A Câmara de Comércio e Indústria Brasil Alemanha de
Santa Catarina abriu vagas para o 11º
Programa de Estágio. A ação é realizada simultaneamente nas Câmaras de Porto
Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Blumenau, Montevidéu, no
Uruguai, Assunção, no Paraguai, e Buenos Aires, na Argentina. O profissional de
maior destaque em todas as unidades é premiado com um estágio remunerado de
três meses na Câmara Brasil Alemanha de Frankfurt.
Por um período de seis meses, os trainees da Câmara
visitam e recebem diretores e presidentes de empresas, criando e fortalecendo
uma rede de contatos qualificada. Após esta primeira etapa, todos ainda têm a
oportunidade de trabalhar em outras áreas da instituição, como no setor de
relacionamento e sponsorship.
“Durante o programa, os participantes são
estimulados por metas e desafios reais, que proporcionam o crescimento pessoal
e profissional. Além disso, os trainees têm a chance de conhecer empresas de
diferentes segmentos, estabelecendo contato com dezenas de executivos. Esta é,
certamente, uma oportunidade única de desenvolvimento para jovens que estejam
iniciando sua carreira.”, observa o gerente regional da entidade, Otfried
Schnabel.
Inscrições até 31 de outubro, pelo relac2.blu@ahkbrasil.com
ou pelo www.ahkbrasil.com, no link Campanha
de Trainees. Mais detalhes pelo (47)
3336-4515.
PESQUISA
DE MODA NO BRASIL
O evento
Pesquisa de Moda no Brasil será realizado dia 5 de outubro no Instituto de
Artes (IA) da Unicamp. A organização é do Grupo de Estudos Arte Design Moda do
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da universidade.
Luciano Migliaccio (FAU-USP), Claudia Valladão de
Mattos (IA-Unicamp), Patricia Sant'Anna (Senac São José dos Campos, Puc
Campinas), Sheila Gies (Universidade de Manchester, Reino Unido), Cristiane
Mesquita (Universidade Anhembi Morumbi) e Carol Garcia (Centro Universitário
Belas Artes) serão alguns dos palestrantes.
O encontro é voltado a estudantes, pesquisadores,
empresários e interessados em moda, design e arte contemporânea. O evento será
gratuito, com capacidade de receber 200 pessoas. Detalhes:
http://grupoartedesignmoda.blogspot.com.br e (19) 3521-4992.
FUTUROS POSSÍVEIS: ARTE, MUSEUS E ARQUIVOS DIGITAIS
O Simpósio Internacional Futuros
Possíveis discutirá temáticas emergentes no campo da preservação do patrimônio
artístico e cultural, reunindo especialistas de renome internacional da área de
conservação de arte digital e de digitalização de acervos.
Participarão especialistas como
Christiane Paul (curadora de Novas Mídias do Museu Whitney, de Nova York),
Gerfried Stocker (diretor artístico do Ars Electronica, da Áustria), Arianne
Vanrell (do Museu Reina Sofia, de Madri) e Rudolf Frieling (ex-curador do ZKM e
curador de Novas Mídias do MoMA, de São Francisco). Detalhes: www.fau.usp.br/digitalmemory
OPORTUNIDADES
A Unesp abriu inscrições em
concursos para seleção de professores assistentes no conjunto de disciplinas
Química geral I e II e Química Inorgânica, junto ao Departamento de Química e
Ciências Ambientais do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas,
campus de São José do Rio Preto. Inscrições até 11 de outubro.
Outra vaga é para o conjunto de
disciplinas Biotecnologia de células animais e Biossegurança, no Departamento
de Biologia do Instituto de Biociências, campus Rio Claro. As inscrições até 12
de outubro.
Os candidatos selecionados
trabalharão em Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa, com
salário de R$ 8.715,12. Caso o profissional seja portador do título de
Livre-Docente, a remuneração será de R$ 10.390,17.
A Unesp também abriu inscrições
para diversos outros concursos públicos. Detalhes: www.unesp.br/concursos.
TESTES DE VACINA CONTRA DOENÇA CAUSADA PELO
FUNGO
(Texto de Karina Toledo, distribuído pela Agência FAPESP – Pesquisadores da Faculdade de
Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP) têm testado uma
nova estratégia de vacinação contra uma doença pouco conhecida, mas
potencialmente incapacitante: a paracoccidioidomicose.
Causada pelo fungo Paracoccidiodes
brasiliensis, comum em áreas rurais, a doença causa um processo inflamatório
crônico que leva à formação de fibrose nos tecidos afetados.
Como a principal forma de
contágio é a inalatória, a sequela mais comum é a doença pulmonar obstrutiva
crônica. Mas o fungo também pode afetar pele, boca, laringe, baço e fígado,
além de se infiltrar nos ossos, nas articulações e no sistema nervoso central.
“Os tratamentos existentes são
demorados, muitas vezes requerem a internação do paciente e causam efeitos
colaterais importantes. Por isso, apostamos em uma vacina terapêutica, capaz de
estimular o sistema imunológico a combater a doença. Mas também estamos
testando a vacina em um protocolo profilático, para ver se ela é capaz de
prevenir a infecção”, disse Suelen Silvana dos Santos, cujo estudo de doutorado é orientado pelo professor da
FCF-USP Sandro Rogério de Almeida, com apoio de Bolsa da FAPESP.
