Mas, quase sempre, no inexplicável e
injustificável histórico e conceitual confronto entre Criação e Atendimento,
percebia uma certa vantagem (hierárquica, numérica e sagaz) do pessoal da Criação nas
justificativas, ponderações e decisões que permeavam os conflitos.
Da série de
situações e humilhações presenciadas, a ideia de que a força das palavras, tão
bem usadas por eles, trazia, no seu bojo, algo de místico e sobrenatural,
levou-me a raciocinar e escrever, ainda que metaforicamente, esse texto, quando
percebo que o Atendimento/Planejamento anda esquecido nas agências – embora,
nos dias atuais, sua presença e importância nas agências seja incontestável.
Cheguei à
conclusão de que há em todo criativo um certo quê de criador, e, talvez, seja
exatamente por isso que pequena – mas significativa – parcela destes ainda não
consiga, humanamente, conviver com esse dom e sinta-se um semideus, e, como
tal, cego às humanas necessidades.Donos de inegável talento, com o passar do tempo, alguns deles transformaram-se em insensíveis seres diante das ponderações e necessidades dos simples mortais, principalmente os do Atendimento (pragmáticos, realistas e antenados ao tempo presente), desconhecendo o talento deles, não dando créditos, consideração ou respeito ao seu trabalho.
Chegaram ao ponto de, criadores que são, extinguirem suas atividades, declarando com voz de dragão: “Desfaça-se o Atendimento!”. E tantas agências sumiram na poeira dessa declaração.
Insensíveis e, às vezes, arrogantes, coisas típicas dos (semi)deuses, trafegam no limiar entre o amor, o respeito e o ódio daqueles que os cercam. No seu “Olimpo”, não vislumbraram a passagem do tempo terreno, ou, quem sabe, viajaram além do seu tempo, criando, recriando, copiando ou inventando o óbvio. Esquecendo-se de que para uma Comunicação, cada vez mais estratégica, planejar e atender bem é fundamental.
Não existiriam os Leões e os Colunistas sem prévio Planejamento de inscrições. Certo?
Grandes agências dependem de bons criativos, sem dúvida, mas não só deles. Alguém tem que fazer as compras, produzir, atender e planejar. Bons criativos têm, obrigatoriamente, que ter talento. O talento pode até ser dom divino, mas não é exclusivo da Criação.
Pela lógica cega de alguns criativos-deuses, os
criadores criaram os criadores e, assim sendo, o mundo é uma agência
de marketing promocional que tem
fracassado na venda, tem problemas no Atendimento, não consegue produzir nada,
mas cria que é uma beleza.
No dia do Apocalipse, no encontro dos deuses,
submetidos ao chefe, quando da remissão de todos os males, só os verdadeiros
talentos vão ganhar o Gran Prix. Ou seja, aqueles que melhor
atenderam e planejaram o futuro de suas criações, nesse sentido, dirão:
“Faça-se o Atendimento e o Planejamento!” E eles se farão. (Tony Coelho, no Promoview)
BAND ANTECIPA PROGRAMAÇÃO
Sete meses após anunciar sua programação para o ano de 2012, a Band se antecipa ao mercado e mostra quais serão suas principais atrações para o próximo ano. A emissora também aproveitou para revelar a parceria firmada com o UOL, que passa a distribuir todo o conteúdo produzido pelo portal Band (que congrega todas as empresas do Grupo Bandeirantes de Comunicação nos meios TV, rádio, jornal e out of home).
Em relação à programação, a necessidade de comercializar as
cotas da Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014 pode ter sido
o grande motivo da emissora já colocar na lista dos anunciantes o que terá para
oferecer às marcas e produtos. Um fato prevalece semelhante a este ano: a Band
continuará apostando no tripé entretenimento-jornalismo-esportes.
Pelas atrações prometidas, entretenimento deve ser a principal
força. A área começou a ganhar força dentro da emissora nos últimos anos e se
intensificou agora em 2012. Boa parte do crescimento de 38% previsto neste ano
— número revelado por Marcelo Mainardi, diretor executivo comercial da Band —
deve-se aos programas dessa linha. “Pânico na Band”, por exemplo, que estreou
na casa no mês de abril, após quase uma década de RedeTV!, aumentou em cinco
vezes a audiência das noites de domingo. “Quem fica em pé?”, o game show de
José Luiz Datena, em três vezes.
A emissora também cresceu 12% no prime time (18h às 0h) no ano
em todo Brasil, e 21% em São Paulo, na mesma faixa de horário. Para 2013, além
de novas temporadas das duas atrações e dos sucessos “CQC”, “Agora é tarde” e
“A liga”, entram na grade as séries “Walking dead”, “24 horas”, “Roma” e
“Julius Cesar”. “Mulheres ricas” também terá uma nova temporada, com 12
episódios a partir do dia 7 de janeiro, assim como “O mundo segundo os
brasileiros”, que estreia no mesmo dia, com previsão de 13 episódios. Eventos
como “Band folia” (a transmissão dos Carnavais de Salvador, Recife e Olinda),
“Miss Universo”, “Miss Brasil” e “Miss São Paulo” também estão confirmados.
