As empresas de base tecnológica e os estaleiros para construção de
barcos de apoio e reparo naval são os negócios da cadeia de óleo e gás mais
atrativos para Santa Catarina no curto prazo. Por outro lado, a instalação de
um terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) é estratégica
para o Estado devido à repercussão em outros segmentos, ao eliminar gargalos
referentes à matéria-prima de áreas como a petroquímica e fertilizantes, que
podem usar fontes permanentes de suprimento de gás natural. Estas são algumas
das recomendações do estudo da Federação das Indústrias (FIESC) que avalia as
oportunidades de investimento na cadeia de óleo e gás em Santa Catarina. O
trabalho, realizado pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo
(ONIP), ressalta ainda que o terminal de GNL é importante para a segurança no
abastecimento regional para termelétricas e outros usos industriais. Os
presidentes da FIESC, Glauco José Côrte, e da ONIP, Eloy Fernandes,
entregaram o trabalho ao senador Casildo Maldaner, durante a reunião de
diretoria da FIESC.
Aplicando em estaleiros para base de apoio e reparo naval, em empresas de base tecnológica e alavancando a indústria de regaseificação também traremos para a região a indústria petroquímica e de fertilizantes", resume o coordenador do estudo, Luís Fernando Mendonça. O levantamento avaliou a cadeia de fornecedores de bens e serviços, inclusive pequenas e médias empresas. "Ele passa a ser um documento orientador aos esforços catarinenses para participar do crescimento dos negócios no setor", diz o diretor de relações industriais e institucionais da FIESC, Henry Quaresma. Entre 2012 e 2016 os investimentos na cadeia totalizarão US$ 286 bilhões no Brasil, dos quais US$ 226 bilhões estão previstos pela Petrobras, mostra a pesquisa. Parcela substancial será destinada a novos projetos, o que refletirá na demanda por equipamentos e serviços, sobretudo de origem nacional, em decorrência de a política governamental exigir índices de conteúdo local crescentes nos empreendimentos do setor, o que fará do setor de petróleo um instrumento essencial para a economia brasileira. O trabalho destaca que a estruturação de um polo naval especializado na atividade de construção e reparo de barcos de apoio seria uma ação de integração das potencialidades já existentes em Santa Catarina, especificamente na região de Itajaí. "Os quatro estaleiros ali presentes, o crescente número de barcos de apoio por eles construídos, a chegada do P2 Brasil Estaleiro, a mão de obra especializada disponível, somados à cadeia de fornecedores de navipeças (bens e serviços) instalada e as condições geográficas (águas abrigadas, bom calado e leito não rochoso) do Rio Itajaí-Açu corroboram na viabilização de um futuro polo de reparo naval", destaca o documento. "Nós identificamos que serão mais de 500 barcos nos próximos cinco anos de operação do plano da Petrobras e nisso a indústria de Santa Catarina é forte. Quando se implanta o estaleiro, também é necessário o reparo naval, uma atividade muito especializada que requer profissionais de alta capacidade, qualidade e produtividade". O trabalho sugere a busca das tecnologias desenvolvidas nos projetos de pesquisa das operadoras de petróleo como estratégica. Isso permitiria fortalecer o posicionamento do Estado como supridor de produtos, processos e serviços com elevado valor tecnológico para o óleo e o gás. O estudo ainda alerta que a instalação de um terminal de GNL em Santa Catarina, embora estratégica, é uma operação complexa, tanto do ponto de vista técnico quanto político e que a sua viabilização está condicionada a uma articulação entre os Estados do Sul com São Paulo e Mato Grosso do Sul. "Ao viabilizar a indústria de fertilizantes e a petroquímica, a maior oferta de gás com o terminal permite a conversão química desse insumo em produtos de maior valor agregado, trazendo para o Estado importantes oportunidades de desenvolvimento", diz Mendonça. Para cada uma das oportunidades, foram avaliadas questões de negócio e econômicas, em nível macro, com o objetivo de identificar as melhores oportunidades para aprofundamento em termos de recursos necessários e benefícios esperados. No aspecto de negócio, foram avaliadas questões ligadas à capilaridade do investimento, importância estratégica de longo prazo, facilidade de articulação, complexidade de execução e retorno para a sociedade. No aspecto econômico, por sua vez, foram avaliadas as questões ligadas à estimativa inicial de investimento, retorno sobre investimento, geração de emprego, arrecadação de impostos e fontes de financiamento. (Fonte: Sisterma Fiesc\) |
HBO TIRA PUBLICIDADE DE CANAIS PREMIUM
A HBO acabará com os breaks comerciais dos seus canais premium
no Brasil: HBO, HBO2, Max e Max HD. Miguel Oliva, vice-presidente de relações
públicas e comunicação corporativa da HBO Latin American Group, explicou que a
medida é parte de estratégia global do grupo. Ele afirmou que o país era o
único que ainda tinha publicidade nos canais premium. "A partir de 2013,
nossos canais premium no Brasil não terão mais publicidade. Essa é uma
característica da HBO no mundo inteiro. A estratégia é global", disse
Oliva. Com isso, a receita desses canais será proveniente apenas das parcerias
com as operadoras envolvendo assinaturas.
O esforço será agora com o canal Cinemax, que a partir do ano
que vem será o único do grupo a oferecer espaços publicitários no mercado
brasileiro. O canal foi reposicionado, ganhou uma nova identidade gráfica e
terá intervalos comerciais a cada 30 minutos. "Vamos continuar com ótimas
opções comerciais para as marcas, que dividirão espaço com poucos anunciantes
em uma programação premium", destacou o executivo.
O Cinemax, um canal de exibição de filmes e série exclusivas HBO
e que está entre os top 10 do mercado, tem a missão de ser o carro-chefe na
América Latina, onde a empresa volta sua atenção no momento com essa
reformulação e de olho no potencial do mercado publicitário. “A América Latina
é muito importante para qualquer empresa no momento, porque é uma das regiões
que mais crescem no mundo. Vemos o potencial do Brasil”, enfatizou o vp da HBO.
Além do Cinemax, a HBO mantém as inserções publicitárias em mais
quatro canais que representa: A&E, E!, History e Bio. Para apresentar as
novidades ao mercado publicitário, a HBO Latin America realiza entre esta
terça-feira (23) e quinta-feira (25) o 1º Countdown HBO em São Paulo, um
encontro destinado aos profissionais de mídia. (Propmark)
CURSOS NO PONTIFÍCIO INSTITUTO JOÃO PAULO II
(ZENIT.org) - O Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e
Família, seção brasileira ligada a Roma, divulgou dois novos cursos e
uma palestra com o Prof. Jaroslaw Merechi – polonês, Dr. em Filosofia pela
Universidade Católica de Lublino (Polônia), Prof. do Pontifício Instituto
João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e Família – seção central de Roma,
perito em Teologia do Corpo e no magistério do Bem-aventurado João Paulo
II. Os cursos são Corpo e sexualidade e Questões atuais sobre
família Detalhes: 3334-5748 secretaria_petrini@yahoo.com.br Palestra Desafios contemporâneos
para a compreensão da sexualidade. Detalhes: (71) 3334-5748
FAMÍLIAS MENORES, PAIS MAIS MADUROS
O canal Discovery Kids divulgou
pesquisa que mapeia o perfil dos novos consumidores de TV por assintatura. De
acordo com Marcela Dória, gerente de pesquisa da Discovery Networks, o objetivo
do estudo, denominado “Razão ou emoção: o que conecta as famílias atuais”, é
conhecer o habito dessa nova família e saber como se relacionam com seus
filhos. “Queremos entender quem é o nosso público”.
Os resultados apontam que hoje as
famílias estão menores, com apenas um filho (61%). Os pais também estão mais
maduros, ou seja, 51% das mães têm entre 35 e 49 anos. Cerca de 30% dos pais
têm ensino superior. A pesquisa detectou ainda quatro perfis de pais, de acordo
com a interação familiar: os engajados, que buscam mais conexão com os filhos;
os observadores, que usam mais a intuição para entender as necessidades dos
seus filhos; os interativos, que gostam de compartilhar os bons momentos com as
crianças; e os participativos, que tentam estar mais presentes fisicamente.
