terapêutica da hipertensão e qual a melhor quarta droga a ser administrada aos pacientes do SUS. O objetivo é transformar o que se vê na pesquisa clínica em medidas para a saúde pública. “Isso é um dos objetivos da medicina translacional”, disse. 
 
ESTUDO SOBRE O RECONHECIMENTO NA POESIA GREGA
(Texto de José Tadeu Arantes distribuído pela Agência FAPESP) O reconhecimento e o autorreconhecimento, isto é, a descoberta da identidade, do outro ou de si mesmo, são temas recorrentes na mitologia, no folclore e na literatura – tão antigos quanto os primeiros épicos e tão atuais quanto as mais recentes produções televisivas.
Já no Mahabharata, a milenar epopeia indiana, que descreve a grande guerra entre os Pandavas e os Kauravas – duas famílias principescas unidas pelos laços de sangue, mas antagonizadas pela conduta moral –, um dos personagens centrais luta a guerra toda do lado errado por desconhecer sua verdadeira identidade, que só lhe é revelada tardiamente.
O livro Cenas de reconhecimento na poesia grega, de Adriane da Silva Duarte, professora de língua e literatura grega na USP, é dedicado às cenas de reconhecimento na poesia grega, arcaica e clássica.
O  livro tem por eixo o conceito de anagnórisis (reconhecimento), tal como foi definido na Poética de Aristóteles. E investiga as antológicas cenas de reconhecimento que aparecem nos grandes épicos de Homero – Ilíada e Odisseia –, nas tragédias de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes, e nas comédias de Aristófanes e Menandro.
“Além de ser um recurso estruturador da narrativa, capaz de promover o desenlace de um conflito e dotado de grande apelo emocional,  sugere que o reconhecimento seja antes uma resposta às inquietações do homem acerca de sua origem e de sua identidade”, escreveu a autora.
O caso mais famoso de reconhecimento na tragédia grega, magistralmente explorado por Sófocles, é o de Édipo, o príncipe de Tebas, que, por ignorar sua verdadeira identidade, mata o pai, Laio, e se casa com a mãe, Jocasta, com quem tem quatro filhos. Ao reconhecer como pai o homem que matou e como mãe a mulher que desposou, Édipo fura os próprios olhos – “para não ter que contemplar as consequências de ser quem é”, explicou Duarte.
A trama, como se sabe, impressionou profundamente Freud (1856-1939), que fez do chamado “Complexo de Édipo”, que considerou universal, o mecanismo fundamental da psicanálise.
No livro, ela menciona o fato de o termo “reconhecimento” ser hoje de uso corrente no universo jurídico, quando se fala em “reconhecimento de uma prova”, “reconhecimento de um cadáver” ou “reconhecimento da paternidade”.
Mas seu estudo concentra o foco, criteriosamente, na poesia grega. “Procurei explorar o conceito a partir da perspectiva aristotélica, que restringe o reconhecimento à identificação entre indivíduos. Exclui da análise, portanto, os casos em que um personagem reconhece um erro ou uma verdade – embora Édipo, além de reconhecer que Jocasta é sua mãe, toma consciência de quem de fato é”, disse Duarte.
E por que um tema tão antigo, ambientado em sociedades em tudo diferentes da atual, continua reverberando intensamente no mundo contemporâneo? “Entendo a permanência do motivo como uma resposta à nossa necessidade de saber quem somos e, assim, orientarmos nosso comportamento em sociedade”, disse.
“Hoje, a ideia do auto(re)conhecimento tem um apelo muito forte por conta do impacto da psicanálise. Pressupõe-se que o indivíduo nunca é passível de reconhecimento pleno, nem pelos outros, nem por si próprio, havendo camadas ocultas da psique que eclodirão um dia. É o mito do Dr. Jekyll e Mr. Hyde. Assim, se na Antiguidade o reconhecimento estava mais em função do outro (e da relação que estabelecemos com ele), hoje ele se centra mais no eu”, destacou . Detalhes: www.editora.unicamp.br/lingua-e-literatura/cenas-de-reconhecimento-na-poesia-grega.html
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário