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terça-feira, 3 de maio de 2011

A OBESIDADE E O HÁBITO

Leia também: Onde os raios caem . Projetos de Pesquisa . Vitamina D . Eventos
EU OUVI  NA QUEIJARIA
¨Cê reparou¿ Delúbio voltou, a turma do Sarney tomou conta do Conselho de Ética do Senado, juízes entraram em greve, autoridades meteram a mão no dinheiro reservado para a saúde, e vai por aí afora.¨
¨Pobre  Brasil”.
ONDE O RAIO CAI MAIS
 O Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), concluiu o novo ranking de incidência de raios nos municípios pertencentes aos estados cobertos pela Rede Brasileira de Detecção de Descargas Atmosféricas no biênio 2009-2010.  Os dados reforçam pesquisas anteriores que indicam que grandes centros urbanos tendem a intensificar a ocorrência de tempestades.

Para toda a área monitorada, que engloba os estados do Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste do país, a incidência de raios no último biênio se manteve estável em relação aos biênios anteriores, com variações inferiores a 5%. Entretanto, considerando somente as cidades acima de 200 mil habitantes – que possuem maior urbanização – houve um aumento de 11% em relação à média dos dois últimos biênios.
Em 2009-2010, os dez municípios com maior incidência são da região metropolitana de São Paulo e do sul do estado do Rio de Janeiro – com exceção de Belford Roxo.
A cidade fluminense de Porto Real aparece em primeiro lugar no ranking geral, com uma densidade de 27 raios por quilômetro quadrado por ano, seguida por São Caetano do Sul, em São Paulo, com 23 raios por quilômetro quadrado por ano.
Em cidades grandes – com mais de 900 km2 – o máximo de aumento registrado foi de 97%. Já os municípios menores do que 100 km2 sofreram aumentos de densidade que chegaram a 320% no último biênio quando comparado com a média dos dois anos anteriores. Em São Paulo, o aumento foi de 42%.
O novo ranking está disponível em www.inpe.br/elat, no link “Ranking de Municípios”.
 
 
SELEÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA
 A Fundação Bill & Melinda Gates abriu inscrições para o programa Grand Challenges Explorations (GCE). Cada proposta selecionada receberá US$ 100 mil. As propostas serão recebidas até o dia 19 de maio. Detalhes: www.grandchallenges.org

QUANDO FALTA A VITAMINA D


Uma nova pesquisa destaca a relação entre carência de vitamina D e anemia em crianças. O trabalho foi apresentado pelos cientistas do Johns Hopkins Children's Center e por instituições na reunião anual das Pediatric Academic Societies dos Estados Unidos, em Denver.

A anemia é diagnosticada e acompanhada pela medição nos níveis de hemoglobina no paciente. Para investigar a relação entre hemoglobina e vitamina D, os pesquisadores analisaram dados de amostras de sangue de mais de 9,4 mil crianças de 2 a 18 anos.
Segundo o estudo de Meredith Atkinson e colegas, quanto menores os níveis de vitamina D, mais baixos os de hemoglobina e mais elevado é o risco de anemia. Crianças com níveis de vitamina inferiores a 20 nanogramas por mililitro (ng/ml) de sangue apresentaram risco 50% maior de contrair anemia do que as com níveis mais elevados.
Para cada 1 ng/ml a mais da vitamina, o risco de anemia caiu 3%. O estudo indicou que apenas 1% das crianças brancas avaliadas tinha anemia, contra 9% das negras. Essas últimas apresentaram, em média, níveis inferiores (18 ng/ml) da vitamina do que as primeiras (27 ng/ml).
Estudos anteriores já haviam destacado que a anemia é mais comum em crianças negras, mas os motivos para a diferença permanecem desconhecidos. O novo estudo indica que, além de fatores biológicos e genéticos, o nível de vitamina D deve ser levado em conta na manifestação da anemia.
Os pesquisadores ressaltam que, embora os resultados do estudo apontem uma clara relação entre níveis da vitamina e anemia, eles não devem ser usados para estabelecer uma condição de causa e efeito. Isto é, não são conclusivos de que a deficiência causa anemia.
 A OBESIDADE E O HÁBITO 
(Texto de Elton Alisson, distribuído pela Agência FAPESP) – Adultos obesos ou com sobrepeso podem ter um paladar mais apurado para identificar o gosto doce nos alimentos do que pessoas com o peso normal. Em função disso, a vontade de ingerir mais alimentos doces seria maior. Mas também pode ocorrer o contrário: consumir mais alimentos com sal devido ao desenvolvimento de rejeição por alimentos adocicados.
As mulheres, por uma questão de saúde, bem-estar ou estética, supostamente preferem alimentos com menos açúcar em comparação com os homens, que são mais afeitos aos alimentos salgados. E essas diferenças na percepção dos gostos básicos e de gordura, seja por sexo ou estado nutricional, podem estar relacionadas, entre outros fatores, aos hábitos alimentares, sugere a tese de doutorado defendida por Maria Carolina Campos von Atzingen em fevereiro na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).
Intitulado Sensibilidade gustativa de adultos de uma instituição universitária do município de São Paulo, o trabalho contou com Bolsa da FAPESP.
Para verificar se existe diferença na forma como as pessoas percebem os gostos básicos em função da idade, estado nutricional e sexo, Atzingen realizou uma série de testes sensoriais com 123 adultos. Utilizou suco de laranja, para avaliar a percepção do gosto doce, e purê de batata, para avaliar a sensibilidade ao gosto salgado e a percepção de gordura.
Os testes indicaram que as mulheres preferem menores quantidades de açúcar e que os participantes com excesso de peso perceberam mais facilmente o gosto doce.
“Foi uma surpresa, porque se achava que as pessoas com sobrepeso ou obesas perceberiam com menor intensidade o gosto doce e, por isso, consumiriam mais alimentos adocicados”, disse a nutricionista à Agência FAPESP.
Uma das hipóteses levantadas para a maior sensibilidade ao gosto doce por parte das pessoas com sobrepeso ou obesas foi o próprio hábito de consumir mais alimentos adocicados.
Porém, de acordo com a orientadora do estudo, Maria Elisabeth Pinto e Silva, professora da Faculdade de Saúde Pública da USP, ainda é preciso aumentar a população investigada e realizar mais estudos sobre os hábitos alimentares para fazer essas associações e afirmar, categoricamente, que as pessoas com sobrepeso ou obesas têm mais sensibilidade para o açúcar, sal ou a gordura.
“O estudo é importante e traz algumas indicações sobre isso. Mas é preciso aumentar a amostra do grupo e realizar novas avaliações para identificar as preferências por gostos, porque isso pode influenciar a escolha dos alimentos pelas pessoas”, afirmou.
Mudança de hábito
Atzingen destaca que há poucos estudos sobre a sensibilidade gustativa de pessoas adultas aos gostos básicos no Brasil, que são diferentes em cada região do país e de outras populações do mundo em função, entre outros aspectos, dos hábitos alimentares.
Segundo ela, ao identificar essas diferentes percepções do gosto seria possível aos profissionais da área de saúde dar uma melhor orientação nutricional aos pacientes, elaborando cardápios saudáveis e adaptados às suas necessidades nutricionais e preferências de gosto.
“Às vezes, insistimos para o paciente comer um determinado alimento que pode não ter uma aceitação tão boa para ele devido à sua própria sensibilidade. E esse nível de sensibilidade poderia nos orientar no sentido de reduzir a quantidade de sal, açúcar ou gordura consumida pelos brasileiros, sem afetar seu grau de satisfação e preferência”, exemplificou.
As indústrias alimentícias, que realizam com frequência testes de análise sensorial para lançar produtos e conhecer a sensibilidade gustativa de seus consumidores, também podem ser auxiliadas a modificar a formulação de seus produtos, diminuindo teores de sódio e açúcar, como pretende o Ministério da Saúde (MS), sem diminuir a aceitação pelo consumidor.
No início de abril, o MS firmou um termo de compromisso com a principal associação do setor para reduzir gradualmente a quantidade de sódio na composição de 16 tipos de alimentos industrializados, como massas instantâneas, pães e bisnaguinhas. Isso, na opinião de Atzingen, representa um grande desafio porque tanto o sal como o açúcar exercem outras funções tecnológicas nos alimentos, além de dar sabor.
“Eles são utilizados como ingredientes para conservar as características microbiológicas dos alimentos e como realçadores de sabor. A indústria alimentícia terá que encontrar outros ingredientes que também desempenhem esses papéis, sem interferir na aceitação das pessoas”, afirmou.
Entretanto, a nutricionista ressalta que, além de as indústrias diminuírem os teores de sal, açúcar e gordura dos alimentos, também é preciso educar a população brasileira para mudar o hábito bastante arraigado de adicionar sal, açúcar e gordura em excesso ao preparar os alimentos ou na hora da refeição, o que interfere na percepção dos gostos.
EVENTOS
1.Seminário Nação Empreendedora e Inovadora -  O Núcleo de Política e Gestão Tecnológica da Universidade de São Paulo (USP) realizará, dia 5,  o Seminário Internacional Nação Empreendedora e Inovadora: a transformação econômica de Israel. Detalhes: npgctusp@usp.br ou (11) 3818-4011.
2.1º Congresso da Faculdade de Odontologia de Araçatuba  O Departamento de Odontologia restauradora da Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Araçatuba, realizará, de 4 a 7 de maio, o 1º Congresso da Faculdade de Odontologia de Araçatuba (FOA).   Detalhes: www.congressofoa.com.br


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