O estudo apontou também que,
atualmente, são três as principais preocupações dos pais. A primeira delas é
formação moral e educacional. Depois, todos se preocupam com a saúde e
alimentação dos filhos e, por fim, a socialização. A pesquisa, que já está na
sua quarta edição, entrevistou 1.525 pais com filhos de até 10 anos e que
possuem o serviço de TV por assinatura em sua residência. O estudo teve como
foco as classes A,B e C em 13 estados brasileiros. (Propmark)
MAIS PUBLICIDADE NA TV POR ASSINATURA
A ABTA apresentou o
anuário Mídia Fatos, que estima um crescimento de 20% no faturamento
publicitário do setor em 2011 – mais do que o dobro do crescimento do mercado
publicitário brasileiro, que no ano passado obteve um volume 9% superior a
2010. Com isso, a TV paga deve atingir cerca de R$ 1,2 bilhão em faturamento
publicitário, contra R$ 1 bilhão contabilizados em 2010.
O número de usuários da TV por assinatura
cresceu 30,45% no último ano, atingindo mais de 12,7 milhões de domicílios e
cerca de 42 milhões de telespectadores. São quase três milhões de lares a mais
que em 2010. Outro fator decisivo – principalmente para a entrada de
anunciantes de segmentos que até então não estavam na TV paga – foi o aumento
da penetração do meio na Classe C, que saltou 50% apenas em 2011. A Nova Classe
Média brasileira representa hoje 18% dos domicílios assinantes.
Segundo Fred Müller, diretor executivo comercial da Globosat e membro do Comitê
de Marketing Publicitário da ABTA, hoje praticamente todos os setores da
economia estão anunciando na TV por assinatura.
Também do Comitê de Marketing Publicitário, Rafael Davini, vice-presidente de
vendas e marketing da Turner América Latina, destaca ainda a forte presença do
segmento infantil. “A TV por assinatura é fundamental para essas empresas, que
contam com cinco canais exclusivos de programação infantil para divulgar seus
produtos”, atenta. Segundo o executivo, a resposta do mercado anunciante aos
crescimento da TV por assinatura ainda deve ocorrer com o tempo. “A reação do mercado
é lenta. Por isso, atitudes como o lançamento do Mídia Fatos, são fundamentais
para alavancar o faturamento do setor”. (Propmark)
GESTÃO DA CRIATIVIDADE, O GRANDE DESAFIO
A gestão da criatividade tornou-se um desafio. De um
lado para as organizações que pretendem sustentar, economicamente, seus
negócios por meio da inovação. De outro, para o universo artístico e cultural,
que está cada vez mais presente nas pautas econômicas e que, recentemente,
recebeu destaque no Ministério da Cultura por meio da criação da Secretaria de
Economia Criativa, cuja missão é conduzir o desenvolvimento econômico por meio
do apoio dado aos profissionais, micro e pequenos empreendimentos criativos
brasileiros, tornando a cultura um eixo estratégico nas políticas públicas de
desenvolvimento do país.
Criatividade, como um recurso para o crescimento
econômico, pode ser uma quebra de paradigma que requer a união de conceitos
artísticos, científicos, sociais, ecológicos e econômicos. Trata-se de um tema
interdisciplinar, transversal que deve posicionar-se também como estratégico,
aproveitando a disponibilidade de recursos tecnológicos que, atualmente,
facilitam as conexões; a diversidade contemporânea e o trabalho colaborativo
que aparece fortalecido em contra partida a um modelo tradicionalmente
competitivo.
