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de publicidade
O EMPREENDEDOR
E A ECONOMIA
(Por Renato
Maggieri, palestrante e consultor de negócios, possui dois títulos MBA – em
Gestão Empresarial, pela FGV e Executive Seminars, pelo Rockford College – e
tem grande experiência no trabalho com empresas de diversos segmentos e portes)
Diariamente somos bombardeados por más notícias
econômicas do cenário mundial e mais especificamente brasileiro.
Não sou economista e não conheço profundamente a
respeito dos fundamentos e razões que causam tais movimentos econômicos, mas
como consultor empresarial, sou um bom observador.
Além disso, vivo o meu dia a dia dentro de
empresas, junto com clientes, estudando e interagindo com empreendedores, que
há muito tempo geram emprego e renda nesse país e que sequer sabem qual foi a
variação do índice Bovespa, ou a cotação do dólar de ontem.
Da mesma forma que não acreditei naquele otimismo
exacerbado de 2010, onde se dizia que o Brasil era a bola da vez e que tudo era
um mar de rosas, não creio nesta onda de pessimismo - que tinge tudo de cinza -
projetando um futuro sombrio.
Já trabalho no mundo empresarial há muitos anos e
as perguntas que mais ouço são: como está o mercado? Está difícil pra todos?
Invariavelmente minha resposta é: o mercado está
como sempre foi, está bom pra uns e ruim pra outros, depende do que você decide
fazer acontecer.
Isso mesmo! Nós fazemos o nosso mercado, o nosso
faturamento e consequentemente nossos resultados. A nossa maneira de ver o
mundo e reagir a ele pode mudar nosso ambiente!
A maneira como reagimos está intimamente ligada com
aquilo que pensamos e da forma como nos sentimos.
Há uma linha de raciocínio que preconiza: meus
pensamentos geram meus sentimentos, que geram minhas ações e que mudam meu
resultado.
Portanto, tudo começa com aquilo que eu decido
pensar.
Em um dos seus textos o profeta Jeremias escreveu:
“quero trazer à memória aquilo que me traz esperança”, o que denota uma
disposição, uma decisão em não se contaminar com as más notícias, que
inevitavelmente virão.
É de fundamental importância estar antenado e
atualizado com os acontecimentos que são noticiados pela imprensa, mas confesso
que, algumas vezes, decido me abster por um tempo das notícias, pra não ser
contaminado por essa tsunami de pessimismo.
Quem faz o resultado dos meus negócios sou eu,
auxiliado por uma equipe altamente competente que me apoia, de forma que, no
início desse ano nós decidimos que 2014 será o melhor ano de nossas vidas,
independentemente do que vai acontecer na economia, no mercado, com o dólar e
com qualquer outra variável que não dependa de nossa atuação.
Obviamente que ninguém é uma ilha. Sofremos as
inferências do contexto em que estamos inseridos e, por isso, não dá pra
ignorar a realidade econômica do país. Mas o que estou defendendo é que nossa
motivação não pode ser abalada por fatores econômicos.
Um PIB medíocre não significa que vamos sucumbir,
sinaliza que vamos ter que trabalhar mais do que quando o país cresce em níveis
satisfatórios.
Não se trata de ignorar as circunstâncias ou se
enganar, mas sim, encarar a realidade e planejar, visando transformar a ameaça
em oportunidade de crescimento.
Encorajo a cada leitor a decidir vencer em 2014,
que conforme anunciado terá muitos desafios, mas que, com a mesma intensidade,
trará grandes possibilidades de superação.
Só depende de cada um de nós.
MASCOTE AKIRA SALVA A NAMORADA EM GAME
O vilão Ninja do Mal sequestrou Kyoko e o Twitter do Gendai. O sushiman Akira tem de salvá-la e recuperar o controle da rede social. É o mote do game Gendai Hero, que a maior rede de comida japonesa oferece aos seus fãs e seguidores.
O rapto da rede social faz parte de uma brincadeira para convocar os fãs a acessar o game, que está disponível na App Store, no Google Play ou na fanpage da marca: www.facebook.com/gendaioficial.
Para ganhar força e salvar a namorada do Akira das mãos do vilão, é preciso comer o máximo de sushis, temakis, domburis e outros pratos.
A fim de divulgar o lançamento do game, todas as lojas da rede receberão materiais de ponto de venda que trarão um QR Code com acesso direto ao game.
O Gendai Hero foi desenvolvido pela agência Agência Digi. Ao longo do ano, novas fases serão lançadas para aumentar a diversão e o desafio.
Sobre a rede Gendai
O Gendai foi inaugurado em 1992, por Robinson Shiba e Carlos Sadaki, no
Shopping Morumbi com uma proposta pioneira de uma loja de produtos japoneses
fora do circuito comercial da Liberdade, onde um sushi bar ganhava destaque
junto aos molhos orientais, bebidas importadas, utensílios de cozinha japonesa
e outros produtos desta tradicional culinária.
Com bons resultados e a receptividade, em 1994 foi concebido no mesmo shopping
um fast-food de comida típica japonesa com aceitação imediata pelo público,
devido a união de fatores que o novo conceito continha: agilidade no
atendimento, preços acessíveis e qualidade.
A rede se expandiu com lojas próprias e a partir de 1996 adotou o sistema de
franquia, sendo desde então associada à ABF – Associação Brasileira de
Franchising.
Atualmente,
ainda em franca expansão, a rede agora conta com 62 lojas nos estados de São
Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Rio Grande
do Sul, Ceará, Mato Grosso do Sul, entre outros.
Em 2007, Robinson Shiba e Sadaki resolveram unir as redes Gendai e China
in Box, dando origem ao Grupo TrendFoods, empresa 100% nacional. Hoje o grupo
tem mais de 220 unidades no Brasil.
COMO TRABALHAR NAS ALTERNATIVAS AO
FACEBOOK
(Leonardo Araujo no Adnews)
O Facebook fez 10 anos com mais de 1
bilhão de usuários ativos e, entre eles, milhões de marcas e empresas.
Em meio a notícias de uma suposta
queda de audiência na rede criada por Mark Zuckerberg, o Adnews ouviu
especialistas para saber: se minha marca quiser ir além, qual rede social deve escolher
e como se portar por lá?
Mas antes, cabe uma reflexão sobre o
atual momento da maior rede social do mundo.
O Facebook está em apuros no Brasil?
Em outros países, pesquisas revelam queda no número de adolescentes que
utilizam a rede de Zuckerberg. Entretanto, os profissionais ouvidos pela
reportagem foram unânimes em afirmar que é cedo para qualquer tipo de
desespero.
“Aqui no Brasil, ainda não vejo esse
afastamento, até porque vivemos ainda um ‘momento imaturo’ dos jovens
brasileiros na internet e no uso de gadgets de acesso”, diz Marcos Giovanella,
diretor de mídias sociais e internet da Prefeitura de Curitiba, famosa por uma
presença digital que vai além do Facebook.
“Nos meus Jobs, não vejo o
afastamento propriamente dito. Eu vejo os jovens usando a rede de Mark
Zuckerberg e também outras mídias (Instagram, Twitter, Pinterest e etc).”
“Agora, o desafio é saber qual é a
frequência de cada mídia social e o que o público busca, ou seja, o que espera
de cada mídia social”, analisa Alexandre Marquesi, professor da Escola Superior
de Propaganda e Marketing (ESPM) em redes sociais e marketing digital e
doutorando em redes sociais pela Metodista.
“Não acho que o Facebook vai morrer”,
diz Kiko Steinhoff, planejamento da Wieden+Kennedy SP. O profissional completa
refletindo que a rede que faz 10 anos nesta terça-feira “vai se moldar a uma
realidade mais sensata. Em que as pessoas voltam a não ser tão sociais assim”.
Quantas pessoas devem gerir um
perfil?
Antes de detalharmos as redes além do
Facebook, pedimos que nossos entrevistados respondessem: quantas pessoas da
agência deverão gerir a conta do cliente X? Não há resposta.
“O modelo de gerenciamento depende do
perfil da marca e de atuação. Uma marca que presta serviço, como um banco, e
tem um volume expressivo de dúvidas e de atendimento ao consumidor, precisa de
uma estrutura maior dedicada às interações essa conversa”, diz Larissa
Magrisso, gerente de conteúdo da W3haus.
Para Giovanella, “nada contra estagiários,
afinal muitos trabalham muito bem”. A questão é: a mídia social é,
provavelmente, o seu canal mais próximo com seu cliente. Sendo assim, você
precisa de um profissional maduro liderando este trabalho.
“Quanto mais multidisciplinar for a
equipe melhor. Mas isso vai depender do seu foco e do seu fôlego financeiro,
pois esses fatores sim são determinantes na montagem dessa equipe”, explica o
diretor de mídias sociais da Prefeitura de Curitiba.
As alternativas
Antes de ler os exemplos de cada
rede, tenha em mente que elas são apenas inspirações para seu cliente. “Às
vezes uma rede ainda insipiente no nosso cenário, pode fazer todo sentido se
nela estiverem as pessoas com quem a marca quer conversar”, diz Flávia
Spinelli, diretora de planejamento da LOV.
“Não se trata em escolher plataformas
por causa de audiência, mas o que a marca pode levar pra plataforma que vai
valorizar a atenção das pessoas. Quem continuar chamando pessoas de audiência
está preso a uma visão antiga de publicidade”, completa Kiko da W+K.
Sem mais delongas, vamos aos
exemplos.
Youtube
A maior rede de vídeos do mundo é
também uma das prediletas dos brasileiros. Mas será que dá para fazer um
trabalho orgânico, duradouro e de qualidade? Para Wagner Martins, da recém
lançada 301.yt, especializada em vídeos para internet, a resposta
é sim.
Numa visita ao escritório do ex-sócio
da Espalhe, o Adnews perguntou qual seria o case exemplar desta rede social.
"A melhor estratégia que eu conheço no universo digital está no
Youtube", diz Martins.
Para ele, associamos erroneamente o
site de vídeos do Google a grandes cases virais. O exemplo do CEO da 301 é uma
ação digital que está no ar, acredite, desde 2006.
A marca de eletrodomésticos Blendtec
demonstra o poder de seus liquidificadores testando o produto de uma maneira...
Inusitada.
Objetos como novos iPhones, DVDs do Crepúsculo, um iPad mini, entre outros, são
colocados num aparelho da marca (pelo próprio fundador da empresa, aliás). Daí
o nome “Will it Blend?” (algo como "Vai misturar?").
Ao longo desses anos, o canal da
marca acumula mais de 235 milhões de views e ultrapassou o número de 600 mil
inscritos. "É um cara que tritura coisas no liquidificador. Em um dia, ele
consegue gravar dez vídeos. Qual o custo desse vídeo comparado ao de Old Spice,
por exemplo?", questiona Wagner.
"Em toda a sua simplicidade ele
entrega o que a marca precisa: esse liquidificador é demais", diz.
"Ele conseguiu chegar a uma ideia extremamente simples, eficiente, legal e
multiplicável [...] Este é um exemplo a ser seguido no Youtube", analisa.
Instagram
A maior rede social de fotografias do
mundo – que também pertence ao Facebook – está cada vez mais em voga no Brasil.
Mas será que há espaço para as marcas?
A resposta é sim. E você pode ir além
de ser apenas sociável e conversar com seu público, o que não está errado é
claro, mas pensar em algo inovador pode ser marcante. Foi o que fez a Heineken
para sortear ingressos do US Open em 2013.
A ação transformou um perfil no
Instagram numa espécie de caça ao tesoruo. Em troca de ingressos para a final,
os usuários precisavam encontrar uma pessoa específica no meio da multidão.
“A ideia valeu mais pela divulgação
da inovação e criatividade da marca que na criação de uma base de seguidores no
Instagram.
Achei a ideia sensacional!”, diz Kiko, da Wieden.
Vine
Lembre-se que o Vine, a ferramenta de
vídeos curtos do Twitter, pode trabalhar interligado com o Facebook e o próprio
microblog.
Uma das ações prediletas que rolaram
por lá, na opinião de Giovanella, é o Heineken Replay. A iniciativa foi criada
para a final da Champions League e mostrava replays de gols e jogadas importantes
tendo como personagens dedos personalizados como jogadores do Bayern de Munique
e Borussia Dortmund.
Uma maneira diferente de uma marca
entrar no buzz do momento que, naquele dia, era a final da Champions.
Citar a Heineken nos dois últimos exemplos
não é coincidência. A marca, conforme explica Kiko, encontra momentos
relevantes para entregar algo a mais para as pessoas e, assim, fazer parte das
conversas.
Aliás, o case foi tão bem que o
M&M'S fez algo bem parecido no Super Bowl.
Twitter
O microblog apresenta permite
diversos usos para as marcas. Mas fique atento.
“O Twitter é fundamental pela sua natureza
aberta. Todo mundo pode escutar as ‘conversas’. As marcas precisam estar lá
para o ‘listen and responding’. Pessoas se sentem respeitadas quando ganham uma
resposta ou valorizadas quando ganham atenção das marcas”, explica Kiko.
Para Giovanella, a rede de 140
caracteres tem um papel muito importante, principalmente quando estamos falando
de SAC 2.0 e de interações mais pessoais e rápidas.
Uma ação exemplar na opinião do
profissional foi feita pela escola de inglês Red Ballon e desenvolvida pela
Ogilvy Brasil. “Alunos de 8 a 10 anos corrigiram erros de inglês de
celebridades estrangeiras”, conta o diretor de mídias sociais da Prefeitura de
Curitiba.
Tumblr
Segundo Larissa, da W3haus, o Tumblr
é uma das redes que tem mais aceitação com o público jovem, apesar de não ter
audiência parecida com a do Facebook.
De acordo com a ComsCore, a rede de
Zuckerberg ainda é a maior audiência entre os jovens de 6 a 16 anos, com 10
milhões de visitas únicas em dezembro.
“Outras redes têm muito mais
aderência com o target jovem, como Tumblr, Twitter e YouTube, mas não entregam
tanto alcance pois seu número de usuários é menor. O Tumblr, que tem uma
afinidade maior com esse target, teve um total de 1,8 milhões de visitas”,
explica a gerente.
Mas lembrando da frase do planejador
da Wieden+Kennedy --
“Não se trata em escolher plataformas por causa de
audiência, mas o que a marca pode levar” --, também vale destacar cases da rede
social famosa pelos gifs e humor.
O conteúdo audiovisual, geralmente,
faz bastante sucesso por lá. Inspire-se vendo os exemplos de divulgação
oficiais da série “The Walking Dead” e do filme “Meu Malvado Favorito 2”.
SAC 2.0
E se o seu atendimento ao consumidor
é feito por meio das redes, anime-se, você também pode se destacar. Dois
exemplos lembrados por Giovanella mostram bem isso.
O primeiro deles é do Bradesco. O
fato é sempre lembrado e aconteceu em 2011. Utilizando o Facebook, um cliente
reclamou que precisava de um cartão novo. Ele pediu informações ao banco em
forma de poema num post da rede.
“Antes que eu passe fome
Faço a solicitação
Ao meu Banco preferido
PRECISO DE OUTRO CARTÃO!"
E o Banco respondeu:
"Mauro querido cliente
Pra você ter outro cartão à sua agência
deve ir pessoalmente”
O outro exemplo aconteceu fora de uma
rede social, no canal de atendimento mesmo. O Netflix resolveu brincar de
Startrek com um de seus funcionários (veja abaixo). “É muito bom ver marcas
utilizando bom humor e inteligência no atendimento ao seu público na internet.
Isso aproxima mais as pessoas e humaniza a marca”, diz Marcos.
E depois de ver todos estes exemplos,
lembre-se: é necessário conhecer a cultura da empresa, o perfil, o público que
se relaciona e o objetivo que ela deseja para pensar como será a abordagem,
qual rede social é mais adequada e etc. "Muitas pessoas acreditam que
atuar em redes é postar conteúdo e responder seguidores, porém para um
resultado satisfatório é preciso ir além da mesmice", finaliza o
professor Marquesi.
PRÓ-CONSUMO, UM MODELO INCONSISTENTE
(Texto de Liliana Lavoratti)
O modelo pró-consumo, colocado em
prática pelos últimos governos, especialmente nos mandatos dos presidentes Luiz
Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, chegou ao limite, levando o País a se
deparar novamente com uma crise nas contas públicas, que reduz a credibilidade
em um ano atípico - de corrida presidencial. A avaliação é do especialista em
contas públicas, Raul Velloso, em entrevista ao DCI.
"O governo tem um modelo
inconsistente. Ao mesmo tempo que é pró-consumo, é pró-indústria. Pelo lado do
consumo prejudica a indústria e, para compensar a indústria, dá incentivo
fiscal que gera subsídios, desoneração, proteção, financiamentos do
BNDES", afirma Velloso.
Ele também fala das diferenças entre as
situações atuais do Brasil e da Argentina.
DCI - Qual a diferença nas dificuldades do Brasil e da Argentina?
Raul Velloso - Na Argentina, todos os
sintomas acabaram aparecendo em um modelo que se esgotou e que lá atrás
aproveitou a onda externa favorável e a capacidade ociosa para ativar a
economia e aumentar as reservas, já que as exportações permitiam isso.
Mas com política monetária e fiscal
frouxas, e usaram e abusaram do uso de recursos orçamentários para financiar
subsídios, praticar populismo. Foi um quadro de deterioração paulatina.
No Brasil, quando perdemos o modelo
cambial do Gustavo Franco, houve uma subida imensa do câmbio, depois se manteve
relativamente estável, e outro momento ruim foi em 2003, com a saída de FHC e
início do governo Lula.
O que fez a diferença em relação à
Argentina é que aqui o câmbio disparou e parou com o acordo com o Fundo Monetário
Internacional, que colocou um volume grande de recursos à nossa disposição.
Soltamos o câmbio com forte apoio do
FMI. Havia incertezas, o estoque da dívida era muito alto, mas quando o governo
Lula anunciou a manutenção do tripé da política econômica do governo FHC -
câmbio flutuante, metas de inflação e fiscal - e no mundo explodiram os preços
das commodities, que também beneficiou a Argentina, o Brasil estava melhor
preparado para receber esses benefícios todos.
Já a Argentina teve de gerar dólares
sozinha, e conseguiu administrar a situação porque os preços das commodities
ajudaram. Para o Brasil foi mais fácil pela inundação de dólares.
Até há pouco tempo o ingresso de
capitais estrangeiros no Brasil era da ordem de US$ 100 bilhões por ano em
bases anuais.
O dinheiro ainda continua entrando,
embora em volume menor. Esse fluxo de capitais externos e os preços das
commodities permitiram ao Brasil ficar com a questão cambial tranquila, como
nunca tivemos com reservas de US$ 400 bilhões. Mas é um problema que atormenta
os argentinos. As reservas passaram de US$ 57 bilhões para US$ 29 bilhões.
DCI - Lidamos melhor com a questão
externa?
RV - Sem dúvida. O nosso problema é
outro. Hoje, a Argentina vive uma crise cambial, está em vias de uma grande
desvalorização com consequências incríveis na inflação e desorganização da
economia, se não souberem fazer política macroeconômica dura - alta de juros,
ajuste fiscal, o que até agora não deram sinal neste sentido.
Tentam administrar só soltando um pouco
o câmbio para diminuir a diferença com as várias taxas no paralelo. Quanto à
desvalorização cambial: aqui a taxa de câmbio só apreciou de 2003 até 2011,
fora momentos de exceção.
O Banco Central comprava tudo o que
sobrava e acumulava reservas. Até restringiu a entrada de dinheiro. Foi uma
guerra interna no governo, com pressão para o BC desvalorizar o real.
O BC comprava, mas a entrada de dinheiro
era tão grande que isso mal conseguia segurar um pouco a queda. Chegou uma hora
que o governo disse chega, tem de desvalorizar. Mais adiante a situação externa
piorou, com o BC dos EUA anunciando o fim dos estímulos monetários.
O dinheiro saiu daqui, com a
desvalorização causada pelo mercado e não mais em função da ordem do governo ao
BC, mas pela ação do mercado.
DCI - Isso coincidiu com um quadro
mundial menos favorável.
RV - Isso foi do ano passado para cá.
Juntou a redução da abundância da liquidez com o crescimento menor no mundo. E
os preços das commodities pararam de subir.
O BC não precisou muito esforço para
depreciar o câmbio, teve até de fazer leilões diários para evitar uma
desvalorização muito grande.
Menos liquidez externa, estabilização
dos preços das commodities, deterioração fiscal no Brasil. Isso espantou o
investidor, que diminuiu o apetite por comprar títulos brasileiros por uma
razão interna nossa, não só porque lá fora tem menos dinheiro.
Os capitais vão para os EUA, para a
Alemanha. Além disso, teve a perda de credibilidade fiscal, um problema que
todo mundo pensava não existir mais aqui. Ao problema lá de fora se somou um
problema interno, ressurgindo a discussão sobre o modelo brasileiro, como na
Argentina.
O governo Lula puxou a economia pelo
consumo. Esse era o nosso modelo, que na realidade existe na maioria dos
países, pois no fundo a população pede isso e os políticos atendem.
O modelo do consumo vinha operando e os
gastos crescendo há anos, principalmente as despesas com os pagamentos às
pessoas - salários, gastos correntes em geral, programas de transferência de
renda.
Uma perna do modelo do consumo já
existia há muito tempo, Lula e Dilma só pisaram no acelerador da perna que
vinha apoiada na expansão das contas públicas.
Chegamos ao ponto de incorporar em lei o
grande aumento do salário mínimo. E veio a expansão do crédito. Do mesmo jeito
que na Argentina a capacidade ociosa e crédito limitado foram margens utilizadas
para manter a economia funcionando, aqui isso também aconteceu.
Quando Lula entrou, o crédito total era
de 25% do PIB, hoje é 50%, com novas modalidades, como o crédito consignado.
Com o dinheiro de fora invadindo o
Brasil, os juros caíram, a situação fiscal era tranquila e houve apreciação
cambial.
Um ciclo virtuoso ajudado por juros em
queda, aumento de salários e redução do desemprego. Gasto corrente maior, mais
crédito, mais emprego, mais salário, menos juros. Tudo na direção de ampliar o
consumo.
DCI - Esse modelo teve também
consequências negativas?
RV - O modelo pró-consumo teve várias
consequências, uma delas foi a apreciação real da taxa de câmbio pela entrada
de dólares e por um fator interno de apreciação real de taxa de câmbio.
É natural que os preços do setor que não
comercializa com o externo, caso dos serviços, subam em relação aos preços de
bens comercializados com o exterior.
A onda de crescimento do consumo bateu
nos serviços, que reage mais lento, pois não dá para importar para complementar
a produção interna, e é onde o governo interfere muito e atrapalha, como na
infraestrutura.
Esses investimentos ficaram parados, os
fretes sobem. Nos setores que comercializam com o exterior, basicamente a
indústria, que importa e tem competição com os importados, a reação é mais
rápida, dá para trazer de fora e os preços são dados lá fora e não aqui.
A operação da economia brasileira passou
a ter um viés na direção da apreciação cambial desde 2003. Outros fatores se
juntaram a esse viés: o aumento de preços das commodities, que ampliou o valor
das exportações, e a inundação de dólares que jogou dinheiro aqui.
A economia brasileira nesse modelo e com
o boom da economia mundial se direcionou para ter cada vez maior déficit
externo em conta corrente, mesmo com exportações crescentes.
Saímos de superávit em conta corrente
antes de 2003 e hoje temos déficit em conta corrente de 3% a 4% do PIB.
O que não é um problema no Brasil porque
a entrada de recursos externos ajudou a financiar esse buraco. Essa folga nos
recursos externos ainda permitiu ao BC acumular US$ 400 bilhões em reservas.
A poupança externa complementou nossa
escassa poupança interna. Isso passou a acontecer depois de 2003. O incrível é
que antes disso o Brasil vivia em crise, a economia brasileira teve anos de paz
e reestruturação produtiva interna. Veio a crise mundial, passamos por ela bem,
e o processo deveria continuar.
DCI - Por que não continuou?
RV - Porque os setores prejudicados na
indústria brigaram com o governo para conseguir compensação, brigaram pela
desvalorização cambial e o governo atendeu e depois o próprio mercado fez essa
desvalorização.
Além disso, o governo tem um acentuado
viés pró-consumo e pró-indústria. Isso está na raiz do PT, na visão da
presidente Dilma, de que o país sem uma indústria forte não está bem. Isso é
contra a tendência que decorre do modelo do consumo.
Ou seja, o governo tem um modelo
inconsistente. Ao mesmo tempo que é pró-consumo, é pró-indústria.
Pelo lado do consumo prejudica a
indústria e, para compensar a indústria, dá incentivo fiscal que gera
subsídios, desoneração, proteção, financiamentos do BNDES.
É uma cesta de estímulos e benefícios
que o governo começou a colocar em prática para compensar a indústria, que
redundou em uma reestruturação em grande medida decorrente do modelo
pró-consumo, mas também em função do boom mundial.
O governo sentiu necessidade de fazer um
esforço na direção oposta da tendência do consumo, no sentido de compensar pelo
menos parte da indústria prejudicada pelo modelo pró-consumo, a opção do
governo.
Uma bola de neve. Exagerou com alguns,
por exemplo, o setor de commodities não precisava de ajuda, diferentemente da
indústria têxtil e a de calçados, destruídas pela concorrência chinesa.
O governo lançou mão de mecanismos como
financiamento do BNDES, desoneração tributária, novas políticas de proteção
comercial, começou a agir no sentido de se contrapor àquela tendência natural
de favorecer os serviços e as commodities e contra a indústria menos
competitiva.
Muitas indústrias estão virando
importadoras e montadoras. Quem até três anos atrás produzia e exportava para a
China, hoje virou entreposto da China. Houve mudança estrutural contra a qual o
governo definiu ações cada vez mais pesadas visando compensar os perdedores.
DCI - E essa compensação é feita com
recursos do Orçamento. É a raiz da piora das contas públicas?
RV - Isso tudo passa pelo Orçamento, da
mesma forma que os subsídios concedidos pelo governo de Cristina Kirchner.
O boom mundial, nossa reorganização
macroeconômica, o modelo pró-consumo levou nossa economia a crescer mais, mas
foi um crescimento baseado mais em serviços e commodities do que na indústria
de transformação.
Dois indícios fortes de que a economia
brasileira foi travada por algo novo: a taxa de investimento parou de subir e a
produtividade não cresce porque está associada ao investimento.
A economia brasileira, depois da crise,
começou a dar sinais de travamento. Assim como, alguém veio e puxou o freio de
mão. Isso aparece na taxa de investimento, que tem efeito sobre produtividade,
e aparece sobre a indústria, que conseguiu crescer lá atrás apesar do modelo,
mas parou de crescer.
Não adiantaram os estímulos com redução
de tributos, a indústria ficou estagnada depois da crise e ainda hoje. No
fundo, os estímulos serviram só para manter aquele nível de produção.
O que está na raiz dessa travada,
principalmente, na indústria? A subida dos salários, a falta de avanço da
produtividade e o câmbio desfavorável à industria.
A combinação disso tudo resulta em
salários puxados pelos serviços e commodities, que repassaram aumento de
salário para os preços.
E hoje estamos com a perspectiva crescimento travada
porque o investimento não sobe mais que o PIB, a produtividade não cresce, e lá
fora os preços commodities pararam de subir.
Tudo isso do lado da oferta. Do lado da
demanda, prejudica o crescimento o fato de os instrumentos que estimulavam o
modelo pró-consumo terem perdido a força.
O crédito bateu na inadimplência, os
salários também começam a dar sinais de que não vão subir tanto, o emprego
também não avança no mesmo ritmo.
E nas contas públicas estamos diante de
uma crise fiscal e o governo terá de frear gastos correntes.
Fatores desfavoráveis do lado da oferta
e da demanda que se traduzem em perspectiva menor de crescimento da economia -
em vez de 5%, falamos de 2% a 2,5%. O sonho de retomada do crescimento caiu
pela metade neste momento. E com problema fiscal, que não tínhamos.
DCI - E hoje discutimos novamente a
necessidade de aumentar o superávit fiscal.
RV - Os superávits caíram e isso não foi
um problema porque havia espaço para acomodar essa queda. Com a queda dos
juros, caiu a razão dívida-PIB e para manter isso estável não era necessário
superávits tão grandes.
Mas chegamos ao limite. Mesmo que hoje o
problema não seja tão grave, os investidores olham as perspectivas. A partir de
agora o superávit fiscal sobe ou a dívida-PIB sobe.
A gordura já acabou e o governo está sem
credibilidade. O que importa hoje é que o superávit acalme, tem de ser no
mínimo 2% do PIB, mas de forma crível, sem cheirar à contabilidade criativa.
Esta é a razão de o governo perder
noites de sono. Tem de produzir superávit pelo menos desse tamanho e convencer
que é crível. Vai ter de mexer nas desonerações, diminuir empréstimos do BNDES,
controlar gastos. E isso, em ano de eleição.
As agências de risco não vão tirar o
investment grade do Brasil na esperança de que no começo do próximo governo
ocorram muitas mudanças. Não haverá a desculpa de falta de clima político.
PLANEJAMENTO E GESTÃO DE MÍDIA ONLINE
Trabalhar com mídia online é uma atividade complexa
que envolve o conhecimento do cardápio digital, a negociação entre anunciantes
e veículos, a escolha entre diversos formatos disponíveis e, principalmente, a
capacidade de planejar as campanhas com foco em um público alvo ideal.
Sabendo disso, o IAB Brasil e a Jump Education
desenvolveram um Training Program para profissionais que já atuam ou tenham
interesse em atuar com estratégias em mídia social, marketing digital e mídia
online, seja em agências, empresas anunciantes ou veículos. O curso será
realizado nos dias 14 e 15, das 8h30 às 18h, no StationLab – Centro de
Treinamentos.
Desenvolvido para estimular o participante a buscar
soluções de forma criativa e ao mesmo tempo fundamentadas no conhecimento do
veículo, do formato e do público a quem direcionar as ações, o curso de
Planejamento e Gestão de Mídia Online será ministrado profissionais
reconhecidos no mercado como Fred Pacheco, Especialista em Mídias Digitais,
Gustavo Reis, Gerente de Mídias Digitais Tecnisa e Heloisa Lima - Diretora
de Mídias Interativas DPZ Propaganda.
A parceria entre IAB e Jump Education é uma das
iniciativas do pilar de educação da entidade, que tem como objetivo aprimorar o
nível de qualidade dos profissionais do mercado por meio de cursos e
treinamentos nos formatos E –learning, In Company e Webinars, além da
elaboração de E-books. Com essas iniciativas, o IAB Brasil oferece uma visão
360º do marketing digital a alunos e associados. (Redação Adnews)
COMO BAIXAR O PAPER DO FACEBOOK NO BRASIL
Muitos brasileiros aguardam a chegada do Paper,
aplicativo do Facebook que muda o jeito de ler o newsfeed, ao Brasil.
Entretanto, inicialmente o serviço está disponível
apenas para usuários de iPhone e exclusivamente na App Store dos Estados
Unidos.
Entretanto,
algumas pessoas já descobriram uma maneira de driblar esse bloqueio e baixar o
app. A revista INFO fez os testes e conseguiu acessar o Paper.
O primeiro passo é reconfigurar a conta do iTunes
para que a Apple identifique o dono do aparelho resida nos Estados Unidos.
Para isso, é preciso abrir a App Store deste
aparelho e clicar em “Featured”. Em seguida, basta rolar a tela até o fim e
clicar no botão Apple ID.
Depois de digitar a senha, basta modificar o país e
concordar com os termos de uso. Depois dessas alterações basta baixar e
usar o aplicativo.
De acordo com informações da revista INFO, “o
programa traz os conteúdos noticiosos de todas as páginas curtidas pelo usuário
na rede social, mas também traz atualizações de status”. (Redação Adnews)
TENDÊNCIAS
QUE MOVIMENTARÃO O MERCADO DE TVs CONECTADAS
(Artigo encaminhado
pela Opera Software ASA)
Sua TV ficou muito mais inteligente com as
Smart TVs invadindo salas do mundo inteiro.
A decisão de conectar sua TV com a Internet é uma
tentativa de atender a todas suas necessidades de entretenimento em uma única
tela, com aplicativos, navegação e acesso às músicas e vídeos mais
recentes.
Hoje, o telespectador pode acessar tudo isso com
seu controle remoto - e o futuro promete ainda mais em termos de conteúdo e
interação com a Internet. Aneesh Rajaram, responsável pela área de TV da Opera
Software, conta suas 5 previsões para as Smart TVs em 2014.
1. Vídeos da Internet, agora na TV
Um número cada vez maior de pessoas que possuem
Smart TVs devem conectar suas TVs à Internet em 2014, e a demanda por conteúdo
- especialmente vídeo - deve aumentar muito.
"A primeira previsão para Smart TVs em 2014
faz mais sentido: as pessoas devem passar mais tempo assistindo vídeos através
de aplicativos da TV, além das transmissões de programação normal",
explicou Rajaram.
Entre pessoas com TVs conectadas, a categoria mais
assistida de conteúdo online é de vídeo.
"Os usuários de Smart TVS acessam aplicativos
de música, jogos e mídia social, mas a demanda por filmes, séries,
clipes e vídeo gerado pelo usuário deve crescer a um ritmo acelerado em
2014".
Os consumidores que gostam de assistir vídeos da
Internet em seus celulares e tablets devem migrar para a TV para assistir o
mesmo conteúdo na maior tela da casa, ou seja, essas pessoas devem passar mais
tempo em frente da TV.
A disponibilidade de conteúdo web de maior
qualidade deve aumentar o número de Smart TVs conectados com a Internet e os
provedores devem simplificar o processo de descobrir e navegar por esse
conteúdo.
2. Aplicativos de TV ganham relevância e serão
usados
Aplicativos secundários e de segunda tela, que
permitem usar o tablet ou smartphone para controlar a TV, já foram muito
comentados.
Mas, pesquisas com telespectadores continuam
mostrando que quando as pessoas procuram seus telefones durante seu show
favorito ou partida de futebol, é para checar seu email ou mídia social - e não
para usar aplicativos relacionados ao programa.
"A maioria das Smart TVs já oferecem
aplicativos independentes, mas em 2014 esses aplicativos devem fazer parte da
programação e se adaptarão ao conteúdo, capturando a atenção do usuário na
tela", disse Rajaram.
"A experiência pode ser integrada e intuitiva.
Os reality shows podem incluir informações para realizar uma votação através da
tela.”
“Filmes podem mostrar sua classificação ou as
biografias do ator com apenas um clique do controle remoto - sem olhar para o
celular."
3. Propaganda e interatividade
Será que as propagandas de TV são realmente úteis?
A Opera Software acha que sim.
Além de mais interatividade com TVs conectadas, as
propagandas devem oferecer mais interatividade através das conexões com a
Internet e a adoção de HTML5.
"Um anúncio para um show de música poderia
mostrar uma camada de informações com o número de ingressos disponíveis em
tempo real, ou uma propaganda de uma pizzaria local poderia incluir uma opção
de realizar um pedido - tudo a partir da tela da TV", disse Rajaram,
"Isso deve aumentar a relevância dos anúncios,
facilitando acesso aos produtos que o telespectador realmente quer de uma
maneira mais relaxada, sem usar outros dispositivos."
4. Mais escolha, mais conteúdo
Hoje, as TVs ou dispositivos com a
tecnologia streaming são os principais portais trazendo conteúdo da
Internet para a sala. Em 2014, as operadoras de TV paga, emissoras e redes de
TV devem participar dessa tendência também.
"As pessoas terão muitas opções para acessar
conteúdo da Internet através das suas TVs, e uma variedade muito maior de
conteúdo", disse Rajaram.
As pessoas serão incentivadas a comprar e conectar
mais dispositivos em diferentes salas das suas residências, e elas devem exigir
uma experiência consistente entre esses dispositivos - para encontrar seu
conteúdo preferido em qualquer tela, e a qualquer hora.
5. Smart TVs mais acessíveis
Uma boa notícia para as pessoas que acham o preço
das últimas Smart TVs um pouco salgado. As vendas de TVs de porte médio e
pequeno devem crescer muito em 2014, criando ainda mais demanda por conteúdo
online para Smart TVs.
"O mercado de Smart TVs deve refletir o
mercado de celulares, onde as pessoas já exigem que até os dispositivos mais
básicos incluam recursos 'inteligentes'", disse Rajaram.
"O grande aumento do número de Smart TVs
vendidas, o tamanho do público e o número de regiões que participam desse
público deve gerar ainda mais demanda por conteúdo relevante.”
“As emissoras e os provedores de conteúdo
precisam agir rapidamente para servir esse público crescente com mais entretenimento
online."
COMUNICAÇÃO
RECEBEU R$ 112,6 BI COM PUBLICIDADE
Como faz todos os anos, a pesquisa Monitor
Evolution, do Ibope, computou os números de investimentos publicitários nos
meios de comunicação em 2013.
Como era de se esperar, novamente a TV aberta foi o
meio de comunição que recebeu a maior verba de propaganda no Brasil em 2013, o
que resulta num montante total de R$ 59,5 bilhões, crescimento de 16,1% com
relação ao ano de 2012.
Na sequência, depois da TV aberta, que possuí 53%
de participação nesse bolo, está o Jornal, com R$ 18,4 bilhões (16% de
participação), em seguida a TV por assinatura, com R$ 8,6 bilhões (8% de
participação) e apenas depois vem a Internet, com R$ 7,3 bilhões (6% de
participação).
O veículo que apresentou maior evolução de
investimentos foi o Cinema, que recebeu R$ 377 milhões em propaganda,
crescimento de 20,4%. Cabe observar, porém, que o cinema recebe menos de 1% do
total de investimentos, o que faz com que qualquer diferença resulte num
percentual mais expressivo.
O único que registrou queda, de acordo com os
números do Ibope, foi o meio Revista, que recebeu um investimento total de R$
6,9 bilhões em 2013, 4,2% menos que no ano anterior.
O novo apontamento do Ibope também computa agora os
investimentos em “merchandising na TV”, que resultaram num total de R$ 5,9
bilhões (5% de participação). É a primeira vez que o meio entra na lista.
Por fim, vale a pena relatar também o bom
crescimento do rádio, que registrou investimentos publicitários na ordem de R$
4,7 bilhões, um avanço de 12% em 2013, com relação ao ano anterior.
PROFISSIONAIS
EXPLICAM ÁREAS DE AGÊNCIA DE PUBLICIDADE
(Texto de Leonardo Araujo)
O publicitário Cleyton Jackson resolveu explicar as
áreas de uma agência de publicidade em seu TCC. Seu objetivo era ajudar os
alunos que ainda não "acharam seu lugar" na profissão.
Agora, depois de formado e aprovado com nota 10, o
rapaz está divulgando seu projeto para o público via Youtube.
"Fiz 5 vídeos (Redator, Diretor de Arte,
Atendimento, Mídia, Proprietários) e estou soltando um por semana", conta
ao Adnews.
Os vídeos foram gravados entre setembro e novembro de 2013.
"Enviei o convite para mais de 200
profissionais e minha maior dificuldade foi encontrar Diretores de Arte com
coragem de falar", confessa Jackson.
Para editar o Trabalho de Conclusão de Curso, o
rapaz precisou usar o computador da faculdade. "Não tinha um computador
capaz de editar os vídeos", diz.
Segundo Jackson, que atualmente está "entre
empregos", alguns professores, até de outras faculdades, já pediram o DVD
e falaram que vão usar seus documentários em sala de aula. "Isso foi um
dos meus objetivos", diz.
O rapaz agora está formado em Publicidade e
Propaganda pela FAESA (Faculdades Integradas São Pedro). O professor que
orientou seu trabalho foi Marcelo Castanheira.
Não é o primeiro TCC que ganha visibilidade. Vale
lembrar outros dois trabalhos: um quis reformular a marca Dolly e outro exibia
a rotina publicitária utilizando o bom-humor.
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