Estima-se que existam 10 milhões
de infectados pelo Paracoccidiodes brasiliensis na América Latina –
concentrados no Brasil, na Argentina, na Venezuela e na Colômbia. Desses,
apenas 2% desenvolvem a doença, fato geralmente associado a carência alimentar,
alcoolismo, tabagismo ou doenças preexistentes.
Quando a micose se manifesta, no
entanto, torna-se um problema de saúde pública, pois a mortalidade é alta e
quem sobrevive fica, muitas vezes, incapacitado para o trabalho.
“Pesquisas têm apontado uma
incidência de três casos para cada 100 mil habitantes. Mas acredito que o
número é subestimado, pois a notificação não é obrigatória”, disse a
pesquisadora.
Segundo Santos, 90% dos casos
correspondem à forma crônica de paracoccidioidomicose, que leva anos para se
desenvolver e provocar sintomas clínicos. Mas a doença também pode se
manifestar de forma aguda, que é mais mais agressiva e afeta principalmente os
jovens.
A principal droga usada hoje na
fase mais grave da doença é a anfotericina B, que é altamente tóxica e requer
longo período de hospitalização. Após a alta, o paciente precisa de
acompanhamento para avaliar a função hepática e renal, além de tratamentos adicionais
para evitar recaídas.
“Por esse motivo apostamos na
vacina terapêutica. A estratégia é direcionar um antígeno do fungo às células
dendríticas, capazes de desencadear no organismo uma resposta imunológica
específica contra o Paracoccidiodes brasiliensis”, explicou Santos.
Resposta direcionada
As células dendríticas são
peças-chave do sistema imunológico. Após fagocitarem os antígenos, elas migram
para os órgãos linfoides e apresentam os invasores para as chamadas células T,
responsáveis pela resposta imunológica adaptativa – específica para cada
doença.
Quando o antígeno é apresentado
às células T, cria-se uma memória imunológica que, uma vez debelada a doença,
impede uma nova infecção.
“Se conseguirmos enviar o
antígeno diretamente às células dendríticas, evitamos desencadear uma resposta
imunológica exacerbada e não direcionada, o que poderia destruir as células dos
tecidos afetados pelo fungo”, afirmou Santos.
Para isso, os pesquisadores
desenvolveram um anticorpo batizado de anti-DEC205, capaz de se ligar somente
aos receptores das células dendríticas. A esse anticorpo foi fusionado um
peptídeo do fungo conhecido como P10.
“O P10 é uma sequência de
aminoácidos retirada da principal lipoproteína do fungo, a GP43. Ele funciona
como um antígeno, ou seja, induz uma resposta imunológica específica contra o
fungo”, explicou Santos.
Tanto a GP43 como o P10 foram
descobertos em uma série de pesquisas realizadas desde a década de 1980, sob
coordenação de Luiz Rodolpho Travassos, professor aposentado da Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp), e com financiamento da FAPESP.
Ainda em seu doutorado, o
professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP Carlos Pelleschi
Taborda – colaborador do estudo de Santos – chegou a testar o poder de
imunização do P10 em camundongos com resultados animadores.
Para o desenvolvimento do
anti-DEC205 – durante seu mestrado – Santos contou com a colaboração
de Silvia Beatriz Boscardin, também do ICB-USP.
Boscardin, que trouxe para o
Brasil a tecnologia de produzir o anticorpo fusionado a antígenos, testa a
mesma estratégia para desenvolver vacina contra malária e outras doenças
infecciosas.
“Em um protocolo de dez dias de
imunização, comparamos a resposta imunológica induzida pelo P10 isolado, pelo
anti-DEC205/P10 e por um anticorpo controle, incapaz de se ligar aos receptores
das células dendríticas por causa de uma mutação”, contou Santos.
O objetivo era acionar as células
T produtoras de interferon-gama (IFN-γ), uma citocina pró-inflamatória
importante para o combate ao fungo. A resposta utilizando a estratégia de
direcionamento foi duas vezes maior que quando o antígeno foi administrado sozinho.
A administração do anticorpo controle teve produções basais como esperado.
“No anti-DEC 205 foi usada uma
quantidade 200 vezes menor do peptídio que no P10 isolado e, ainda assim, a
resposta imunológica foi maior. Isso mostra que a estratégia de imunização é
promissora”, disse Santos.
No entanto, conta a pesquisadora,
foi necessário adicionar ao anti-DEC205/P10 uma substância para estimular a
maturação das células dendríticas. “Quando o direcionamento é feito na ausência
desse estímulo, as células dencdríticas levam a tolerância. Normalmente a
maturação é estimulada pelo processo inflamatório da doença, mas, no caso da
vacina, foi necessário fazer essa estimulação”, explicou.
Os dados foram apresentados no
18º Congresso da International Society for Human and Animal Mycology (ISHAM),
realizado em junho, na Alemanha. O pôster foi premiado na sessão “Basic
Mycology”.
“Ainda não temos os resultados do protocolo
terapêutico. Os animais já foram infectados, mas, como a doença se desenvolve
lentamente, o trabalho levará mais tempo para ser concluído”, disse Santos.
O HORÁRIO ELEITORAL E OS JOVENS
Enquete realizada pelo CIEE
– Centro de Integração Empresa-Escola detectou que a maioria dos estudantes
(60%) não é influenciada pelo horário político para definir seu voto. Outros
35% afirmaram que o horário político ajuda a escolher o melhor candidato. Já 5%
não têm opinião formada sobre o assunto. O levantamento foi feito com 12.443
jovens de todo o País.
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