Para quem foi
criança na década de 70, a historia às vezes parece ser uma combinação de
longos períodos de frustração com curtas épocas de otimismo. As crianças da
década de 70, ao mesmo tempo assistiram o milagre; e ouviram os murmúrios dos
protestos sufocados pela ditadura.
Ser uma potência,
ensinava-se às crianças, era apenas questão de tempo. Mas este tempo nunca
chegou. É a geração que nasceu no país do futuro, mas que conheceu somente a
dura realidade do presente.
Um dia, lá pela
década de 80, estas crianças cresceram e viraram adultos. Descobriram que, ao
contrario do que havia sido prometido na infância, a prosperidade não lhes
aguardava. Encararam a dura realidade de que a conta pelos excessos e erros da
década e da geração passadas deveria ser paga. Foi época de desemprego, da
década perdida, de hiperinflação, de planos econômicos, de greves.
Já crescidas, as
crianças da década de 70 depositaram suas esperanças no fim da ditadura somente
para viver a frustração da morte do primeiro presidente civil antes mesmo de
tomar posse. Sufocada pela hiperinflação, acreditou e defendeu congelamentos e
receitas econômicas exóticas, somente para viver momentos de euforia seguidos
pela dor do fracasso.
Veio o fim da
década de 80 e, com ele, a esperança voltou com as eleições diretas para
presidente. Foi então a vez de sofrer com o confisco do dinheiro. Valeria a
pena, diziam, se este sacrifício realmente acabasse com a inflação. Não acabou.
E junto com a inflação, voltou a frustração e distanciou-se esperança. E a
decepção culminou no impeachment de um presidente da República.
Os anos 90 foram de
trabalho duro para controlar finalmente a inflação. Trabalho duro que,
esperava-se, um dia seria recompensado com crescimento alto e sustentado,
combinado com melhores oportunidades. A inflação foi controlada, mas a recompensa
não chegou.
Com a chegada do
milênio, esta geração apostou em outras soluções, politicas e políticos. A
esperança, que talvez tenha vencido o medo no começo do novo século, se
degenerou em frustração e decepção, misturadas com alguns poucos intervalos de
prosperidade.
Hoje, já nem tão
jovens, as crianças da década de 70 continuam a buscar o futuro brilhante que
lhes havia sido prometido. É ainda a geração do país do futuro. É a geração
para quem o futuro nunca chegou. (Elton Simões mora no Canadá
há 2 anos. Formado em Direito (PUC); Administração de Empresas (FGV); MBA
(INSEAD), com Mestrado em Resolução de Conflitos (University of Victoria).
Email: esimoes@uvic.ca. Escreve na Coluna do Noblat às
segundas-feiras. Meu filho)
NÃO COLOU!
Nike, Ambev, Itaú, Vivo, Volkswagen,
Gillette, Seara, TAM, Extra, Nestlé, MasterCard, Tenys Pé e Parmigiani.
Atualmente, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) conta com 13
patrocinadores, que têm o direito de exposição e ações de ativação envolvendo a
seleção brasileira. No entanto, de acordo com uma pesquisa da Stochos Sports
& Entertainment, 40,5% das pessoas não atrelam nenhuma companhia ao
selecionado verde e amarelo. Ou seja: a cada dez pessoas, quatro não remetem a
nenhum recall de marca.
O índice só perde para os 46,5% que
relacionam a Nike, fornecedora de material esportivo da CBF e única companhia a
expor sua logomarca no uniforme da equipe, uma vez que times nacionais não
podem ter patrocinadores estampados na camisa de jogo.
A empresa americana também é a
parceira mais longeva da seleção, com quem está desde 1995. O estudo realizado
com 8.329 entrevistados em todos os estados e no Distrito Federal também aponta
uma relação entre tempo de patrocínio e recall de marca. A segunda marca mais
lembrada é o Guaraná Antarctica, que apoia a seleção desde 2002, com 30,8% de
recall. Vale citar que a pesquisa era de múltipla escolha, ou seja, o
consumidor poderia responder que associou duas ou mais marcas ao Brasil. “As primeiras
têm um nível de retenção superior ao de outras marcas devido ao tempo,
realmente, mas depende muito também do poder das próprias marcas. Nike, Guaraná
Antarctica, Itaú acabam sendo as mais lembradas pela sua força”, afirmou Cesar
Gualdani, diretor da Stochos. (Propmark)
LANÇADO O JORNAL PRIME CONSUMO
Chegou às ruas de de São Paulo nesta
o jornal gratuito Prime Consumo, segunda publicação da Prime Editora. Com
tiragem inicial de 100 mil exemplares — auditados pelo iIVC (Instituto
Verificador de Circulação) — e periodicidade quinzenal, o título chega com o
objetivo de informar os principais lançamentos de produtos em diversas
categorias, como tecnologia, eletrodomésticos e moda.
