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LUSOCOM: PESQUISADORES PODEM ENVIAR TRABALHOS
Até 30 de junho, pesquisadores de Comunicação podem enviar trabalhos ao IX Lusocom, promovido pela Federação Lusófona de Ciências da Comunicação. O evento acontece em São Paulo, de 4 a 6 de agosto, na Universidade Paulista (UNIP). Neste ano, o encontro terá como tema central Comunicações identitárias e interculturalidade. Para quem não apresentar artigos, as inscrições poderão ser feitas até o primeiro dia do evento. Informações pelo eventocientifico@unip.br
CONCURSO LUSO-BRASILEIRO DE CARTUM UNIVERSITÁRIO
Abertas até o dia 30 as inscrições para o 1º Concurso Luso-Brasileiro de Cartum Universitário, iniciativa conjunta da Intercom e do Museu Nacional de Imprensa, de Portugal. Para se inscrever, os interessados devem identificar as obras e enviá-las juntamente com a ficha de inscrição do autor, fornecida pela organização do Salão, e de um pequeno Curriculum Vitae atualizado, para cartum.intercom@gmail.com
DIVERSIDADE CULTURAL IBERO-AMERICANA
O I Congresso Mundial de Comunicação Ibero- Americana – Confibercom 2011 será realizado em São Paulo, de 1 a 6 de agosto de 2011, em São Paulo. Terá como tema central Sistemas de comunicação em tempo de diversidade cultural e como subtemas Sistemas Ibero-Americanos de comunicação e Diversidade cultural Ibero-Americana. Detalhes: www.confibercom.org.
HISTÓRIA, LITERATURA E ARTE
O I Congresso Internacional História, Literatura e Arte no cinema em língua espanhola e portuguesa será realizado de 28 a 30 de junho. Interessados em apresentar trabalhos devem enviá-los até 16 para comunicaciones.cine@usal.es Informações, normas para o envio de papers e inscrições no www.congresocinesalamanca.com.
DIVULGAÇÃO DA CIÊNCIA É TEMA DE LIVRO
Lançado o livro Diálogos entre Ciência e Divulgação Científica: leituras contemporâneas, organizado por Cristiane Porto, Antonio Brotas e Simone Bortoliero. A publicação é da EDUFBA (www.edufba.ufba.br) e pode ser adquirida por R$ 35,00.
OPORTUNIDADE
O Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio está recebendo propostas de candidatos a professor, em regime de tempo integral e dedicação exclusiva. Detalhes pelo (21) 3527-1144 /1145, pelo www.puc-rio.br/comunicacao ou pelo dir-com@puc-rio.br
SIMPÓSIO DE ENSINO A DISTÂNCIA
O Instituto de Saúde (IS), da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES/SP), por meio de seu Núcleo de Formação e Desenvolvimento Profissional, realizará, nos dias 5 e 6 de maio, a primeira edição do Simpósio em Ensino a Distância (EAD) do Instituto de Saúde para a Formação de Trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS). Detalhes:www.isaude.sp.gov.br/?cid=1879
ONCOLOGIA MOLECULAR
A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) realizará, de 18 a 23 de julho, o 1º Curso de Inverno em Oncologia Molecular. Detalhes: www.oncocurso.com.br/index.html
SECREDO MORRE PELA BOCA
(Texto de Mônica Pileggi, distribuído pela Agência FAPESP) – Uma boca pode revelar muitos segredos. Entre eles, a fonte de células-tronco epiteliais que residem na mucosa, um tecido de fácil acesso.
As células-troncos epiteliais são consideradas raras e estão localizadas em nichos específicos. “A maioria dos trabalhos existentes na literatura é relativo às células-tronco adultas mesenquimais, que podem ser células da medula óssea ou do cordão umbilical, entre outras”, explicou Andrea Mantesso, professora doutora de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia da USP e coordenadora, ao lado do pesquisador Paul Sharpe, chefe do Departamento de Desenvolvimento Craniofacial e Biologia de Células-Tronco do King’s College London, do projeto Oral epithelial stem cells - evaluation of response to injury and self-renew capacity.
“A caracterização das células-tronco epiteliais é diferente das mesenquimais. Acredita-se, assim como em outros tecidos do corpo humano, que existam células-tronco no epitélio. Mas, como não há muitas pesquisas a seu respeito, sabemos pouco sobre elas”, ressaltou Mantesso.
Nas células-tronco mesenquimais – a partir das quais é possível formar osso, cartilagem, tecido adiposo ou neural entre outros – o processo de caracterização não ocorre da mesma forma que nas células epiteliais.
