Podemos dar um zoom out e analisar as redes sociais sob diversos aspectos. Em um primeiro momento, como uma ideia que surgiu dentro de um dormitório de Harvard, onde o judeu neoliberal Mark Zuckerberg criou uma das empresas mais inovadoras do mundo, e que recentemente contratou o multipremiado arquiteto Frank Gehry – responsável pelo emblemático edifício do Museu Guggenheim de Bilbao – para desenvolver o projeto de expansão da sede de sua empresa em Palo Alto. Ao mesmo tempo que as ações da empresa sofrem uma certa turbulência, Zuckerberg encomendou um conjunto que ocupará um terreno de 90 mil metros quadrados, na área conhecida como Menlo Park, onde está o quartel-general da gigante das redes sociais. Zuckerberg concebeu o Facebook para conectar as pessoas entre si? Eu prefiro acreditar que não.
Podemos também analisar as redes sociais como meras plataformas mercadológicas onde as marcas criam, nada mais nada menos, do que mais um ponto de contato com seus consumidores e demais públicos de interesse. A partir do momento que uma empresa decide criar um fanpage ou um perfil no Twitter, precisa ter ciência de que está abrindo a guarda, pois acaba de deixar escancarada uma porta “digital”, ou seja, um porta online, mais nefrálgica, mais exposta e mais mensurável. Ela acaba de criar um “touch-point” tão importante quanto o seu 0800, tão importante quanto o balcão de sua loja ou um anúncio publicitário, e até mesmo tão importante como a forma que se relaciona com um fornecedor. Afinal tudo comunica a marca. Quer expor sua marca nas redes sociais? A receita de bolo é: prepare-se, capacite-se, planeje e crie um processo, atue de forma relevante e muito, mas muito criteriosa.
Por fim, pode-se analisar as redes sociais como esses novos ambientes digitais onde se constroem jogos discursivos e narrativas envolventes. O magnetismo criado pelas redes sociais é intenso pois no mundo online não há todas as exigências do mundo real, certo? Ligar para dar parabéns a cada um dos meus sete aniversariantes custa dinheiro, tempo e disposição. Prefiro escrever um “parabéns e tudo de bom” e viva o Ctrl+C e Ctrl+V! Há quem prefira nem ligar e nem dar parabéns via Facebook, e simplesmente “curte” a mensagem de parabéns de um terceiro. Assunto resolvido!
Nesse novo ecossistema digital, todos tendem a criar um discurso narcísico, afinal a troco de quê eu deveria expor nesses espaços que eu estou triste, que terminei meu namoro ou então dizer que aquele novo emprego que consegui não vai nada bem. Muito pelo contrário, nesses novos espaços digitais minha vida é bela, estou sempre jantando em lugares transados, as minhas piadas e frases clichês são as mais originais e a minha filha vestida de caipirinha é a mais bonitinha do bairro. Todos estão fazendo vigília sobre tudo que posto, publico e compartilho.
Há quem tenha adotado recentemente o chamado “detox digital” ou processo de desintoxicação digital, afinal essas coisas viciam e ceifam nossa atenção durante boa parte do dia, certo? Uma conhecida minha me relatou recentemente que saiu do Facebook. Ela me relatou o que eu já suspeitava: quando você pede para sair, a rede social não mata sua conta e te dá a opção de deixá-la adormecida. Você pode voltar quando bem entender, como se nada tivesse acontecido. O problema é se você sair do Facebook e ninguém perceber!
Todo mundo está no Facebook hoje, certo? Errado! Cerca de 30% da população brasileira usa a rede. Recentemente, em uma rápida sondagem que fiz em uma sala de aula que leciono, perguntei a todos: “Quem não usa Facebook?”. Cerca de dez estudantes levantaram a mão. Uma das justificativas foi: o Facebook é muito chique. Parei para pensar e conclui que eles têm razão. O “look-and-feel” do Facebook é azul e na teoria das cores azul é nobreza. O próprio nome “Facebook” é um rebuscado termo estrangeiro. Já outra parcela dos alunos disse preferir a fazendinha do velho e bom Orkut.
Detox digital? Obrigado, mas ainda não. Afinal, como é que eu iria divulgar esse texto sem o meu Facebook? (Marcos Hiller (@marcoshiller), coordenador do MBA de Marketing, Consumo e Mídia Online da Trevisan Escola de Negócios no Portal da Propaganda).
Abertas
as inscrições para o 5º Fórum Nacional de Museus (FNM), que será
realizado entre os dias 19 e 23 de novembro, no Sesc Quitandinha, em Petrópolis
(RJ). Interessados em participar podem se inscrever, até 9 de novembro,
na página do FNM.
Estão
previstos 8 mini-cursos, 8 painéis e 3 conferências, além de apresentação dos
trabalhos inscritos para as comunicações coordenadas (espaço de intercâmbio de
pesquisadores com apresentação de trabalhos inscritos), do encontro dos Pontos
de Memória e de programação cultural com exposição e apresentações musicais.
NEW YORK TERÁ VERSÃO BRASILEIRA
O Ceo do jornal New York Times, Arthur Sulzberger Jr, anunciou ontem,
durante apresentação na 68ª Assembleia da Sociedade Interamericana de Imprensa
(SIP), o lançamento de uma edição digital em português do periódico no segundo
semestre de 2013. A vinda do jornal norte-americano ao país faz parte do
processo de expansão do NYT, que aposta na distribuição online para reforçar
sua presença em diversos mercados. “O futuro das empresas de jornal é serem
cada vez mais globalizadas e digitais”, disse o executivo, em sua primeira
visita ao país.
Recentemente, a companhia lançou uma edição em mandarim, na
China, e o jornal projeta que o resultado alcançado naquele país, com a adesão
de anunciantes de diversas categorias, seja também alcançado no Brasil. “Nós
acreditamos que o Brasil é um dos países mais importantes do mundo, com sua
população numerosa, e recém-anunciado a sexta maior economia do mundo”,
apontou. Já sobre os problemas envolvendo bloqueio de reportagens pela censura
do governo chinês, o ceo disse não esperar o mesmo do Brasil. “Aqui há uma
vibrante democracia”, pontuou.
A princípio, haverá cerca de 40
profissionais trabalhando para a edição brasileira, que terá entre 30 a 40
artigos por dia produzidos para o mercado local, além de duas histórias
traduzidas diariamente. Até o momento, o NYT possui parcerias com os jornais
Folha de S.Paulo e O Globo, que reproduzem matérias publicadas na edição
norte-americana.
O jornal contabiliza atualmente dois
milhões de assinantes ao redor do mundo, sendo que um terço desse total está
fora dos EUA. Ao isolar apenas os assinantes da versão digital, o periódico
soma 500 mil leitores e afirma que esse grupo é o que mais cresce.
“Evidentemente, a trajetória dos assinantes de digital é de aumento”, disse
Sulzberger. Os quatro países onde o jornal mais tem leitores, além dos EUA, são
Canadá, Reino Unido e Austrália. Já a audiência em mobile vem, principalmente,
de EUA, China, Canadá, Coréia do Sul e Japão.
O NYT é o
segundo a anunciar aproximação com o mercado brasileiro. Há duas semanas, o
britânico Financial Times passou a imprimir sua versão americana no país,
também argumentando que o desenvolvimento da economia brasileira justificava o
reforço de sua distribuição local. Ainda assim, a publicação optou por manter o
conteúdo em inglês.
O diálogo do NYT com agências e
anunciantes do país já está em curso. Nesta terça-feira (16), Sulzberger irá
apresentar o projeto da edição digital em português ao mercado publicitário.
“Agora é o momento de investir no Brasil”, disse. (Propmark)
REVISTAC ELETRÔNICA CONVOCA
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O periódico Caderno Virtual de
Turismo está convidando pesquisadores,
professores e pós-graduandos para a submissão de artigos na edição especial
dedicada ao tema Turismo em Fortificações.
O CVT é um periódico científico do Instituto Virtual de Turismo (IVT-RJ) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) dedicado à divulgação eletrônica de artigos originais e resenhas críticas de estudos voltados para o debate do turismo como vetor de desenvolvimento social. Esta edição tem o propósito de incentivar a troca de experiências e a divulgação de iniciativas sobre as políticas, teorias e ações dos pesquisadores, gestores e técnicos em fortificações, estimulando a sociedade ao conhecimento, valorização e preservação desse patrimônio histórico e cultural. A edição especial Turismo em Fortificações é uma contribuição do CVT ao 8º Seminário Cidades Fortificadas e 3º Encontro Técnico de Gestores em Fortificações, que será realizado entre os dias 22 e 26 de outubro, no Forte de Copacabana – Rio de Janeiro (Brasil). O seminário, que tem como um de seus objetivos principais apresentar um panorama das ações desenvolvidas nos diversos fortes e fortalezas espalhados pelo mundo, é uma iniciativa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Espacio Cultural Al Pie de la Muralla, com a realização e organização este ano a cargo da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército Brasileiro (DPHCEx). Os textos para o CVT podem ser enviados até dia 12 de novembro para o endereço: http://www.ivt.coppe.ufrj.br/caderno/index.php?journal=caderno&page=about&op=submissions#onlineSubmissions Detalhes: http://www.ivt.coppe.ufrj.br/caderno/index.php?journal=caderno&page=announcement&op=view&path%5B0%5D=12 Informações sobre o 8º seminário estão disponíveis no site: www.8seminariocidadesfortificadas.blogspot.com.br |
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