Nesse contexto, dimensões subjetivas que
tradicionalmente transitam pelo universo criativo passam a frequentar também o
ambiente de gestão das empresas e dimensões objetivas, características da
tradicional administração de negócios passam a serem incorporadas ao universo
artístico e cultural, gerando estranheza, tensão e desafiando os gestores. Para
adaptar-se a nova realidade é preciso, por um lado trazer para o ambiente dos
negócios a originalidade típica do ambiente artístico e, por outro, levar os
padrões de gestão clássicos do ambiente de negócios para o cultural, quebrando
paradigmas e criando novos modelos que ultrapassem expectativas e os limites
imaginários estabelecidos por um padrão de comportamento que já não se
sustenta.
Para acompanhar esse movimento sócio econômico e
cultural, novos perfis de liderança para os negócios são esperados tanto pelas
organizações que pretendem inovar como por aquelas cuja atividade principal é
voltada ao setor cultural.
Esse novo personagem é flexível, curioso,
experimenta e descobre novas maneiras para fazer as coisas. Tem capacidade para
observar e associar temas distintos, conectar pessoas e trabalhar com elas,
facilitando a criação de algo novo por meio da formação de redes de
relacionamento que se mesclam as equipes de trabalho, que por sua vez são
multidisciplinares e demandam um trabalho motivacional individual e coletivo.
Modelos de gestão que aproximam o setor público e
privado, o universo acadêmico e o não acadêmico, trabalham interesses
econômicos e sociais em comum, por meio de equipes motivadas e focadas, que
valorizam a diversidade, a multidisciplinaridade técnica e artística já
mostraram resultados positivos e hoje são referencias internacionais na
utilização de criatividade como recurso para o desenvolvimento. Cidades como
Londres, Berlim, Barcelona e Amsterdam, por exemplo, reconheceram o papel da
criatividade no contexto econômico e alavancaram novas possibilidades de
negócios em diferentes setores.
No Brasil não é diferente: por um lado, cidades como
Paraty/RJ, Tiradentes/MG, Guaramiranga/CE e Cataguases/MG já trabalham esse
modelo de gestão cultural, social e econômica de maneira integrada. Por outro
lado, por meio de iniciativa da Secretaria do Desenvolvimento Econômico,
Ciência e Tecnologia do estado de São Paulo alguns municípios destacam-se com
espaços que oferecem oportunidade para as empresas transformarem pesquisa em
produtos de mercado, aproximando universidades, centros de pesquisas e escolas,
do setor produtivo. São projetos do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos
que estimulam o empreendedorismo e promovem desenvolvimento por meio da
educação, ciência, tecnologia e inovação. Ambos, alicerçados em um recurso
comum, a competência criatividade.
A união dessas competências cultural, artística,
científica e tecnológica pode potencializar o desenvolvimento do país por meio
da integração dos setores, de diferentes saberes, da gestão de relacionamento
entre pessoas com interesses em comum, cujo trabalho, pode proporcionar o
amadurecimento do mercado brasileiro que, pelo tamanho é, naturalmente, um
destaque global.
Criatividade já é parte da pauta econômica e o
Brasil, apesar do senso comum o considerar um país criativo, teve essa dimensão
entre as destacadas como uma oportunidade de melhoria na última avaliação da
Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) onde o país ficou em 47º
lugar do ranking global de avaliação de patentes, reforçando a relevância do
tema no ambiente científico e relacionando criatividade a produtividade
intelectual.
A dinâmica de mercado contemporânea vem de encontro
ao equilíbrio necessário para administrar negócios utilizando a criatividade
como um recurso e para administrar ações culturais, fortemente relacionadas ao
potencial criativo, como uma possibilidade importante de crescimento econômico.
A gestão da
criatividade nos negócios e dos negócios criativos é um tema novo, que exige
profissionais com capacidade de lidar e criar em cenários e interesses,
aparentemente, conflitantes. Este equilíbrio pode mudar o perfil das empresas,
artistas e produtores no Brasil e impulsionar a economia nesse momento de
crises e oportunidades. (Texto de Erick Krulikowski, sócio diretor da iSetor. Tem mais de 15 anos de experiência em
gestão executiva de projetos e negócios nas áreas da cultura, educação e saúde,
com ênfase em planejamento estratégico, administração financeira, captação de
recursos e desenvolvimento institucional).
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