Pesquisar este blog

terça-feira, 19 de abril de 2011

QUANDO O CORPO FALA

Leia também: Luta pela duplicação da 101 . Lula é doutor outras vezes . Economia Solidária . Cana de açúcar resfria . Etc

EU OUVI NA QUEIJARIA

“Ce leu? Segundo a Folha de S. Paulo, corte de verba feito pelo governo federal enfraqueceu muito a vigilância das fronteiras do Brasil.”

PELA DUPLICAÇÃO DA 101

Diante dos constantes atrasos e falta de informações sobre o prazo de conclusão das Obras da BR 101, foi fundada a Associação Vias do Sul, com o objetivo de engajar a comunidade da região sul de Santa Catarina na campanha BR 101 Sul: Vamos duplicar a pressão!. Para participar, entre no http://www.viasdosul.com.br/ .

LULA, OUTRA VEZ DOUTOR

O Conselho Universitário (ConsUni) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) aprovou, a concessão do título de Doutor Honoris Causa ao ex-presidente da República do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva.
Para a universidade, “a homenagem é fruto do reconhecimento pelas importantes contribuições do governo Lula, não só pela implantação e fortalecimento de um conjunto significativo de Programas Sociais, que permitiram a elevação socioeconômica de parcela significativa da sociedade brasileira, mas principalmente por tudo o que fez pelo Ensino Superior Público.”
“Certamente a democratização do acesso ao Ensino Superior foi uma de suas grandes marcas, destacando-se, dentre as inúmeras ações, as políticas de ações afirmativas – que favorecem o ingresso e manutenção de estudantes provenientes do Ensino Médio público, afrodescendentes e indígenas -, a oficialização do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) e os Programas de Expansão das Universidades Federais que mais do que dobraram as vagas existentes.”
Ao propor a homenagem, o Reitor da UFSCar, Targino de Araújo Filho, ressaltou que "Lula teve uma atuação singular em todos os níveis da Educação brasileira e mostrou que é possível, sim, investir nessa área sem afetar o desenvolvimento do País, como defendido em governos anteriores. Além disso, foi o único presidente que manteve contatos constantes com os reitores das IFES, sempre aberto a ouvir suas propostas e tomando medidas para colocá-las em prática".
No início deste ano, Lula recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Coimbra (Portugal) e da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Além da UFSCar, as universidades federais da Bahia (UFBA) e de Pernambuco (UFPE) também concederão a honraria ao ex-presidente.

LIVRO SOBRE ECONOMIA SOLIDÁRIA

Dia 28 a UFSCar realizará seminário e lançamento do livro Trabalho associado, economia solidária e mudança social na América Latina, escrito por Ana Lúcia Cortegoso, docente do Departamento de Psicologia da UFSCar; André Ricardo de Souza, professor do Departamento de Sociologia da UFSCar; Neusa Maria Dal Ri, da Unesp-Marília; e Roberto Elisalde, da Universidade de Buenos Aires (Argentina). Informações pelo incoop@ufscar.br.

CHAMADA DE PROPOSTAS

A FAPESP e o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat), Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (SEC), publicam chamada de propostas no âmbito do acordo de cooperação entre as instituições, firmado em dezembro de 2010. Detalhes: http://www.fapesp.br/materia/6053/convenios-e-acordos-de-cooperacao/fapesp-condephaat.htm

A LINGUAGEM DO CORPO
(Texto de Elton Alisson, distribuído pela Agência FAPESP)