Esportes
Falando de esportes, o futebol, como não poderia deixar de ser,
continua sendo prioridade na grade da Band. Em 2013, além dos campeonatos
estaduais de São Paulo e Rio de Janeiro, Copa do Brasil, Sulamericana e o
Brasileirão, a novidade é o Campeonato Brasileiro da Série B.
Porém, a grande expectativa é em relação a Copa das
Confederações, torneio que a Fifa organiza sempre no ano anterior da Copa do
Mundo e que irá reunir seleções como Itália, Uruguai, México, a atual campeã do
mundo Espanha e o Brasil, sede do torneio. Segundo Mainardi, os patrocinadores
oficias da Fifa tem até o próximo dia 23 para decidirem se irão comprar as
cotas de patrocínios oferecidas pelas emissoras que irão transmitir o evento
(Band e Globo). “Após disso, as cotas são abertas ao mercado”, disse, sem
revelar números.
Já para a Copa do Mundo, as cotas serão abertas em dezembro. “Os
patrocinadores da Fifa terão 10 semanas para adquirirem. Depois, daremos um mês
para os patrocinadores da Band na Copa de 2010, compromisso que firmamos com
eles na ocasião. Se ainda assim não forem preenchidas, estarão abertas ao
mercado”, afirmou. Caixa, Casas Bahia, Itaipava, Petrobras, Samsung e
Volkswagen foram os cotistas do mundial da África do Sul, que ainda teve a
Embratel com o top de cinco segundos e a P&G, por meio da Gillette, com
ação especial. (Propmark)
RONCO
PODE DAR PRÊMIO
Pela
segunda edição consecutiva, a agência Luminas foi escolhida para
criar e coordenar a campanha do Salão do Automóvel, evento que reunirá mais de 750 mil
visitantes em São Paulo no período de 24/10 a 04/11.
“O Salão do Automóvel deixa fãs ansiosos durante
dois anos. Quanto mais perto do evento, maior é a expectativa. E durante a espera,
tudo passa a lembrar carro”, comenta Ricardo
Chamma, diretor da Luminas.
Pensando nisso, a agência criou a ação
promocional “Meu ronco é uma
máquina”, que consiste em gravar um vídeo de algum amigo ou parente que
ronca como um motor e postar no YouTube para
concorrer a prêmios.
O primeiro
colocado ganhará um par de convites do Salão do Automóvel e um par de
credenciais para a Corrida do Milhão no HC, além de uma volta pelo circuito da
Stock Car. O segundo e terceiro colocados ganharão um par de convites para o
Salão do Automóvel. (Promoview)
5º. CONGRESSO INTERNACIONAL DE INOVAÇÃO A 5ª edição do Congresso terá como temas principais Economia Criativa, Educação, Criatividade e Tecnologia na Construção do Futuro e na Geração de Riquezas. Estes temas irão abordar assuntos como a Indústria Criativa, Conectando Ideias para criar Inovação e a Influência do Consumo Colaborativo na Indústria.
Durante os dois dias do evento será discutido como as novas
tendências em negócios podem gerar mudanças na configuração industrial. Assim
como, o que ocorre quando a conectividade gera inovações na forma de
comercialização, entrega e produção de serviços, exigindo um novo perfil de
profissionais e de organizações.
UM RAIO X DA MULHER BRASILEIRA
Para
entender o boom provocado pelas mulheres no mercado de consumo e de trabalho
nos últimos anos, a agência buscou se aprofundar em aspectos sobre como elas se
relacionam com os diversos segmentos de consumo, além de seus hábitos de
consumo e assuntos de interesse.
“Cada vez
mais as mulheres são as protagonistas no mercado de consumo no Brasil”,
justifica Lilian June, diretora de mídia da Artplan. A executiva explica que o
objetivo do Artplan Mídia — com edições periódicas no decorrer do ano — é
compartilhar informações relevantes de pesquisas e análises de temas que sejam
de interesse do mercado anunciante, veículos e profissionais de comunicação.
“Os anunciantes que quiserem aproveitar este momento terão um maior valor
agregado à marca. É uma oportunidade de se relacionar e construir uma história
com esta mulher, de olho no investimento atual e no futuro”, diz Lilian.
A
executiva ressalta que as mulheres estão no mercado de trabalho investindo seu
dinheiro, sobretudo, em segmentos como educação, beleza e moda. “Elas são
decididas na hora das compras e economicamente ativas”, pontua. Por isso, a
diretora de mídia da Artplan destaca que o boom das mulheres reflete a
importância que esse universo feminino significa para o consumo. “Aprofundar os
conhecimentos do universo feminino é fundamental para as marcas se relacionarem
com ele”, indica.
Segundo a
executiva, a Artplan tem uma expertise grande em retratar o universo feminino,
já que cria campanhas para clientes muito focados nas mulheres há muitos anos,
como Niely e Leader. A agência trabalha com um perfil de consumidora brasileira
concentrada nas classes BC, sendo 47% com idade entre 25 e 49 anos. No
Artplan Mídia sobre “Comportamento feminino”, a agência traz ainda dados da
pesquisa do Instituto Data Popular, realizada no primeiro trimestre de 2012. O
estudo aponta que as brasileiras poupam para consumir e que mais da metade usa
o dinheiro para investimentos pessoais ou para compras à vista. A previsão é
que as mulheres movimentarão R$ 738 bilhões este ano. (Propmark)
ONDE O BARULHO DAS RUAS SE TRANSFORMA EM LUZ
Instalações artísticas públicas estão surgindo pelas ruas de Nova York, e a mais recente se encontra no Gowanus Expressway na Hamilton Avenue, em Red Hook, Brooklyn. A equipe dedesigners urbanos da Artist Build Collaborative ouviu as reclamações dos vizinhos sobre o viaduto.
Segundo eles,
não é somente um dos lugares mais movimentados e barulhentos, mas também muito
escuro e perigoso para passar.
Valeria Bianco,
diretora de Criação da Collaborative,
relata a sua experiência no local: “Nós percebemos que, enquanto andávamos, mal
conseguíamos falar um com os outros e estava realmente muito escuro. Então,
tivemos a ideia de criar alguma coisa positiva partindo do negativo, e
conseguimos”.
O projeto, chamado de Silent
Lights, consiste em seis portas coloridas feitas de
aço e alumínio. O metal é perfurado, de modo que a luz solar pode atravessar
durante o dia. À noite, as luzes de LED pulsam de acordo com o barulho. Quanto
mais alto for, mas intensamente a luz brilha. (Promoview)
A 68ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa
reuniu líderes políticos e da imprensa
de diversos países do continente para debater o papel do jornalismo e a
importância da liberdade de expressão na garantia de uma sociedade democrática.
Essa é a terceira vez que o evento acontece no Brasil, sendo que a primeira e a
segunda aconteceram em 1975 e em 1991.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu a liberdade de
expressão como direito fundamental e que uma imprensa livre é a condição para
que esse direito seja exercido. “Em termos concretos, não existe sociedade
livre e democrática sem liberdade para as pessoas se expressarem”, afirmou.
Cardoso chamou a atenção para o que classificou de ressurgimento na América
Latina de um discurso autoritário contra a imprensa e da defesa de uma imprensa
estatizada, que se manteria com recursos do Estado e não com a credibilidade de
suas informações. “Se não houver informação livre, não há ‘eu’ livre”, disse.
Com um discurso duro, o ex-presidente peruano Alan García criticou as
crescentes investidas de governos latino-americanos, principalmente de Equador,
Venezuela e Argentina, aos meios de comunicação, em uma estratégia de
desmoralização dos veículos de imprensa. Se antes cabia às ditaduras usurpar o
papel dos meios jornalísticos, a tática hoje é acusar os veículos de serem
puramente serviçais de grupos econômicos, afirmou. “É uma estratégia claríssima
de usar uma linguagem agressiva e grotesca, de forma que a população veja o
discurso como um enfrentamento ao grupo econômico, e não ao direito à
liberdade”, analisou.
Segundo ele, isso tem acontecido cada vez mais em “democracias
imperfeitas”, países onde o “estatismo” tem aumentado. Para ele, a forma de
reverter o cenário é defendendo os valores básicos da comunicação. “Parece que
as ditaduras é que permanecem, mas é a liberdade de expressão que continua para
sempre, porque é um direito essencial”.
García rebateu o argumento de que a imprensa hegemônica precisa ser
controlada e argumentou que a forma natura de acabar com megacorporações na
mídia é pela livre-concorrência. “Ninguém pensa em controlar a igreja católica
porque ela é hegemônica”, comparou. “O que temos que aprender é que quanto mais
se acumula, mais o império enfraquece. Todos os grandes impérios e filosofias
hegemônicas ruem”, disse.
Mais cedo, em debate sobre a atuação de jornalistas na América Latina, o
editor geral do jornal argentino Clarín, Ricardo Kirschbaum, criticou duramente
a presidente Cristina Kirschner pelas leis de controle à imprensa baixadas
naquele país. O Clarín poderá perder uma de suas concessões no dia 7 de
dezembro, quando entra em vigor a Lei de Los Medios, que limita o número de
concessões de TV e de rádio de um mesmo grupo de comunicação, decreto baixado
em 2009. “A política em curso na Argentina é de usar o Estado para minar a
credibilidade dos veículos, destruir a reputação dos publishers”, disse. “Não
se debate a mensagem publicada, apenas se alardeia contra o mensageiro,
desqualificando-o”, afirmou. (Propmark)
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