Além disso, a publicação distribuída
em cerca de 50 pontos da capital paulista trará temas como educação financeira,
dicas sobre compras e produtos e sobre a experiência de consumo. (Propmark)
FEIRA NACIONAL DE FRANQUIAS
Dias 22, 23 e 24 de novembro no Centro de Exposições da FIEP, a 14ª FRANCHISING FAIR - Feira Nacional de Franquias. O evento pretende reunir cerca de 10 mil pessoas, entre empresários e investidores, interessadas em abrir seu próprio negócio. A estimativa dos organizadores é de faturamento superior a R$ 40 milhões.
A feira é realizada há 12 anos de forma itinerante, pelas principais capitais brasileiras, sendo um importante instrumento difusor do sistema de franquias no País, promovendo a expansão das redes e novas marcas no mercado. Pela quinta vez, Curitiba sedia o evento que é realizado em parceria com a ABF-Associação Brasileira de Franchising e o patrocínio do Grupo Multi Franqueadora.
Para este ano, a feira oferece diversas opções de investimentos nos segmentos de ensino de idiomas, construção civil, seguros, alimentação, máquinas, prestação de serviços, entre outros. Ao todo, estão confirmadas mais de 100 marcas franqueadoras na feira, que apresentarão novas oportunidades lucrativas de negócios ao público participante.
A FRANCHISING FAIR também oferecerá palestras sobre como se tornar Franqueado ou Franqueador de Sucesso. Durante os três dias de evento, serão realizadas palestras diárias, tratando dos mais variados temas; dentre gestão, economia, desafios e
empreendedorismo. Detalhes: www.franchisingfair.com.br
MARKETING PROMOCIONAL SE LIVRA DA BITRIBUTAÇÃO
As agências de marketing promocional
finalmente conseguiram se livrar da bitributação de seus serviços. Nesta
sexta-feira (21), a Ampro (Associação de Marketing Promocional) foi beneficiada
por uma decisão favorável em julgamento do Tribunal de Justiça de São Paulo,
que determina que os valores recebidos pelas agências e diretamente repassados
aos fornecedores não componham a base de cálculo do ISS, seguindo assim o ato
de simples repasse ou reembolso. “O precedente do TJ paulista é
importante para garantir a fixação da base de cálculo do ISS apenas sobre a
taxa de agenciamento (honorários) que as empresas associadas à Ampro recebem”,
afirmou o advogado Fernando Salvia, do escritório Focaccia, Amaral e Salvia,
que defendeu a tese a favor da associação.
Ou seja: incide o ISS apenas sobre a
porcentagem de honorários recebida pela agência (sua remuneração) e o tributo
não é calculado com base no valor total da nota fiscal emitida para o
anunciante, uma vez que nesta estão inclusos diversos produtos e serviços contratados
pela agência, fazendo com que estas cifras não permaneçam com as próprias
agências, que fazem o papel de intermediadores, e sim com seus fornecedores (Propmark).
UMA IMERSÃO NO UNIVERSO DOS MEBENGOKRE
(Texto de José Tadeu Arantes,
distribuído pela Agência
FAPESP) – Compreender
o outro, o diferente”, é o permanente desafio do antropólogo. Para superá-lo,
além do repertório científico, é preciso desenvolver uma atitude intensamente
receptiva, uma silenciosa capacidade de observação que possibilite ultrapassar
a superfície dos entes e fenômenos para buscar as concatenações subjacentes que
lhes conferem sentido. Tanto mais quando, como lembrou o antropólogo francês
Pierre Bourdieu, a vida social não é regida por regras explicitadas
verbalmente, mas por hábitos acumulados ao longo de incontáveis gerações.
O livro de Vanessa Rosemary Lea, Riquezas
intangíveis de pessoas partíveis, é o testemunho desse desafio. Com suas
quase 500 densas páginas, a obra é fruto de mais de três décadas de imersão da
pesquisadora no universo material e imaterial dos Mebengokre, do Brasil
central. Professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Lea teve apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa
– Publicações.