A manipulação de corpos em rituais funerários, utilizando ossos como símbolos para expressar crenças sobre a morte, não se restringia apenas aos povos que habitavam a região dos Andes há 10 mil anos, durante o Holoceno inicial. A prática também era realizada nesse mesmo período por povos localizados nas chamadas “terras baixas” do continente, incluindo o Brasil, revelam pesquisas realizadas pelo arqueólogo André Menezes Strauss, que cursa doutorado no Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, em Leipzig, na Alemanha.
As descobertas dos estudos foram apresentadas em congresso da Associação Norte-Americana de Antropologia Física, realizado de 12 a 16 de abril em Minneapolis, nos Estados Unidos.
Durante sua pesquisa de mestrado, realizado no Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP), com Bolsa da FAPESP, Strauss participou da exumação de 26 esqueletos humanos sepultados no sítio arqueológico Lapa do Santo, em Minas Gerais, que foi escavado nos últimos dez anos no âmbito do Projeto Temático "Origens e microevolução do homem na América: uma abordagem paleoantropológica", financiado pela FAPESP.
Ao analisar os esqueletos humanos, datados de 8.500 anos, Strauss percebeu que os ossos apresentavam marcas de corte por instrumentos de pedra, tinham sido expostos ao fogo ou receberam aplicação de ocre (tinta marrom). Além disso, alguns esqueletos tinham membros amputados e foram sepultados de forma desarticulada, juntando os ossos de vários indivíduos, por exemplo.
Intrigado com a descoberta, Strauss e Pedro José Tótora da Glória, doutorando em antropologia física na The Ohio State University, revisitaram as coleções de ossos que foram escavados desde o início do século 19 em outros sítios arqueológicos na região de Lagoa Santa, onde está situada a gruta de Lapa do Santo. Os pesquisadores constataram que os ossos compartilhavam as mesmas características dos encontrados em Lapa do Santo.
“Identificamos um certo grau de sofisticação nos ritos mortuários desses grupos, que eram bastante diversificados, tinham características muito peculiares e uma forte ênfase na manipulação do corpo”, disse Strauss à Agência FAPESP.
Além de ter os ossos cortados e marcados, os esqueletos também foram organizados e dispostos nas sepulturas de acordo com regras muito específicas. O crânio de um adulto, por exemplo, era enterrado com o restante do esqueleto de uma criança, enquanto crânios infantis eram sepultados com os ossos de pessoas maduras.
Em outros casos, os dentes de um indivíduo eram removidos para adornar os restos mortais de outro. “Eles expressavam através da materialidade do osso princípios dicotômicos que deviam fazer parte da cosmologia deles”, analisou Strauss.
De acordo com o pesquisador, não se esperava que as práticas mortuárias dos primeiros habitantes da América do Sul fossem tão elaboradas, como revelaram as pesquisas.
Isso porque na antropologia havia uma ideia de que, pelo caráter nômade dos catadores-coletores pré-históricos, eles não despenderiam tempo e energia para enterrar mortos. Mas a descoberta das múmias Chinchorros no Chile, no início da década de 1970 e, agora, dos achados em Lapa do Santo estão colaborando para demover essa ideia.
“Assim como os grupos em Lagoa do Santo, os Chinchorros também eram catadores-coletores. Ninguém esperava que grupos vivendo há mais de 8 mil anos na costa andina mumificassem seus mortos e que os grupos em Lagoa Santa teriam rituais funerários elaborados”, disse Strauss.
Com base nessas descobertas, segundo o cientista, será possível estabelecer um novo quadro regional para as práticas mortuárias na América do Sul durante o Holoceno inicial, caracterizado não pela simplicidade dos enterros, como se imaginava, mas pela sofisticação dos ritos funerários, como foi comprovado pela manipulação do corpo pelos grupos que habitaram Lagoa do Santo.
“Agora não dá mais para dizer que durante o Holoceno inicial as práticas de manipulação do corpo estavam limitadas aos Andes, mas sim que estavam dispersas por boa parte da América do Sul, incluindo as terras baixas”, afirmou.