Um grande desafio para os cientistas é isolar a população de células que possuam características de células-tronco epiteliais ou progenitoras.
Durante a primeira etapa, realizada na USP, Mantesso, seu orientando de doutorado Felipe Perozzo Daltoe e Sharpe conseguiram isolar uma população de células da mucosa bucal que expressavam a proteína P75NTR, receptora de neurotrofina e considerada importante, pois distingue uma população enriquecida em células-tronco.
A equipe observou que as células encontradas no experimento proliferavam em maior quantidade e de forma mais rápida que as normais, características comuns às células-tronco e também às células progenitoras.
A segunda parte do estudo será realizada em Londres. “Nessa fase da pesquisa, nossa intenção é estudar as propriedades dessas células, como a migração e a capacidade de reparar uma ferida. Pretendemos também explorar o potencial que elas possam ter para a engenharia de tecidos e aplicar esse conhecimento na regeneração e reparo dos dentes”, explicou Sharpe.
Além do projeto apoiado pela FAPESP, Mantesso e Sharpe estudaram, com outros colegas, a resposta às lesões nos dentes incisivos pelos pericitos, células que revestem os vasos sanguíneos. O resultado da pesquisa foi publicado em abril na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
O trabalho procura desvendar a origem das células-tronco mesenquimais por meio da analise de pericitos. Para isso, os cientistas reuniram uma série de informações comuns aos pericitos e às células-tronco, tais como regeneração e se ambas estão vinculadas à vascularidade.
Utilizando camundongos transgênicos, os pesquisadores conseguiram enxergar os pericitos e analisar essas células. E, para surpresa do grupo, eles não eram a única fonte de células-tronco mesenquimais.
De acordo ela, outra população celular ainda é desconhecida, porém, experimentos indicam que esteja relacionada à vascularidade, “pois nos lugares ricos em vasos sanguíneos essas células eram mais presentes”, disse.
O artigo Dual origin of mesenchymal stem cells contributing to organ growth and repair (doi:10.1073/pnas.1015449108), de Andrea Mantesso, Paul Sharpe e outros, pode ser lido por assinantes da PNAS em www.pnas.org/content/108/16/6503.abstract.
CRISE ENTRE OS ANFÍBIOS
Os anfíbios em todo o mundo estão em crise. Estima-se que 40% das espécies tiveram redução em número de suas populações nos últimos 30 anos. Um novo estudo se volta para museus para investigar os motivos desse declínio.
A análise de amostras de DNA da pele de espécimes preservados em coleções feita por Tina Cheng, da Universidade do Estado de San Francisco, nos Estados Unidos, indicou um padrão e um possível culpado.
De acordo com publição desta semana no site da revista Proceedings of the National Academy of Sciences, salamandras encontradas em partes do México e da Guatemala e sapos e salamandras da região de Monteverde, na Costa Rica, começaram a desaparecer no mesmo período em que o fungo Batrachochytrium dendrobatidis foi introduzido por essas áreas.
Os espécimes analisados permitiram aos pesquisadores traçar a epidemia do fungo desde o início da década de 1970, no sul do México. A partir dali, o fungo teria se espalhado ao sul para a Guatemala, nas décadas de 1980 e 1990, e para a Costa Rica, em 1987.
Em Monteverde, a situação começou a preocupar quando duas espécies de anfíbios simplesmente desapareceram: o sapo-dourado (Bufo periglenes) e a rã-arlequim (Atelopus varius).
A velocidade da extinção – o sapo-dourado, por exemplo, sumiu em apenas três anos – levou cientistas a investigar possíveis motivos.
A análise do DNA da pele de espécimes do Museu de Biologia de Vertebrados da Universidade da Califórnia em Berkeley permitiu apontar que, pelo menos no caso das duas espécies, a infecção por fungo foi o motivo mais provável pela extinção súbita.
O mais antigo sinal de infecção por Batrachochytrium dendrobatidis identificado pelo grupo foi em um exemplar capturado em 1972.
“Os anfíbios são sobreviventes há muito tempo. Eles estão aqui há cerca de 360 milhões de anos e conseguiram resistir a quatro extinções em massa. Até há pouco os anfíbios estavam muito bem, mas algo sem precedentes e realmente preocupante tem acontecido com eles há 40 anos”, disse Vance Vredenburg, do museu em Berkeley, outro autor do estudo.
O artigo Coincident mass extinction of neotropical amphibians with the emergence of the infectious fungal pathogen Batrachochytrium dendrobatidis (doi/10.1073/pnas.1105538108), de Tina Cheng e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da PNAS em www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.1105538108.
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