Os Mebengokre, povo indígena do
tronco Jê – que Vanessa evita chamar de Kayapó, por considerar o termo,
literalmente, “parecido com macaco”, preconceituoso e até racista –, chamaram
pela primeira vez a atenção da estudiosa britânica em 1971, quando, no auge da
ditadura militar brasileira, sobressaíram-se na mídia devido à resistência à
construção da estrada BR-080, cujo traçado cruzava seu território ancestral.
“Foram suas atitudes orgulhosas que me atraíram”, afirma Lea.
A pesquisa propriamente dita foi
iniciada em 1978, na aldeia Kretire, no Mato Grosso. E, ao longo dos anos
seguintes, Vanessa visitou e hospedou-se em várias aldeias, residindo por sete
meses consecutivos em território Mebengokre no biênio 1981-1982, quando foi adotada
simbolicamente como “filha” pelo chefe Ropni Metyktire, que a mídia celebrizou
com o nome de Raoni. Somando-se as várias estadias, o tempo de permanência da
antropóloga entre o povo de sua eleição alcançou quase dois anos.
Instalados na fronteira da
incorporação do território nacional pela formação social hegemônica, os
Mebengokre têm sido impactados por várias e sempre controvertidas iniciativas
de caráter “desenvolvimentista”: primeiro, a já mencionada construção da
BR-080; depois, a base militar do Cachimbo, com instalações subterrâneas para a
realização de testes nucleares; mais tarde, a expansão acelerada das lavouras
de soja; agora, a implantação da hidrelétrica de Belo Monte.
Vanessa testemunhou a resistência
altiva desse povo, mas também sua complexa assimilação dos valores da sociedade
envolvente – como o crescente fascínio e a dependência em relação aos bens
industrializados (nekretex), aos quais os antepassados (mekukamare) não tiveram
acesso.
Lidar com os insistentes pedidos
de “presentes” foi uma das peças do complicado quebra-cabeça que a antropóloga
dispôs-se a montar. “Essa relação com os bens, materiais e imateriais, balizou
minha pesquisa. E faz com que eu defina, resumidamente, o meu livro como uma
arqueologia do conceito de riqueza entre os Mebengokre”, diz.
“Entendi que a Casa (com inicial
maiúscula) é um elemento fundamental da sociedade Mebengokre. Ela não deve ser
confundida com a mera habitação. Pois, enquanto a habitação é um ente físico, a
Casa possui status equivalente ao de uma pessoa jurídica. Cada Casa, que pode
ser formada por uma ou algumas habitações vizinhas, ocupa um lugar fixo no
círculo que constitui a aldeia, localizado segundo a trajetória diurna do sol
de leste para oeste. Cada Casa possui um acervo distintivo de nomes pessoais e
prerrogativas hereditárias, consagrado pelos mitos. A separação física entre os
membros, com sua eventual transferência para outras aldeias, não afeta a noção
de pertencimento a uma determinada Casa”, explica Lea.
A pesquisadora enfatiza que as
mulheres de cada Casa são sempre parentes uterinas. E que a transmissão dos
nomes e prerrogativas da Casa sempre se dá por via matrilinear. É a linha
uterina (feminina), e não a agnática (masculina), que rege a transmissão.
“No centro da aldeia fica o ngà,
ou ‘casa dos homens’. No passado, o menino era retirado da Casa de sua mãe ao
completar de 8 a 10 anos e levado para o ngà, lá residindo até ser reconhecido
como adulto, ao ter seu primeiro filho, quando passava a habitar a Casa da
esposa. Essa situação se modificou um pouco, mas, até hoje, o homem só
frequenta a Casa de sua mãe ou a Casa de sua esposa. Se ele se separa, deve
abandonar a Casa da esposa”, diz a antropóloga.
Outro elemento fundamental,
relacionado com a noção de Casa, é o sistema onomástico, isto é, o conjunto
estruturado de nomes. Ao nome original da criança, outros nomes vão sendo
acrescentados à medida que ela cresce e sua herança se explicita. Há “nomes
comuns” e “nomes bonitos”. A diferença é que os segundos são confirmados cerimonialmente.
Os nomes referem-se ao cotidiano
humano, aos elementos da natureza, à flora, à fauna, aos produtos da roça, ou
aos novos bens que estão sendo assimilados a partir do contato com a sociedade
envolvente. Uma grande quantidade de nomes designa atributos físicos ou
comportamentais, como “alto”, “magro”, “chorão”, “comilão”. Mas sua aparente
simplicidade é enganosa, pois muitos nomes suportam vários significados.
“A maioria das pessoas tem de
seis a 15 nomes. Para um adulto, é considerado indecente ter menos de cinco. Em
minha pesquisa em Kretire, havia um menino com 32 nomes. Quando a pessoa morre,
seu conjunto de nomes é desintegrado. De modo que não existem duas pessoas com
exatamente os mesmos nomes”, diz Lea.
Segundo a pesquisadora, essa
riqueza intangível, constelada na pletora de prerrogativas herdáveis, é tão
definidora para os Mebengokre que, diante do impacto provocado pela
hidrelétrica de Belo Monte, cujas obras estavam, então, prestes a se iniciar,
uma mulher de nome Kena afirmou, em 2011: “Enquanto tivermos nossos nomes, não
vamos acabar”. Detalhes: http://www.edusp.com.br/detlivro.asp?id=413278
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM SAÚDE NO SUS
O Instituto da Saúde da Secretaria de Estado
da Saúde de São Paulo (IS-SES) irá realizar, entre os dias 22 e 24 de outubro,
o seminário Inovação Tecnológica em Saúde no SUS. Detalhes: inovacaosus@isaude.sp.gov.br
CONCEITOS E LINGUAGENS: CONSTRUÇÕES
IDENTITÁRIAS
A Unesp promoverá, no Campus de Franca-SP, o
colóquio Conceitos e linguagens: construções identitárias. Pesquisadores da
Argentina, Brasil, Espanha e Portugal participarão do evento. Detalhes: http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/fchs/
primeira
corrida de cães do Brasil
Estudos mostram que quem tem animais de estimação é favorável
a manter uma rotina mais ativa e saudável. Pensando nisso, a Royal Canin do Brasil,
empresa especialista na alimentação de cães e gatos, é um dos patrocinadores da
primeira prova de corrida do País que une cães e seus donos.
A Corrida Animal, que acontece no Parque
Shopping Barueri em 30/09, terá percurso de 1,6km ou 2,8km na
modalidade corrida, e 1,6km na modalidade caminhada, montado no estacionamento
do estabelecimento.
A Royal Canin estará presente com uma tenda,
onde haverá estímulo à posse responsável por meio da confecção e distribuição
de placas de identificação para os cães, com nome e telefone.
E para garantir a hidratação dos corredores, a Corrida
Animal contará com pontos de apoio com bebedouros para os animais,
além dos kits pré e pós corrida personalizados.
Os kits variam de acordo com a modalidade do
inscrito, contendo frutas, camiseta oficial do evento, água, medalha de
participação e chip de cronometragem descartável, item disponível
apenas para os que competirem na modalidade corrida.
“Além de ser uma ótima oportunidade para os proprietários
passarem bons momentos com seus cães, este evento também promove a importância
de uma vida saudável para os animais e seus donos, com exercícios e nutrição
adequada”, afirma Daniela Komatsu, gerente de marketing
proprietário da Royal Canin.
A empresa investiu um total de R$ 12 mil na ação de
marketing promocional, entre patrocínio e materiais.
A Corrida Animal 2012 é organizada pela SportsFuse
Marketing Esportivo e pela Pet Party, e terá toda a estrutura
necessária para atender aos atletas e seus cães.
Uma equipe médica estará à disposição dos atletas, e haverá
uma tenda com atendimento veterinário para os cães. Entre as atrações
especiais, o evento terá apresentações de Agility (circuito de obstáculos),
tendas Pet Gourmet e de produtos educativos e de higiene para pets.
(Promoview)
Google usa containers
reciclados para instalações
Não é a primeira vez que uma marca utiliza containers
para construir instalações.
Google
se somou à tendência durante a Convenção Nacional Democrática,
Estados Unidos, celebrada na cidade de Charlotte esse ano, e
esteve presente no interior de uma enorme estrutura construída com caixas de
aço que já viajaram em barcos de transporte.
Por dentro e por fora, a instalação mostrou as cores
primárias que formam o logo da empresa, que ofereceu aos visitantes sofás,
conexão Wi-Fi, carregadores de celular e outras interações
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