Peter Lund
No Instituto Max Planck, Strauss estuda evolução humana e, paralelamente à sua pesquisa de doutorado, continua investigando as práticas mortuárias sul-americanas.
Na Europa, o cientista pretende visitar as coleções escavadas pelo naturalista dinamarquês Peter Lund (1801-1880) em Lagoa Santa para tentar encontrar evidências de que elas apresentam as mesmas características dos ossos escavados recentemente no sítio arqueológico mineiro e que passaram despercebidos pelos arqueólogos que já haviam passado por Lapa do Santo. As coleções de Lund estão no Museu de História Natural da Dinamarca.
“Demos muita sorte porque a região de Lagoa Santa tem centenas de cavernas que foram escavadas por equipes de arqueólogos. Lapa do Santo era um sítio arqueológico virgem”, disse Strauss.
Os arqueólogos que escavaram o sítio mineiro anteriormente podem não ter atentado ao fato de que os ossos apresentavam marcas por terem outros objetivos de pesquisa, como a coexistência do homem com a megafauna e morfologia craniana. Além disso, não era possível identificar essas características nos esqueletos com os métodos disponíveis na época.
“Levamos mais de duas semanas para exumar cada sepultamento humano e escavamos apenas cerca de 15% do sítio de Lapa do Santo. A ideia é deixar material disponível para ser escavado no futuro, com novas técnicas”, disse Strauss.

CANA DE AÇÚCAR RESFRIA

Boa notícia para o etanol. Uma pesquisa feita por cientistas do Departamento de Ecologia Global da Carnegie Institution, nos Estados Unidos, concluiu que a cana-de-açúcar ajuda a esfriar o clima.
O estudo, publicado na revista Nature Climate Change, aponta que o esfriamento do clima local se deve à queda da temperatura no ar em torno das plantas à medida que essas liberam água e à reflexão da luz solar de volta ao espaço.
O trabalho, liderado por Scott Loarie, procurou quantificar os efeitos diretos no clima da expansão da cana-de-açúcar em áreas de outras culturas ou de pecuária no Cerrado brasileiro.
Foram utilizadas centenas de imagens feitas por satélites que cobriram uma área de quase 2 milhões de metros quadrados. Os cientistas mediram temperatura, refletividade e evapotranspiração, a perda de água do solo por evaporação e a perda de água da planta por transpiração.
“Verificamos que a mudança da vegetação natural para plantações e pastos resulta no aquecimento local porque as novas culturas liberam menos água. Mas a cana-de-açúcar é mais refletiva e também libera mais água, de forma parecida com a da vegetação natural”, disse Loarie.
“Trata-se de um benefício duplo para o clima: usar cana-de-açúcar para mover veículos reduz as emissões de carbono, enquanto o cultivo da planta faz cair a temperatura local”, destacou.
Os cientistas calcularam que a conversão da vegetação natural do Cerrado para a implantação de culturas agrícolas ou de pecuária resultou em aquecimento médio de 1,55º C. A troca subsequente para a cana-de-açúcar levou a uma queda na temperatura do ar local de 0,93º C.
Os autores do estudo enfatizam que os efeitos benéficos são relacionados ao plantio de cana em áreas anteriormente ocupadas por outras culturas agrícolas ou por pastos, e não em áreas convertidas da vegetação natural.
O artigo Direct impacts on local climate of sugar-cane expansion in Brazil (doi:002010.1038/nclimate1067), de Scott Loarie e outros, pode ser lido por assinantes da Nature Climate Change em www.nature.com/nclimate.

PREMIO MÉXICO DE CIÊNCIA & TECNOLOGIA

O governo mexicano abriu inscrições para candidatos de instituições da América do Sul, Central, Caribe, Portugal e Espanha para o Prêmio México de Ciência & Tecnologia 2011. Detalhes: www.ccc.gob.mx/images/stories/convocatorias/pm2011/convicatoriapm2011.pdf

UFSCar SELECIONA DOCENTE

O Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) abriu concurso para uma vaga de professor adjunto para atuar na subárea de Gestão e Tecnologia de Sistemas Construtivos de Edificações. Detalhes: www.concursos.ufscar.br/detalhe.php

6ª SEMANA DE FILOLOGIA

A 6ª Semana de Filologia, organizada pelo Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo, será realizada de 2 a 6 de maio. Detalhes: http://www.fflch.usp.br/dlcv/america/

ENCONTRO NACIONAL DE ANALISTAS DE ALIMENTOS

Entre 3 e 7 de julho será realizado o 17º Encontro Nacional de Analistas de Alimentos, junto ao 3º Congresso Latino-Americano de Analistas de Alimentos, em Cuiabá, Mato Grosso. Detalhes: http://www.enaal2011.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário